Capitulo 10: Fogo no Parquinho

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Os Carmichael perderam a primeira partida contra os Rockefeller, o que rendeu em um aceno bobo e um sorrisinho orgulhoso de Chad na minha direção, enquanto o mesmo rodava em círculos com seu cavalo de pelo brilhante.

Na segunda partida do dia, os Winston perderam contra os Van Dusen, o que também rendeu em um sorrisinho de um dos jogadores do Van Dusen na minha direção. Mas o de Nick foi bem mais descarado e prepotente, retribuído pelo meu dedo do meio.

Mickey, que costumava ser bem competitiva com polo, não pareceu se importar muito com o fato de sua família ter perdido o primeiro jogo.

Sua expressão, desde que tínhamos chegado na arquibanca, era na verdade bem ausente.

— Acho que as margaritas me deixaram meio nauseada.

Foi o que Mickey disse, quando a perguntei se estava bem, então voltamos nossa atenção a terceira partida, entre a minha família e a de Sabrina, os Price.

Vai pai! Vai Kenny! — Berrei usando as mãos de megafone quando meu primo Kenny, representando os Van de Beek, se espremia contra um jogador da família Price.

Sabrina, à algumas cadeiras de distância, torcia com o mesmo fervor, mas em vão, por que os Van der Beek ganharam com uma diferença considerável de pontuação.

Coisa que fez Sabrina se esconder embaixo do chapéu e fechar a cara.

No intervalo antes da semi-final e final, o brunch foi servido embaixo de uma larga e elegante tenda de tecido branco. No buffet, pequenas velas em formato de flor iluminavam os canapés de salmão e risoto de abóbora.

Mickey se recusou a comer, acusando a falta de apetite, então depois que me servi sozinha encontramos uma mesa com os nomes de nossas famílias marcados.

— O que achou, filhinha?! Viu o goal que eu fiz?! — Meu pai caminhou em minha direção alegre e mancando um pouco pelo excesso de esforço físico no joelho. Ao seu lado, meu tio Rick e meu primo Kenny caminhavam com o capacete embaixo do braço.

— Foi perfeito, papai. Vocês todos jogaram muito. Você em especial, Kenny — Elogiei, o que fez meu primo de quinze anos ficar meio vermelho.

— Foi acirrado, mas acho que estou começando a desenferrujar. O Kenny aqui foi uma ótima adição ao time. Com ele tenho certeza que vamos cagar na cabeça dos Van Dusen hoje — Meu pai disse, esfregando os cabelos ruivos do rapaz.

— É o próximo jogo? — Perguntei.

— É... Depois do almoço — Kenny respondeu, tenso, e no instante em que o fez, o quatro jogadores do time Van Dusen cruzaram a tenda, caminhando até a larga mesa redonda na diagonal da nossa.

A mesa estava ocupada pela família Rockefeller e a família Van Dusen. Embora Chad os outros três representantes da sua família ainda não tivessem voltado das baías, seus pais e sua irmã Linda já estavam lá.

Ivone Van Dusen, assim que reconheceu o filho e o marido, se ergueu de súbito, agarrou o braço de Nick e o arrastou para o outro lado da mesa, onde Linda estava sentada, cercada pelos pais.

— Linda! Você e o Nick já se cumprimentaram hoje!? — Ela disse com um sorriso largo e brilhante, enquanto Nick beijava o rosto de Linda com pouco entusiasmo.

Em defesa da Linda, o entusiasmo dela também era mínimo.

— Oi... — Ela grunhiu.

— Oi Linda. Bom dia Senhor e Senhora Rockefeller — Ele estendeu a mão para o pai de Chad com um aceno firme e beijou a mãe dele no rosto com a mesma formalidade.

Desejos e DesavençasOnde histórias criam vida. Descubra agora