POV'S ANY
- Vamos meu amor. - A baixinha se recusa entrar no carro por que quer ficar brincando com um garotinho da sua sala. - Filha por favor.
- Não. - Seus bracinhos cruzados e a cara de brava me faz rir.
- Amanhã você volta pra escola e vê seus amiguinhos de novo. - Agora Noah está abaixado frente a frente pra ela mas Aimê não perde a postura por nada.
- Leva o Lil pa casa papai, tá bom? - Ela passa a mão pelo rosto de Noah pra ajudar a convencer.
- Ela não tem nem dois anos ainda, e já quer levar um garoto pra casa? - Ele agora me olha.
- Aimê eu tive uma ideia. - Espero ela erguer a cabeça pra conseguir me ver e então continuo. - O que você acha da gente ir ver o padrinho hoje? - Como se eles não se vissem praticamente todos os dias, mas Josh sempre é um ótimo atrativo pra esse toquinho de gente que é o grudinho dele.
Ela olha pro portão da escola, olha pra cadeirinha dentro do carro, olha pro portão de novo e pede colo pro pai, aceitando ir embora.
- Eu vou dar você pro Josh... posso? - A pergunta de Noah é num tom de brincadeira mas não deixa de ter uma ponta de ciúmes no meio.
- Pode. - A pequena ajuda o pai a se arrumar na cadeirinha e afivelar o cinto.
Noah fecha a porta traseira, passa por trás do carro e entra no lugar do motorista ao meu lado.
- Que horas você vai encontrar o Josh? - Ele diz enquanto arruma o retrovisor que estava ajustado pra mim como fui eu quem vim dirigindo até ali, tudo bem que foram só seis quadras da minha casa até a creche mas já matei minha seca de dirigir.
Tudo isso por que Josh não me deixa encostar no volante enquanto estou grávida, mas não reclamo agora pelo menos eu posso respirar sem ele estar perguntando se tá tudo bem.
- As cinco. - Olho pro relógio no meu pulso faltava mais de uma hora ainda.
- Passamos pegar a Sina então, aí vamos lá pra casa comer alguma coisa e eu te levo lá, pode ser ?
Tinha como eu recusar ? Primeiro que ele falou em comida e ultimamente eu só não como as paredes porque não consigo, e depois eu ia ganhar uma carona até a escola nada mal.
Acabamos encontrando Sina no meio do caminho e então em poucos minutos estamos no prédio deles.
Eu e as outras duas meninas do carro descemos na rua da portaria principal e Noah segue pela rua do lado que dava acesso ao estacionamento.
- Ainda não decidiram com qual das duas casas vão ficar ? - Sina tira a pequena de perto do painel de comando do elevador depois de uns quatro botões serem apertados.
- Não, não estamos nem perto... acha muito infantil escolher no " uni duni tê" ? - Sina ri.
- Por que vocês não procuram por outras ? - A loira sugere.
- A gente já viu tudo que tinha aqui por perto... Não queríamos ter que mudar de bairro. Ficar longe de vocês. - O elevador abre a porta no nosso andar.
- O que acha de ficar bem pertinho então ?
- Como assim ?
- O vizinho do andar de cima tá se mudando, vai liberar o apartamento semana que vem, e ainda não achou nenhum comprador. - Ela me entrega Aimê pra achar a chave na bolsa, eu preciso pegar a criança meio de lado que é como minha barriga possibilita.
Não é uma má ideia se mudar pra cá, todos os apartamentos do condomínio são iguais, então isso quer dizer três quartos, dois banheiros, uma cozinha não tão grande mas em compensação a sala e a sala de jantar são enormes, muitas janelas e portas de vidro, uma varanda.
- Acho que vamos ser vizinhas então. - Já não tem mais criança no meu colo, agora ela esta correndo pelo corredor que dá acesso aos quartos.
- Se Josh concordar né? - Sina me pergunta meio desconfiada.
- Ou pode ser uma surpresa, você não gostou quando foi com você?
- Mas era uma situação bem diferente, a gente tava morando na casa dos pais do Noah, com Aimê pequena.
- Isso é detalhe, sem contar que Josh vai amar morar pertinho do marido.
- Então... - Ela está um tanto arrependida de ter falado sobre o apartamento livre sem o canadense junto.
- Então vamos lá combinar tudo com o dono. - Ela estrala os olhos pro meu lado, como alguém que espera o amigo retomar a consciencia depois de um porre daqueles. - Vai lá comigo ou não?
(...)
- Onde vocês foram? Até pensei que tinha entrado na casa errada. - Noah se vira no sofá ficando de frente pra porta.
- Comprar o apartamento de cima. - Sina diz aliviada.
- O que ?
- Relaxa não deu certo ele já tinha vendido. - Digo desananimada.
A ida não foi em vão, eu e a pequena voltamos com dunuts nas mãos, eu com dois na verdade, nada mais justo São dois bebês.
Essa foi a desculpa que eu dei pra Sina depois dela me olhar torto quando eu catei as duas unidades da caixa, sendo que o senhorzinho só tinha oferecido pra Aimê.
- Ainda bem, imagina te ter como vizinha, pesadelo. - Noah junta as mãos agradecendo.
- Engraçadinho. - Passo meu dedo cheio de chocolate no seu nariz antes de me sentar ao seu lado.
- Achei estranho, hoje de manhã ele falou pra gente que não tinha nenhum comprador e agora a tarde já vendeu. - A loira se joga sentada ao meu lado com uma cara que demonstra cem por cento seu cansaço.
- Olha isso. - Urrea vira a tela do celular pro nosso lado mudando totalmente o assunto do apartamento.
- Ele ainda tá lá? - Sina puxa o celular da mão do marido pra ver mais de perto.
- Aham. E a Joalin também não voltou. - Passo o dedo na minha blusa tentando tirar o grude que eu acabei de derrubar.
- Será que eles se acertaram? - Balanço a cabeça negativamente.
- Joalin disse que foi pra um quarto de hotel ficar uns dias sozinha, e pensar. - Lembro das mensagens da loira da noite anterior.
- E Bailey ficou sozinho naquela casa enorme ? - Dou os ombros sem saber a resposta.-
- A única coisa que eu sei é que os pais dele já foram embora. - Informo.
- XIXI. - Sina pula do sofá o mais rápido o possível mas não adianta a menina já está sentada numa pequena poça de água amarelada.
- Quando eu vou lembrar que toda vez que chega em casa tem que levar você no banheiro ? - Não sei como mas Sina consegue falar isso brava mas ao mesmo tempo com toda calma do mundo.
- Pelo menos dessa vez ela não fez em você. - Ele vai até a filha e levanta ela por baixo dos braços com uma cara de nojo.
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BY CHANCE/ Beauany
Fanfiction"- Com o histórico de vocês, sabem que essa piada não tem graça né ? " Treze horas de vôo, esse foi o tempo que Any ficou quase morrendo de ansiedade no avião se ela soubesse o que a esperava depois disso. Sem aviso prévio nenhum um grupo de pessoa...