PDV. Hortência
Flora estava mais triste indo do que quando chegou pela primeira vez que veio pra cá.
- Vai ficar tudo bem Flora tá parecendo que você vai para um velório. - ela dá um sorriso tímido.
De longe consigo ver os pais dela Flora não se parece nada com a mãe mais é a cara do pai.
- Você é a cara do seu pai. - ela sorriu.
- Minha vó dizia isso também - ela olha pra Madre que está na porta da frente.
- Se cuide e aproveita pra ver o médico aproveita que está longe do convento - sussurro pra ela.
- Não tenho roupa - tem coisa que Flora não sabe.
- Enquanto você dormia eu escutei a Madre falando com outra irmã sobre afastar a gente e como eu não tenho pra onde ir... - tava na cara que ela seria a pessoa a sair. - Peguei algumas roupas e sapatos mais cuidado e seja corajosa a vida precisa ser vivida - beijo sua testa e vejo o pai dela se aproximar.
- Te amo Hortência - ela me abraçar e sinto quando lágrimas começam a molhar minha roupa.
- Tá parecendo que a gente nunca mais vai se ver - começo a rir pra ver se tirar todo aquele clima tenso.
- Talvez isso aconteça mais eu amo você - ela me beija e começa a se afastar.
Vejo ela entrar no carro e depois ele se afastar cada vez mais longe do convento e longe de mim.
Assim que olho pra Madre ela está com o típico sorriso de quando ela falava comigo sozinha.
Assim que passo por ela escuto ela dizer.
- Quero ver quem vai te dar cobertura pras suas fugas Hortência - todo meu corpo fica tenso.
Respiro fundo talvez seja mais difícil do que eu imaginei sem Flora aqui.
PDV. Flora
A primeira coisa que estranho assim que entro no carro é um bebê de aproximadamente 6 meses dormindo no baby Conforto como se não estivesse uma bomba prestes a explodir a qualquer momento.
Eu queria ser esse bebê.
- Flora - minha mãe fala sentada no banco do carona.
Ela parecia feliz talvez mais eu sabia que isso tudo não passava de um sorriso forçado.
- Esse é seu irmão André - o bebê se mexe mais não acorda.
- Também fez uma promessa pra ele também ou eu fui a única?- deboche na minha voz era nítido.
Deus me perdoe mais quando eu vi já tinha falado e não me arrependo disso.
- Flora!- a voz grave do meu pai se fosse antes causaria algum tipo de remorso ou até medo.
- Que foi deixei de ser o pequeno milagre de vocês?- ele respira fundo.
- Não vamos conversar sobre isso agora - eles passaram cinco anos pra conversa comigo e mesmo assim não vai ser agora.
O caminho que era feito em silêncio foi interrompido por barulhos de tiros ficar cinco anos sendo vizinha do morro do borel não assusta mais.
- Meu Deus se abaixem - todo o trajeto tinha parado e a única coisa que eu conseguia pensar é em Rafael.
- Flora se abaixe - escuto a voz do meu pai.
- Não vai durar muito tempo - sem contar que estamos bem longe da entrada principal do morro.
- Bala perdida não tem dono menina - minha mãe resmunga enquanto tenta acalma o bebê que não para de chorar.
Me abaixo com cuidado sobre ele e começo a cantar uma música a mesma que meu pai cantava pra mim quando eu era pequena a única que me acalmava quando estava nervosa.
Não demorou horas mais sim minutos e logo depois tudo estava em silêncio de novo e os carros começaram à andar normalmente.
- Foram 40 minutos de terror eu nunca passo por isso de novo - minha mãe resmunga pro meu pai que não prestava muita atenção.
Ele olhava pra mim pelo retrovisor o que me deixa desconfortável, não é como se fosse bons amigos foram cinco anos e tudo mudou nesse tempo.
Duas horas depois eu estava em "casa" a primeira coisa que minha mãe faz é descer do carro e pegar André no colo e entrar com ele dentro de casa.
Já meu pai fica comigo dentro do carro o silêncio e desconfortável até que ele começa a falar.
- Você ainda se lembra - eu sabia que ele estava falando da música.
- É uma das poucas coisas que eu me lembro - tiro os fiapos inexistentes da barra do meu vestido.
- Você cresceu Flora - respiro fundo e fecho os olhos.
- Teria visto cada fase se fossem me visitar nesses cinco anos - eu não queria ser grossa ou coisa do tipo.
Mais não me venha com essa conversa de "Nossa você mudou" quando nem fizeram questão de me perguntar como eu me sentia sobre tudo isso.
- Eu tentei Flora - nego com a cabeça.
- Deveria ter tentado mais Gabriel....
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Chamou
Pelo nome é pra lascar tudo
Eu não sei vocês mais meu pai fica puto quando escuta eu chamando a minha mãe pelo nome
Kkkkkkkk
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LR
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A escolha é minha!
Romance"Você é o nosso milagre" Sabe o peso dessas palavras? Quando Deus fez os homens deu a eles o dom do livre arbítrio pra escolherem o seu caminho mais conviveram com as consequências das suas escolhas. Eu não tinha livre arbítrio. Toda a minha vida já...
