O Desastre Do Titanic

Capítulo XXI - O Começo Do Terror! - Parte I

Todas as comportas foram fechadas, o Titanic se afastou do iceberg,no convés B,o senhor e a senhorita Carson estavam passeando pelo convés,quando viram um iceberg muito perto do navio.

-Meu Deus! Exclamou Madeleine Carson.

Na ponte de comando,o silêncio logo veio e Murdoch ordenou Moody.

-Anote a hora e coloque no diário de bordo!

-Sim senhor! Disse Moody.

Eram exatamente 23h40min,dois minutos depois,o capitão Edward Smith saí de seu alojamento e adentra na ponte de comando.

-O que foi isso,senhor Murdoch? Perguntou Smith assustado.

-Um iceberg,senhor! Respondeu Murdoch.

-Meu Deus! Exclamou Smith.

Em seguida ele foi para o arqueamento da ponte de comando, onde tinha a vista da proa e também tinha a vista do encostado do navio.

-Parar máquinas! Ordenou Smith e quem fez essa ordem foi o 06° oficial James Moody.

-Mande verificar as avarias! Ordenou Smith.

-Sim senhor! Respondeu Murdoch.

Na terceira classe,James levantou e seguiu para o convés da popa. E viu Harry sentado num banco.

-Harry,você o que aconteceu?  Perguntou James curioso.

-Batemos num iceberg! Disse Harry assustado.

-Meu Deus! Disse James indo em direção a primeira classe.

-Aonde você vai? Gritou Harry perguntando.

-Atrás de Dorothy! Respondeu James também gritando.

-Tome cuidado! Gritou Harry.

Em seguida,James pulou o portão e o aviso da divisória da segunda e da terceira classe. E seguiu correndo atrás de Dorothy Chambers,em algumas cabines da primeira classe, Ernest Hayes roubou algumas joias e  tiaras,ele acabou vendo que James estava indo em direção a Dorothy,ele estava com uma tiara de diamantes e um colar de pérolas no seu bolso, James usava um sobretudo marrom e tinha bolsos do lado de fora,então Hayes pegou a tiara e o colar e os colocou no bolso de James,sem o jovem perceber que estavam incriminando ele.

Na terceira classe,Harry rapidamente decidiu ir atrás de Anaís e retirá-la de sua cabine,quando viu uma jovem sentada num banco e estava encolhida com a cabeça encostada nos joelhos e estava chorando.

-O que houve,senhorita? Disse Harry se aproximando da garota e colocando a mão em sua cabeça.

Quando ele levantou a cabeça da mesma,ele viu que era Anaís,ela estava espancada e estava usando um vestido branco,o seu olho estava roxo e seus lábios estavam inchados.

-Anaís,o que houve com você? Perguntou Harry levantando a garota do banco.

-Não faça perguntas! Disse Anaís com um pouco de ódio.

-Não ponha as mãos em mim,eu não preciso da ajuda de homem nenhum! Disse Anaís,logo depois de James cobrir ela com o seu casaco.

-Precisa sim. Olhe Anaís,você vai ter que me escutar! Ordenou Harry. Quando Hilda e Maggie apareceu no convés e ela estava procurando Anaís.

-Anaís! Chamou Hilda,se aproximando do casal.

-O que você fez com ela? Perguntou Hilda,logo após ver o rosto de Anaís.

-Eu não fiz nada,eu encontrei ela aqui chorando! Disse Harry.

-Eu vou relatar isso ao capitão, ponham as mãos nas meninas e dizem palavrões,só porque somos cristãos! Disse Hilda,cobrindo Anaís com outro casaco mais quente.

-Aconteceu alguma coisa com ela,e ela não quer falar! Disse Harry.

Até que Stanley apareceu com o uniforme de comissário de bordo. Anaís olhou para ele com um olhar de fúria e de matar ele.

-Senhor Monroe,me acompanhe até a sala do comissário chefe,por favor! Ordenou Stanley.

-Mas para quê? Perguntou Harry.

-Não faça perguntas,só me acompanhe! Disse Stanley saindo do local e seguindo em direção a escada que tem acesso a segunda classe.

-Não se preocupe,eu voltarei para buscar vocês! Disse Harry indo em direção a escada,só que andando de costas.

-Ele manda em você? Perguntou Anaís.

-Sim,porque sou forçado a fazer isso! Disse Harry.

-O que devemos fazer e para onde ir? Perguntou Hilda.

-Vocês entendem alguma coisa,vão para a área comum e esperem por instruções! Gritou Stanley respondendo a pergunta de Hilda.

-Cuide dela,eu voltarei para buscá-los! Disse Harry.

Em seguida,Harry seguiu Stanley.

-Você não irá se encontrar com ele! Disse Hilda seguindo para a área da terceira classe.

Na primeira classe,Alice Cleaver acordou e ficou atordoada com os ruídos e com a embarcação que parou no meio da madrugada.

-Senhor Allison! Chamou Alice batendo na porta.

Hudson estava dormindo juntamente com Bessie,ele acordou com Alice batendo na porta da cabine.

-Já estou indo! Disse Hudson se levantando da cama e indo em direção a porta.

-Senhor Allison,houve um ruído estranho e Trevor acordou e o navio parou senhor,eu senti em meus ossos, assim como nos meus pesadelos! Disse Alice nervosa e assustada.

-Está satisfeito,Hudson! Disse Bess sonolenta e deitada na cama.

-Alice,tente fazer o Trevor dormir e se acalme,devemos ter parado por causa do gelo! Disse Hudson.

-Mas senhor... Tentou dizer Alice,mas foi interrompida por Hudson que ordenou.

-Alice,volte a dormir!

-Sim senhor! Respondeu Alice saindo da porta da cabine do senhor Allison.

Em seguida,Hudson fechou a porta e voltou para a cama,se deitar com Bess.

-Quando chegarmos em Nova York, essa garota vai embora! Disse Bess sonolenta e se ajeitando na cama.

Thomas Andrews Jr. ainda estava em sua cabine,onde estava averiguando e revendo suas anotações do dia em seu caderno,quando surgiu uma batida na porta. Ele se levantou e abriu a porta, era o comissário Edward Brown.

-Senhor Andrews,o capitão está lhe chamando na ponte! Disse Brown.

-Certo,diga a eles que eu estarei lá em três minutos! Disse Andrews.

-Sim senhor! Respondeu Brown.

Que seguiu para ajudar a acordar os passageiros. Às 23h47min,no Californian,o terceiro oficial Herbert Stone observa o navio ao horizonte parado.

-Senhor Groves,o navio parou! Disse Stone observando as luzes com um binóculo.

-O que será que está acontecendo com eles? Perguntou Groves,se referindo ao gigante navio ao horizonte que estava parado e que parecia muito um navio de passageiros.

Às 23h50min,dez minutos depois da colisão,os compartimentos estão sendo inundados,a proa desce quatro metros abaixo da linha d'água. Na sala de correspondência,no convés G,está toda inundada,isso significa que a água passou além do limite da terceira antepara das comportas.