PDV. Flora
- Pai?- chamo por ele que estava sentado na cozinha sozinho.
- Oi milagre - me sentia bem perto dele.
Ele é a única pessoa que me trata bem aqui nessa casa sempre tentando conversar comigo sobre tudo.
- Como sabia que amava a mamãe?- ele respira fundo e fecha os olhos.
- Sabe quando eu vi ela pela primeira vez senti que poderia ser eu mesmo sem precisar força uma relação ou ser quem eu não sou - ele continuava falando. - Éramos bem compatíveis mais também tínhamos diferenças enormes - nunca me pareceu que eles eram diferentes.
- Que tipo de diferença?- eles sempre pareceram tão perfeitos.
- Sua mãe é vascaína - ele faz uma careta e começo a rir.
- O senhor é um rubro negro doente.... - o sorriso dele fica largo.
Sempre que tinha jogo toda a casa se transformava na própria lojinha do Flamengo era toalha de banho, camisas de várias cores e por aí vai.
- Mais teve um dia que eu não conseguia mais imaginar a minha vida sem ela e assim como você ela também tinha uma grande decisão pela frente - ele passa a mão no meu rosto.
- Que decisão?- não consigo imaginar minha no meio de uma encruzilhada.
Ela sempre foi tão decidida e cheia de vontade sempre tinha que prevalecer a sua vontade.
- A sua vó sempre foi muito religiosa e o futuro da sua mãe também era o mesmo que o seu. - freira?
- Ela ia fazer os votos?- quer dizer que ele se encontrava com ela escondido?
- Tava quase tudo resolvido pra ela ir pro convento e viver a vida que a mãe dela sonhou pra ela. - o que deu errado.
- Foi quando o senhor apareceu - ele confirma.
- Acabei me esbarrando na sua mãe quando estávamos no ensino médio - eles se conheceram na escola. - Depois namoramos e dois anos depois casamos. - porque ela não me disse antes?
- É como a vovó ficou?- não quero nem imaginar.
- Ela disse que nunca seríamos felizes juntos - mais eles estão juntos até hoje.
Quer dizer que são felizes não é?
- Tínhamos tudo Flora - ele me olha e sorrir mais largo. - Uma boa casa, bons empregos mais faltava uma coisa pra nós deixar felizes de verdade - um filho.
- Foi quando eu nasce não foi?- ele confirma.
- Sempre teve a mesma personalidade que a minha pacífica e calma mais as vezes tem que ser agitada como o mar um pouco de bagunça da vezes faz bem Flora - ele coloca a xícara na pia. - Você foi desejada bem antes de nascer não pensei o contrário mais pra ela foi difícil ver a própria mãe culpado ela por tudo - parece que a história da se repetindo aqui.
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A escolha é minha!
Romansa"Você é o nosso milagre" Sabe o peso dessas palavras? Quando Deus fez os homens deu a eles o dom do livre arbítrio pra escolherem o seu caminho mais conviveram com as consequências das suas escolhas. Eu não tinha livre arbítrio. Toda a minha vida já...
