Epílogo

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– Mamãe! – um grito veio do lado de fora da casa Anahi virou a cabeça e procurou a fonte do grito. Ela viu Sophie sair correndo da sombra das árvores, seu rostinho de quatro anos
contorcido com justa indignação. –  Henry disse que meninas não podem subir em árvores!

Anahi viu Sophie aproximar-se com as mãos nos quadris, o cabelo como se tivesse sido arrastada de costas por uma sebe. As roupas dela estavam cobertas com a evidência avermelhada da terra.

– Ele disse? – a voz de Anahi estava baixa, mas ela podia ver Henry espreitando nas sombras. Como Alfonso, ele estaria mordendo o lábio, temendo as consequências de suas
ações.

Sophie estava tentando conter as lágrimas. Anahi sabia que eram de raiva, e não de tristeza, e aquilo a deixava contente, Sophie era muito gêniosa.

– Sim isso é uma injustiça.

Anahi sorriu do modo que a filha falou e puxou Sophie para perto, envolvendo-a com os braços.

– Filha talvez ele esteja um pouco preocupado com sua segurança é normal ele é seu irmão mais velho.

– Eu não ia subir tão alto, mamãe – Sophie bufou. – Eu queria ver dentro do ninho do pássaro.

Anahi apertou os olhos e tentou não pensar no perigo que a filha estava correndo. Ela queria que as crianças crescessem com uma dose saudável de natureza, sabendo que o mundo
era delas para explorar. Mas era difícil estabelecer limites e impedi-los de levar as coisas longe demais.

Sophie abraçou a mãe antes de se afastar e correr de volta para o quintal. Anahi viu Henry aproximar-se dela, uma careta no rosto.

– O papai já chegou? – ele olhou para baixo, mas Anahi sabia que estava mordendo o lábio outra vez.

– Ainda não, ele buscar seu bolo de aniversário – ela estendeu uma mão e pegou a mão do filho e apertou. – Mas, de qualquer modo, você precisa parar de provocar sua irmã. Está deixando-a louca.

– Ela que me deixa louco – ele reclamou. – Ela é a teimosia em miniatura, tenho que ficar tomando conta dela mamãe, foi o que eu prometi ao papai quando ela nasceu.

Anahi sorriu Henry era do tipo protetor igual Alfonso.

– Preciso que seja um homenzinho hoje, Henry vou precisar da ajuda de todos vocês para organizar a sua festa de aniversário.

– Eu ajudo, mamãe pode deixar – Henry enfiou a cabeça no ombro dela, e ela lembrou-se de como ele tinha crescido. Como o pai, ele era alto e parecia ter muito mais do que seus dez anos, os olhos iguais os de Alfonso e o cabelo grande em cachos que caiam em sua testa, parecia que ela estava vendo o marido em sua frente quando criança.

– Obrigada – ela sussurrou no cabelo dele.

Quando Alfonso chegou com o bolo entrou em casa e o colocou em cima da mesa procurou vestígio de alguém e nada, então, ouviu os sons tão familiar de risos vindo do fundo da casa. Alfonso sorriu.

Os risos eram a sua parte favorita. Podia muito bem ser o som de que mais gostava no mundo. Mesmo que preferisse não parecer sentimental demais, Alfonso sentia um frio na barriga toda vez que ouvia aquilo. Sempre tinha sido assim. E ele gostava disso. Era algo que dava a Alfonso a certeza de que as pessoas ao seu redor estavam felizes. E nada era mais importante para ele.

Olhou pela janela e seu olhar pousou em Anahi arrumando a mesa e a decoração no jardim onde ia ser feita a festa de Henry. Se aproximou da porta e os ficou observando ele sentiu seu coração pular de alegria ao ver Henry e Sophie correndo bom na verdade, tropeçando em meio a um monte de balões .

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