Para sempre meu filho

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"Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar e permitir"

Musica: Pra você guardei o amor - Nando Reis

****

Nos dias bons, Henry era deliciosamente cansativo; com Alfonso ali, deitado naquela cama de hospital,se recuperando de um atropelamento, o menino devia ser ainda mais...

– Claro – insistiu ele, fazendo um grande esforço para se sentar e sugando o ar por entre os dentes
cerrados por causa da pontada aguda de dor que sentiu no peito.

Num segundo, Anahi estava do seu lado.

– Cuidado – disse ela, baixinho. – Não quer que algum ponto arrebente, quer?

Anahi o ajudou a se ajeitar melhor e segurou o rosto dele.

– Antes de Henry entrar, tem uma coisa que quero dizer a você –começou Alfonso.

– O que é?

Alfonso respirou fundo.

– O meu pai vai dar entrada na papelada para eu assumir a Herrera’s Motors. Tem muita coisa a ser feita, mas vou poder me mudar para Michigan no mês que vem.

Anahi não disse nada, simplesmente segurou com força a mão de Alfonso e a levou à boca, beijando-a repetidas vezes.

– Isso está acontecendo mesmo?

Alfonso deu uma risadinha.

– Está. Por mim, iria até antes, mas tenho que ficar na O’Hare até Jack arranjar alguém para me substituir... Mas vai dar tudo certo.

– Onde você vai morar?

Alfonso piscou, surpreso.

– Vou ficar com os meus pais até conseguir um apartamento.

Anahi fez um biquinho, visivelmente decepcionada.

– Ah!

Ele sorriu.

– A menos que...Você estava pensando em alguma coisa diferente?

– Não, nada.

Ele fez um ar de deboche.

– Posso reconhecer esse olhar até no escuro, Annie. O que foi?

– A minha casa fica muito melhor quando você está lá.

A boca de Alfonso se retorceu, e ele sentiu o corpo aquecer.

– Quer que eu vá morar com você e com Henry?

Anahi deu de ombros.

– Seria uma boa economia, não é mesmo? E... é bem provável que você fosse acabar se mudando para lá...

– Muito provável... – repetiu Alfonso. O sorriso meio que se desmanchou. – Tem certeza? É... um passo e tanto...

Anahi riu.

– Acho que já deixamos de nos preocupar com grandes passos, não é, Alfonso?

Sorrindo, ele ergueu a mão, que ela continuava segurando.

– Tem razão – respondeu ele, beijando a mão de Anahi. – Então, vamos mesmo fazer isso?

Anahi assentiu.

– Espero que sim.

Ele franziu a testa.

– Temos que conversar com Henry.

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