Caos

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Notas da autora: Não estranhem o título desse capítulo ser igual ao anterior. Eu editei o título do capítulo passado para "Início do Caos" e entitulei esse aqui como "Caos" porque achei que serviria melhor aos meus propósitos.

Boa Leitura, amores.

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Geralt

- Terá que perguntar à sua avó. - respondi quando Ciri questionou o motivo do ataque de Nilfgaard. Mesmo que eu tivesse presenciado os acontecimentos de pouco mais de dezoito anos atrás e tivesse uma vaga noção do porque, não era de minha natureza me intrometer em assuntos de cunho político, a não ser que me gerasse algum lucro ou benefício.

Já havíamos avançado mais da metade do caminho em direção a frente do salão de baile, e eu não conseguia mais contar quantos soldados inimigos o fio de minha espada havia cortado. Alertei diversas vezes para que a princesa se mantivesse ao meu lado, mas mesmo assim, eu mantinha a lateral do meu corpo colado ao seu para garantir que poderia protegê-la de qualquer imprevisto.

A situação se complicava a cada passo que dávamos. Os guardas de Cintra pareciam não ser o suficiente para conter a invasão, talvez devido ao ataque ter sido inesperado, e pendiam ao chão, derrotados. Minha espada permanecia erguida, em alerta assim como meus olhos que estudavam o trajeto.

Dois soldados vestindo negro se aproximaram, investindo contra mim com suas lâminas em punho. Felizmente, a velocidade da dupla era humana, logo, houve tempo o suficiente para que eu desviasse dos golpes, jogando meu corpo para trás e riscando o ar com minha espada. Travamos um breve duelo até que os cortei com a lâmina que eu carregava.

- Ciri, se afaste um pouco! - ordenei quando vi que pelo menos mais cinco homens do reino inimigo vinham em nossa direção. Mandei-a se afastar para que eu tivesse espaço o suficiente para enfrentá-los.

A princesa obedeceu, escorando em um pilar mais afastado onde havia uma menor concentração de soldados inimigos, e aqueles que ali estavam se encontravam ocupados duelando com guardas de Cintra.

Cada passo que eu dava era seguido por um movimento de espada, um golpe, uma investida. Ataquei um deles ao mesmo tempo que me esquivei de outro. Nossas espadas se chocaram diversas vezes até que o tilintar metálico era substituído pelo som de carne sendo rasgada. Quando me vi encurralado próximo a uma parede, fiz um desenho no ar, o sinal de Aard, uma magia simples que os bruxos conseguiam lançar, e todos os adversários foram arremessados na direção oposta a mim.

Quando me vi livre daquela ameaça me lembrei de Cirilla, e antes mesmo que meus olhos pudessem tê-la encontrado, sua voz trêmula atravessou meus ouvidos.

- Geralt! - ela gritou por cima de todo o caos. - Geralt, me ajude!

Estremeci por um breve segundo quando a vi sendo agarrada por um Nilfgaardiano e arrastada enquanto se debatia nos braços do homem.

Fiz menção de socorre-la, no entanto, os soldados que haviam sido atingidos pela minha magia conseguiram se levantar. Eu me encontrei cercado novamente e vendo a garota que eu deveria proteger sendo levada bem diante dos meus olhos.

- Cirilla! - gritei de volta enquanto recomeçava as investidas contra meus perseverantes oponentes.

Nos intervalos entre um golpe e outro, mesmo com a distância que crescia entre nós, eu conseguia ver o horror e o medo nos olhos da princesa. Seu rosto pálido e delicado estava vermelho e ofegante, e por mais que parecesse pequena e frágil, ela era obstinada. Eu sabia que ela não pararia de lutar por um segundo sequer.

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