Combustão Espontânea

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Cirilla

 Passei quase uma hora remexendo-me na cama, puxando os lençóis e tentando encontrar uma posição confortável para enfim adormecer, contudo, os pensamentos libidinosos que se apoderavam da minha mente emitiam faíscas pelo meu corpo que em breve entraria em combustão.

 Por mais que os acontecimentos daquele dia não houvessem sido dos mais agradáveis, eles eram uma espécie de combustível que fomentava meus desejos controversos. Mesmo pertencendo ao lado oposto do que eu estava sentindo, a adrenalina de mais cedo era tanta que sobrecarregava meus sentidos, transformando a excitação em uma válvula de escape para que eu entrassem em equilíbrio novamente. 

 Meu coração batucava acelerado em meu peito, fazendo-me sentir a pulsação por todos os meus membros. Meu peito subia e descia, ofegante enquanto eu recordava da textura e peso da espada ao atingir a pele do homem que não merecia viver. Mordi o lábio inferior e deslizei uma mão pelos meus seios,  deslocando a outra até a parte inferior da barriga. Agarrei com força minha pele e soltei um grunhido abafado, contorcendo as pernas enquanto revivia aquelas memórias. 

 De repente, a imagem do bruxo inundou minha visão, tomando o controle do meu raciocínio como se fosse névoa. Eu ansiava por tê-lo, sentir novamente a textura de seus lábios e o gosto de cerveja e hortelã impregnado em seu beijo. Queria que o único peso que eu estivesse sentindo fosse o de seu corpo musculoso pressionando o meu, e não o peso que eu carregava por conta dos massacres em meu reino e as preocupações com a minha família. Sendo assim, permiti que minha imaginação tomasse seu próprio rumo, criando fantasias onde de fato eu tinha Geralt em minha cama. 

 Arquejei quando meus dedos traçaram um caminho por dentro do tecido claro da camisa e encontraram meus seios. Circulei meus mamilos já enrijecidos e cerrei os dentes com força, mas não sem antes deixar escapar um suspiro. Eu alterava a intensidade dos movimentos e a pressão em meus dedos, sentindo os pelos do meu corpo se eriçarem conforme aquela sensação extasiante se alastrava para outras áreas. 

 Desci ainda mais a outra mão, afastei as pernas e deslizei os dedos em direção ao interior de minhas coxas. Assim que eles entraram em contato com a minha área molhada e extremamente sensível, meus músculos se retesaram e eu instintivamente os contrai, e mesmo que não fosse o riviano o autor daquelas ações, elas continuavam quase igualmente prazerosas visto que eu o possuía em meus pensamentos. Com dois dedos fiz movimentos de vai e vem, escorregando-os pela minha entrada e os retirando logo em seguida, espalhando os líquidos provenientes do meu prazer reprimido. Mais uma vez abafei um gemido tapando minha boca com o outro braço. 

 Meu peito fervia, e se eu não soubesse que Geralt era  o combustível responsável por todo aquele incêndio, poderia jurar que meu corpo estava para entrar em combustão espontânea.

 Alterei os caminhos dos meus dedos e iniciei movimentos de entra e sai lentos, que foram se intensificando conforme meu corpo pedia por mais. Minha respiração já estava entrecortada e dificultada por conta do esforço físico, contudo não parei. Parar seria um castigo, e eu já havia sido castigada na noite em que estive com o bruxo e ele não terminou o que começou. Não deixaria aquilo acontecer novamente.

 "Geralt", eu murmurava em pensamento, chamando pelo homem com a esperança de que minha fantasia pudesse ser transmitida à ele por telepatia. "Geralt... Geralt... Geralt..."

 Cessei os movimentos em minha entrada e comecei a dar atenção ao ponto mais sensível logo a cima dela. Assim que o toquei foi como se uma onda atravessasse meu corpo, pois a sensação era infinitamente mais intensa, quase incontrolável. Com o dedo médio fiz movimentos circulares em torno da área, movimentos esses que eram acompanhados pelos meus quadris que remexiam-se na cama.

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