5 - Como sabe que sou eu?

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Nota da autora: MUITO obrigada, de coração, por todo o apoio que vocês estão me dando nessa semana difícil! Amo todos ♥



Magnus não mentiu quando disse que não se dava bem com matemática, mas isso era a última coisa que ele pretendia fazer quando perguntou se podia voltar na casa de Isabelle na próxima quarta-feira.

Era apenas uma desculpa para tentar "errar a porta do banheiro sem querer" mais uma vez, porém ele não se deu conta de que indo sozinho, as chances de se esgueirar sem que a família percebesse eram praticamente nulas.

- Magnus, tem certeza de que está tudo bem você me dar carona? - Izzy perguntou na hora do intervalo, e tentou não corar conforme o braço dele envolvia seus ombros. - Eu posso pedir pro meu pai vir me buscar.

- Tenho certeza sim, minha bela. Só precisamos deixar a Camille em casa primeiro e depois seguiremos nosso rumo. Não vai ser muito trabalho porque moramos perto do seu bairro.

- Jura? Perto quanto? - Izzy quis saber, e sorriu quando Camille se aproximou pra responder.

- 17 minutos da sua casa, precisamente. Seriam 10 se o Magnus não fosse tão lerdo dirigindo.

- Hey! Você tem noção de quantas pessoas morrem no trânsito? - O rapaz protestou. - Eu só sou cauteloso.

- Você pode muito bem ser cauteloso há 60km por hora, não 30. Lerdeza demais também é perigoso quando se trata dos carros atrás.

Magnus sabia que ela tinha um pouco de razão e que era meio paranoico dirigindo, por isso não deu continuidade à discussão e apenas revirou os olhos até ter uma ideia.

Ele precisava de uma distração quando fosse na casa de Isabelle, e talvez tenha arranjado uma.

- De qualquer forma... - Magnus se remexeu dando um beijo na testa de Izzy antes de empurra-la sutilmente na direção das salas quando o sinal ecoou no fim do intervalo. - Não tem problema nenhum eu te levar no meu carrinho extremamente lerdo, Izzy. É só me encontrar no estacionamento no final da aula, ok? Agora vá para não se atrasar.

A morena deu uma risadinha entretida e se despediu dos amigos antes de encontrar Maia no corredor e ir com ela pra sala.

Magnus as observou por um instante até que se virou pra Camille, que também observava as duas se distanciando.

- Eu preciso de um favor.

- Quando é que você não precisa, Bane?

- Ai Camz. Eu to falando sério. Preciso que você vá com a gente pra casa da Izzy e distraia ela um pouco.

Ele tinha um pontadinha de esperança de que a amiga não fizesse questionamentos, mas claro que isso não aconteceu.

- Distrair com o quê? Por quê? E por quanto tempo?

- Faça o que você quiser. Só preciso de uns 10 minutos pra fazer uma coisa.

- Não me diga que você vai assassinar os pais dela e depois sequestra-la pra algum tipo de ritual satânico.

- Pelo amor de Deus, mulher. Que série você está assistindo? - Magnus perguntou incrédulo.

- O mundo sombrio de Sabrina. Mas não fuja do assunto, Bane. Por que quer que eu a distraia?

- Eu não posso dizer, Camz. Mas é muito importante. Por favor. Por favor.

Sua súplica deve ter amolecido alguma coisa dentro dela, e ele quase pulou de alegria quando a viu revirando os olhos.

Be My Eyes - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora