Capitulo 3: Juras de Amor e Promessas de Guerra

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Que nome.

Nick disse, enquanto nós dois olhávamos para a poça de vômito em cima dos dois sapatos dele, cujos tinha acabado de reparar que eram de grife.

Dar PT não era uma das minhas metas naquela festa. Na verdade, eu nem sabia bem quais eram as minhas metas, e naquela altura do campeonato estava convencida de que a melhor ideia seria ter ficado em casa, encomendado um bolo de chocolate da Magnólia Bakery e maratonado a última temporada de Rupaul's Drag Race.

Mas lá estava eu, e lá estava o Nick, e lá estavam seus tênis Louis Vuitton's cobertos de vômito rosa esverdeado.

— Posso comprar novos tênis para você, se você quiser — Disse, sem ter mais nada para dizer.

— Eu também posso — Nick disse — Não se preocupe com isso, eu nem gostava tanto assim deles.

— Não são lá essas coisas mesmo.

Minha sinceridade fez o Nick soltar uma gargalhada proveitosa e bonita de se ver.

Reparei em um pequeno alargador cravado em sua orelha.

— Então você é malvada — Ou o jeito que ele disse aquilo ou a brisa gelada que cruzou a varanda naquele instante fizeram a minha nuca arrepiar — E veio fazer o que nessa varanda? Fugir de alguém? Se esconder de algum ex?

— Nenhum dos dois. Em resumo, meus dois melhores amigos desapareceram, eu resolvi tomar uma bebida rosa aleatória e depois de só três goles vomitei no seu pé. E você? — Disse, me sentando no chão, contra a sacada de vidro.

— Bem... Tem dois amigos meus aqui comigo — Ele fez aspas no dedo enquanto se sentava do meu lado e se livrava dos sapatos — Um deles tá desmaiado em um sofá e o outro provavelmente cheirando cocaína no banheiro. E eu... Eu tomei uma cerveja quente, resolvi vir aqui tomar um ar e vomitaram no meu sapato.

— Está querendo competir qual de nós teve uma pior noite?

Ele abriu um sorrisinho charmoso.

— Não é uma competição, eu já ganhei.

Foi minha vez de abrir um sorriso bem consciente.

— Vomitar é pior que receber o vômito de outra pessoa, a não ser que entre em contato com a pele, o que não foi o caso. Então, eu ganhei.

— O tênis era de couro, não conta como pele? — Ele perguntou, divertido.

Do outro lado da porta de vidro, um aglomerado de pessoas se organizava em torno de uma mesa comprida, repleta de copos e algumas bolinhas de ping pong.

— Já sei. Quem ganhar a partida de beer pong ganha a competição de pior de noite — Eu sugeri, me colocando de pé e estendendo a mão para o tal de Nick.

— Você não vai querer jogar beer pong comigo — Ele anunciou, convencido e misterioso.

— Não subestime as minhas habilidades, se não além de sair perdedor ainda vai sair humilhado.

— Tudo bem, então. Mas você acabou de vomitar, tem certeza? — Nick hesitou.

— Tenho. Aquele vômito deu restart no meu organismo.

Nick, então, se colocou de pé, abanou a camiseta por alguns instantes se desfazendo do calor. Instantes suficientes para que eu tivesse um vista de seu abdômen cravado.

Então, eles prendeu seus olhos verdes nos meus e deu um passo para perto.

— E se eu ganhar a competição... — disse em um quase sussurro — Qual vai ser o meu prêmio?

Desejos e DesavençasOnde histórias criam vida. Descubra agora