"Desamparado
Meus olhos sangram devido ao medo que vem de dentro."
Bullet for My valentine.Sakura Haruno
--- E aqui. --- disse Haruki.
Olhei a casa de dois andares com a bandeira vermelha e os três anéis brancos do clã. Era uma casa linda a sua volta tinha diversas árvores de cerejeiras que formavam um círculo.
O que chamou minha atenção foi ela está com a porta aberta sendo balançado pelo vento. Assim como algumas janelas.O dia estava amanhecendo e uma brisa gélida passou por mim, causando arrepios em minha pele. Eu contive a vontade de puxar a manga da camisa para baixo que eu havia dobrado na altura do cotovelo.
Haruki foi o primeiro a entrar seguido de mim. Enquanto Sai e Sasuke fizeram uma ronda pelo terreno ao meu sinal.
Assim que passei pela porta tudo estava revirado, marcas de sangue pelas paredes do corredor e da cozinha. Encontramos o corpo de uma mulher primeiro. Estava na cozinha pelas panelas no fogão diria que não esperava o ataque.
Subimos as escadas e lá encontramos uma menina de uns treze anos com a garganta cortada. Foi preciso muito coragem minha para ir avançando pelos quartos.
Todos eram Harunos sem sombra de dúvida seus cabelos róseos confirmavam.
Haruki estava a minha frente, sua postura seria, o que entregava seus sentimentos era a mão trêmula ao segurar a adaga.
----O que tem na última porta? ---perguntei sentindo a tensão aumentar como se ainda fosse possível.
----Um escritório... E também aonde guarda o dinheiro do clã.
Ele abriu a porta e descobri o porque da sensação ruim. Fui até um dos três corpos masculino atirado ali.
Me curvei diante daquele que eu conhecerá desde de pequena. Que me dera conforto e carinho, que me ensinara a usar a kunai pela primeira vez.
"Querida... Estou orgulhoso da kunoichi em que se tornou. " fora as últimas palavras que trocamos quando entrei para a ANBU a um ano atrás.
Meus joelhos se deram ao lado de seu corpo já sem vida. Com mãos trêmulas passei em sua face como tendo gravar sua imagem para sempre em meu coração.
O soluços saiu rasgando de minha garganta, eu não consegui controlar o choro. Eu nem deveria estar naquele estado, fora treinada para conter minhas emoções.
----Sakura?
A pena em sua voz me tirou do sério. "Eu quero que você sofra ." Fora exatamente isso que ele falará para mim no dia anterior e agora meu pai e pessoas que eu nem conhecia, mais que carregavam meu sangue estavam mortos. Haviam sido massacrados e eu sabia o motivo.
Me pus de pé soltando o corpo de Kizashi Haruno . Inspirei e expirei uma vez buscando calma, concentrando chakra em minha mão .
Me virei a tempo de acerta um soco em seu rosto. O impacto do golpe o arremessou longe, atravessou a parede de madeira caindo no quintal. Pulei do segundo andar sem dificuldade alguma , a adrenalina corria por minhas veias, aquela calma assassina me consumia . Não me importo se Sasuke e Sai estavam assistindo.
"Acabe com ele. " disse a Inner.
Se levantando com dificuldade acertei outro soco o lançando contra uma cerejeira.
---Isso é culpa sua. --- falei o pegando pelo pescoço.
---Kizashi teve o que mereceu. --- disse ele tomado pelo ódio.
----Desgraçado. ---falei sentido as lágrimas caírem. ---Por que?...Porque miserável?
Antes de mata-lo eu precisava saber o motivo de tamanho ódio para com minha família.
Senti os dois se aproximando e avisei:
----Não se metam. Isso é entre mim e ele.
----Você quer a verdade. --- disse ele com um sorriso nos lábios, sangue escorria dele, mas não chegava aos olhos. --- Kizashi abandonou minha mãe grávida, sujando a reputação dela para fugir com Mabezuki.
----Mentiroso...
Isso era impossível. Meu pai jamais faria algo assim. Sempre fora um homem honrado e amoroso com sua família.
---Não acredita?... Pergunte a qualquer um do Clã. Minha mãe era Akemi Haruno. Fora prometida a ele desde pequena. Quando ela tinha dezoito anos se entregou a ele, acreditando estarem apaixonados, o casamento fora marcado pelos pais deles para ninguém perceber a gravidez. Kizashi estava em missão quando conheceu sua mãe que era de outro clã.... Eles se conheceram em apenas duas semanas e ele decidiu ficar com ela. Duas semanas Sakura... Ele conhecia a minha mãe desde pequeno.
Minhas mãos soltaram ele, dando passos incertos para trás.
----Akemi Haruno teve de me criar sozinha, nosso clã a tratava como uma pária. Ela encontrou abrigo na Aldeia da chuva. Aonde teve... de se prostituir para sustentar o filho bastardo.
Eu não queria ouvir mais. Eu sabia como eram tratado os moradores da chuva. O antigo governante deles era um tirano que levou o povo a miséria.
----O que aconteceu com ela ? ---perguntei sentindo meu estômago se revirar.
----Eu fiquei doente e ela não tinha como pagar os medicamentos. Pediu dinheiro a um homem muito rico. Não tendo como pagar... ele a matou.
Meu pai havia abandonado uma mulher e um filho desprotegidos ao mundo. Assim como o próprio clã.
----O que ele fez e injustificável... Não faço idéia do sofrimento que você passou todos esses anos. Mas isso não é culpa minha. O que eles fizeram não deveria ter nos afetado. Mas eu sei de uma coisa Haruki... Você pode ficar aí sentindo ódio de todos, e isso não irá mudar nada... Ou você pode me aceitar como sua irmã e vir comigo e acabar com os desgraçados que fizeram isso.
Seus olhos verdes mostravam dúvidas e medo. Eu sabia que o medo era por um sentimento desconhecido.
Estendi a mão para ele. Após alguns instantes ele apega num aperto firme ao me olhar nos olhos.---Eu quero saber quem foi as pessoas que fizeram isso?
---Você já os conhece... A akatsuki.
Como sempre o destino me colocava no caminho da organização. Primeiro foi para resgatar o corpo de Gaara e vingar o ataque a Sunagakure e a seu irmão Kankuro. E agora o assunto era pessoal.
"Você selou sua morte ao tomar o que já foi meu
Não tente me parar de vingar este mundo
Nenhuma voz a ser ouvida."
Notas do autor: A capa do capítulo foi desenhado pela Karine Santos. Como ela havia gostado desse personagem criado por mim, decidiu dar vida a ele no papel e eu sou extremamente grata.
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Eu Também Mudei
FanfictionCaminhei pelos corredores escuros já tão conhecidos, a calma me acompanhava nesses últimos meses. O que era uma coisa boa desde que havia entrado para ANBU. Eu não era mais a menina inútil do time sete. Havia conseguido o que nenhuma outra kunoichi...