Uma saudade absurda

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"Por você eu espero o tempo que for, aprendo a conviver com essa saudade absurda. Porque sei que vai valer a pena quando estivermos juntos"

**

Duas semanas depois:

– E, então ,eu não vou poder voltar na sexta Annie – disse Alfonso pelo telefone, se jogando no sofá do seu
apartamento e esfregando a testa com uma das mãos.

A ligeira pausa que antecedeu a resposta de Anahi já o preparou para o desapontamento dela.

– Está tudo bem? – disse ela, enfim.

– É a oficina. Dois dos rapazes ficaram doentes, e estamos incrivelmente sobrecarregados, o que é ótimo, mas não posso deixar Jack nessa roubada.
– Bastante desanimado Alfonso expirou o ar pelo nariz com toda a força. – Lamento muito por isso.

– Ei, não tem problema – Pela voz de Anahi dava para perceber que ela estava sorrindo. – Fico triste por não ter você aqui, mas compreendo. São coisas que não dá para evitar.

Alfonso se recostou.

– Quer que eu dê a notícia a Henry?

– Não precisa. Eu não disse a ele quando você ia chegar. Porque, se eu fizer isso, ele vai ficar me enchendo o saco: “Já chegou o dia? É hoje que o Poncho volta?” – Ambos riram. –Então, não se preocupe. Alguma ideia de quando vai poder vir?

– Talvez na terça. Não sei, meu amor. Tudo vai depender do tempo que eu levar para aprontar aqueles carros. – Alfonso bateu com o pé na mesinha de centro, frustrado e aborrecido. – Estou morrendo de saudade de vocês dois. Eu... preciso mesmo ver você, te abraçar, te beijar te sentir...

Anahi sorriu de olhos fechados e com um aperto no peito

– Poncho... – sussurrou ela

– É uma saudade absurda Annie, e o tempo parece que não passa, tudo que eu queria era esta aí – suspirou com tristeza

– Também estou com saudade Poncho muita mesmo, mas quando se der conta, já vai estar aqui. Não vamos a lugar nenhum...

Alfonso sorriu.

– Henry está aí?

– Não. Foi tomar sorvete com Mac. Digo a ele que você ligou.

– Diga que falo com ele amanhã.

– Digo, sim. E, Poncho?

– O quê?

– Você é o universo infinito pra mim.

– E você pra mim, te amo – e desligou

***

– Ei, anime-se, cara! Parece até que finalmente entendeu que Robin é o namoradinho do Batman!

Alfonso revirou os olhos ao ouvir a piadinha besta de Alejandro e espetou com o garfo um pouco do macarrão que estava no seu prato.

– Por que sempre concordo em sair quando você vem aqui? – resmungou, dando de ombros.

– Claro que é porque eu sou a animação em pessoa – rebateu Alejandro olhando para a garçonete
bonita que passou pela mesa deles. – O que não se pode dizer de você, com essa sua cara de enterro.

– Pode me deixar em paz? – pediu Alfonso – Deixe eu ficar chateado.

Alejandro riu.

– Bom, pelo menos é uma coisa que você faz muito bem.

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