Izuku's POV
Depois do café da manhã, Shoto realmente não demorou para me levar ao consultório. Na ida eu tinha conversado com a minha mãe, que também concordava, e estava até feliz de finalmente me mandar para um médico. Eu não tinha ido até lá fazia uma eternidade. A última vez foi quando eu tinha doze anos, para o exame de sangue, se eu me lembro bem. Mesmo sendo que eu não tinha ido muito lá, eu conseguia me lembrar muito bem da nossa médica de família. Ela era responsável sobre mim desde que eu era uma criança pequena. Pelo jeito é porque ela e minha mão iam na mesma escola. Eu não sabia por quê elas tinham perdido contato depois disso, mas eu sempre achei que fosse por causa do trabalho. Afinal de contas, ela era uma médica, ela tinha muita coisa para fazer. Será que ela ainda se lembra de mim? Quer dizer, ela atende tantos pacientes por dia que ela provavelmente nunca pensa em mim. Também, por que iria?
Chegando no ponto, descemos do ônibus. Não precisamos andar por muito tempo, o que foi muito bom para mim, que ainda estava com dores. É uma pena que eu não pude tomar um remédio antes de sairmos de casa, já que eu só tinha levado um. E eu não queria perguntar a Shoto, já que isso seria desconfortável para mim.
Quando chegamos no consultório, cumprimentei a mulher na recepção e mostrei a ela minha carteirinha do convênio. Depois ela nos mandou até a sala de espera. Eu me senti desconfortável. Aqui só haviam crianças pequenas acompanhadas de seus pais ou avós, enquanto eu não era adulto o suficiente para vir sozinho. Ao invés disso, uma pessoa da minha idade tinha que me acompanhar. Ele com certeza estava envergonhado por causa disso. Eu virei a cabeça em direção a Shoto e ele estava com a sua típica cara. Como se ,no momento, nada importasse para ele. Quando uma pequena menina e sua mãe foram chamadas, nos sentamos no lugar delas. Com isso eu pude observar duas crianças brincando. Um pouco triste eu observei elas, que estavam rindo. Eu queria que minha infância tivesse sido igual. Eu queria que eu tivesse conhecido Shoto antes. Eu queria que-
"Aqui!" Confuso eu olhei para o menino na minha frente, que estava me dando um carrinho de brinquedo. Eu não sabia como deveria reagir e congelei um pouco. O que eu deveria fazer?
"Pega, pra que você não fique triste!", o pequeno menino sorriu para mim. Seus olhos eram azul marinhos e sem querer eu me perdi por um momento neles. Então eu peguei o presente, tremendo. O carro tinha era de um cinza fosco e tinha pequenas portas, que até davam para abrir. Depois que eu o peguei, o garoto se virou e voltou a brincar, como se nada tivesse acontecido. Claro, ele era uma criança, daqui a menos de uma semana ele nem iria se lembrar mais dessa situação. Mas para mim foi algo muito especial. Ele tinha me dado porque eu parecia triste. Eu mostrava sentimentos, eu conseguia sentir, e todos conseguiam ver isso. Eu ganhava atenção quando eu ficava mal. E esse pequeno carro era a prova disso.
"Izuku Midoriya." Shoto e eu levantamos ao mesmo tempo e fomos em direção à saída, mas a enfermeira os parou. Ela nos disse que o mais velho não poderia ir junto e teria que esperar por mim, mais ou menos paciente. Ele queria revidar, mas sabia que não adiantaria de nada. Por isso ele só acenou a cabeça para me encorajar. Eu respondi com um sorriso encorajador e segui a enfermeira, que me levou a uma pequena sala. Quando eu me deitei no divã, ela logo desapareceu. Agora eu só precisava esperar a doutora. Bocejando eu olhei em volta, observando o quarto desconhecido. Provavelmente era o mesmo de antigamente, mas eu simplesmente não conseguia me lembrar dele. Provavelmente porque eu nunca me interessei por como o quarto era. Um dos motivos pelo meu quarto sempre ser tão vazio e sem graça.
