Capítulo 6

9.7K 864 551
                                    

"Não sei se fico ou sumo, se insisto ou desisto, se espero ou supero. O sentimento não poderia ser mais bonito, mas a confusão tem minha cara."

H

eitor Levinski 

Sakura Haruno 

---Se não o que? ---perguntou com malícia.

Ele estava flertando comigo? 

Meu coração estava acelerado, mas não de medo, era algo novo ou melhor algo que estava adormecido a muito tempo. 

Meu corpo se aproximou mais do dele. Eu podia afirmar que não havia me movido. Fora ele...

Eu havia acabado de sair do banho mas sentia meu corpo suar. E só piorou quando a mão que estava em meu ombro desceu até a cicatriz que tinha ali. 

----O que tem no pergaminho Uchiha?  ---sussurrou em meu ouvido como uma carícia.

Não esperei por mais, o peguei de surpresa jogando contra o chão com força. 

---Como sabe sobre isso? ---perguntei pairando sobre ele ameaçadora. 

Não era possível que ele soubesse de tal coisa. Afinal só quem era um membro ANBU tinha tais informações e éramos proibido pelo selo em nossa língua de passar informações para outros .

---Sakura? Tá tudo bem ai? ---Era Sai do lado de fora.

Eu ia responder até que Sasuke tapou minha boca com sua mão invertendo nossas posições. Ele realmente sentou em cima de mim. Colocou meus braços de baixo de seus joelhos. 

---Sakura? ---chamou Sai mais uma vez. 

Achando que não tivesse ninguém no quarto seguiu corredor a baixo. 

Eu havia parado de me debater debaixo dele. Ele era pesado e eu precisava ter minhas mãos livres para invocar chakra. 

---O que tem nele? ---perguntou ameaçador.

Fiquei em silêncio, virando o rosto numa atitude infantil. 

---Eu sugiro que você fale logo. ---disse ele tirando a mão de minha boca e  apertando minha mandíbula. --- Essa sua atitude não vai te levar a lugar nenhum . Eu não quero realmente machuca - lá Sakura... Mas vou fazer se não colaborar.

Meu silêncio pareceu tirar ele do sério, pois pegou a katana nas costas fazendo menção de usar. Ergueu a arma mirando em meu peito. Meu coração se acelerou mais, como se possível. 

Seus olhos não deixavam meu rosto, aqueles onix pareciam absorver tudo e não devolvia nada. 

---Última chance. 

Eu queria realmente contar a verdade a ele sobre seu clã, mas não podia. Só esperava  que ele descobrisse antes de cometer a pior atrocidade que levaria ele a sua ruína final. 

Uma lágrima desceu pelo canto de meu olho esquerdo no exato momento em que a lâmina avanço. 

---Maldita. 

Para meu espanto a katana parou cravada ao chão ao lado do meu rosto. 

Para me deixar mais espantada ainda sua testa encostou na minha. 

---Porque?...Porque? ...Porque? ... ---dizia ele num sussurrou para si mesmo. 

Fiquei imóvel sem saber o que fazer. 

Seu cheiro a madeirado estava por toda a parte, fazendo meu corpo ter sensação nunca sentia antes, aqueles cabelos negros caiam como uma cortina em volta de nossos rosto. 

----Eu não posso contar. ---falei tento tirar ele de sua luta interna. ---Se tivesse como eu falaria. De verdade. 

Isso fez ele me soltar com rapidez, se sentou no chão escorado em minha cama. 

---Como não pode? ---perguntou voltando a sua raiva habitual. 

Me sentei também. A toalha era pequena demais me deixando desconfortável com a situação do momento. 

---Tenho um selo na língua que não permite que conte a outros. Não sei como você soube sobre o pergaminho Sasuke.  Mas terá de descobrir sozinho. E vai por mim. Você precisa descobrir isso, antes que suas ações o levem para um caminho sem volta. 

Me pus de pé e passei a pegar minhas roupas, vendo se ele iria se tocar e sair por vontade própria.  O que não aconteceu. 

---Vou me vestir no banheiro.  Sugiro que não esteja aqui quando eu voltar, não serei tão passiva.

---Passiva é?  --- disse se erguendo sua arrogância estava de volta. ---eu acabei com você pela segunda vez só hoje. 

---Na primeira eu fui contida e na segunda eu deixei. --- falei cruzando os braços. 

Ele riu de mim. Literalmente. O que me deixou mais puta ainda.

---Sabe de uma coisa. --- disse ele indo até porta guardando a Katana novamente --- Você fica uma graça quando está brava... irritante. 

Fechou a porta e eu fiquei me sentindo perdida. O que havia acontecido ali? 

Tinha coisas a fazer e pensaria nisso depois.  Me vesti com rapidez e fui ao encontro do Sannin.  

  

Eu Também MudeiOnde histórias criam vida. Descubra agora