Isabelle Lightwood estava ansiosa e assustada ao mesmo tempo.
Seus 15 anos chegaram, e junto o tão esperado ensino médio.
"Você terá que estudar muito mais agora" os pais disseram, mas para ela, o fato de estar indo para uma escola nova significava independência, muitas festas, amigos novos, e quem sabe até encontrar um amor.
Izzy sempre foi a filhinha do papai e Robert repetia infinitas vezes que namoros só a partir dos 25 anos, mas ela tinha esperança de que se conhecesse um rapaz legal, ou até mesmo uma moça porque sua preferência era por um coração e não por um gênero, talvez seu pai lhe desse sua benção.
Era isso que comandava sua empolgação naquele dia, mas e se ela não conseguisse fazer amigos novos, ou algum professor pegasse no seu pé, ou até mesmo alguém implicasse com ela por gostar de garotas?
- Ai meu Deus. Acho que vou vomitar. - As palavras simplesmente vieram junto com uma tontura.
- Não dá tempo, querida. Respira fundo e tente ser você mesma. - Maryse sussurrou carinhosamente ao lhe dar um beijo na testa.
- Eu não sei ser eu mesma, mãe.
- Claro que sabe. Você tem sido você mesma há 15 anos. Agora vai logo para não se atrasar. O seu pai já está esperando no carro.
- Eu acho um absurdo ser levada pelo próprio pai direto pro ensino médio. - A jovem protestou. - Por que eu mesma não posso ir dirigindo?
- Porque você não tem carteira e nem carro. - A mãe lembrou o que infelizmente não dava pra ser ignorado.
- Tenho certeza de que existem outras opções de locomoção.
- Claro que sim. O ônibus escolar ou o ônibus público mesmo.
Izzy fez uma careta enquanto a mãe dava um sorrisinho, sabendo exatamente o que a filha aturava e o que não aturava.
Ela não era mimada à ponto de ser mesquinha, mas transportes públicos lhe davam nos nervos.
- Sabia que existe uma nova invenção chamada Uber? - Ela tentou mais uma vez.
- E você sabia que eles não são de graça? Como pretende pagar um motorista particular duas vezes por dia, 5 dias por semana sem estar trabalhando?
- Ai fala sério. Eu desisto. - Izzy resmungou e saiu pela porta bem no momento que o pai buzinou pela terceira vez naquela tarde.
- Foi o que eu pensei. - A mãe gritou. - Comporte-se bem e sem distrações na aula. Te amo.
- Também te amo. - Foi tudo o que Isabelle disse porque senão iria reclamar mais sobre o fato de ter que esperar mais um ano para ter seu próprio carro.
- Está pronta pra escola nova, meu bebê? - Robert murmurou ao dar partida, e Izzy não controlou um rolar de olhos.
- Pai, quantas vezes eu disse pra não me chamar assim em público? Eu já tenho 15 anos, não 5.
- Mas nós não estamos em público. - Ele observou.
- Só que eu já estou me adiantando porque tenho certeza absoluta de que você vai soltar essa pérola quando chegarmos na escola.
- Eu não consigo evitar, Isabelle. Você é minha bebezinha linda.
- Sua bebezinha linda tem uma reputação para selar, pai. É o meu primeiro dia e você sabe como o ensino médio pode ser cruel.
- Tudo bem, você está certa. Prometo que vou me comportar.
- Obrigada paizinho. - Izzy disse satisfeita e lhe deu um beijo na bochecha quando o carro parou num semáforo.
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Be My Eyes - Malec
FanfictionDominado pelo medo e a decepção, a vida de Alec Lightwood muda completamente quando Magnus Bane entra em sua porta por engano, mas determinado em tirar a venda de seus olhos e provar que o mundo não é só escuridão.