"Izuku! Que bom ter ver de novo!", a senhora mais velha falou quando entro no quarto. Ela imediatamente fechou a porta atrás dela, o que eu achei estranho, pois eu me lembrava que ela sempre a deixava aberta. Eu a cumprimentei de volta, sem um sorriso, sem uma expressão correspondente. Ela sabia muito bem que tinha algo de errado comigo, e ela sempre aceitou isso. Só agora eu percebi o quão era difícil deixar o meu rosto monótono. Quase como se isso não fosse necessário. Espera, o que era isso?
"Então você achou ele?" Mesmo sendo que ela não tinha especificado, eu sabia claramente de quem ela estava falando. Shoto. Ela tinha percebido com um olhar a relação que eu tinha com ele e sabia exatamente o que isso significava. Essa mulher sempre foi estranha. Ela ficou na minha frente e levantou uma sobrancelha. Rendido, eu fiz que sim com a cabeça, já que não achei uma resposta melhor. O que exatamente ela queria agora de mim eu não sabia. De repente ela começou a rir. Um pouco confuso eu deslizei para trás. Mesmo eu já a conhecendo, essa risada me deixava um pouco arrepiado. Eu não conseguia dizer qual era o motivo desse som claramente divertido. Por que ela estava rindo?
"Desculpa, desculpa! Eu só acho legal que finalmente chegou a hora, Izuku-kun! Nós estamos ficando cada vez mais parecidos!", ela falou rindo. Depois que se acalmou, ela se virou sem uma palavra e andou em direção aos vários armários que haviam ali, abriu um deles e começou a procurar algo. Nas próximas frases a voz dela ficou um pouco mais baixa.
"Quando eu tinha a sua idade, eu também achei ele. Naquela época eu matei três vagabundas que se aproximaram de mais dele, e ele sabia disso.", ela contou como se não fosse nada, e pelo jeito achou o que ela estava procurando. Ela fechou o armário novamente.
"Hoje nós somos casados e temos três filhos." Eu fiquei surpreso. Quase inacreditável que ela só me contou uma história dessas, sabendo que eu iria acreditar. Pois ela estava certa. Eu não duvido de nada dessa mulher.
"P-por que então ele ficou com você sabendo disso?", eu perguntei. Ela franziu a testa.
"Ele tinha uma outra escolha?" Eu engoli em seco. Não, ele provavelmente não tinha. E mesmo sendo que no momento eu mal podia me comparar a ela, ficou claro para mim que nós tínhamos muito mais em comum do que eu queria. Ela veio em minha direção e colocou uma embalagem de remédios na minha mão.
"Tome eles três vezes por dia e coma normalmente de novo. Comer irregular é o que foi o problema, né?" Eu fiz que sim com a cabeça, surpreso. Então eu agradeci, mesmo que isso fosse um pouco estranho de fazer. Afinal de Contas, eu tinha acabado de conversar com uma assasina de três pessoas. Mesmo assim eu levei isso na boa, já que eu não estava envolvido com essas pessoas que já estavam mortas. Quando eu passei pela porta, um zumbido me parou. Eu olhei para trás, só para ver como seus olhos olhos vermelhos perfuraram minha alma. Eu tremi um pouco.
"Não seja pego, Izuku-kun!"
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Só uma pequena pergunta antes de vocês irem embora.
O que vocês acharam da médica?
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Red & White || TodoDeku (Tradução Alemão → PT-BR)
Fanfiction"Antes de eu o conhecer, minha vida era chata, vazia e sem cor. Ele é o meu motivo para viver. Eu preciso protegê-lo." [Boy × boy] Don't like, don't read. Yandere Deku 🔪 Shipp secundário: Kiribaku Aviso!! Como a autora deletou a segunda parte, não...