Internato | 36

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MUITO OBRIGADA POR 6K DE LEITURA EU TO????

Btw, eu queria agradecer por 5k no último capítulo mas eu esqueci, só fui lembrar acho q uma semana dps q postei KKKKKK

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Mas eu simplesmente não podia acreditar no que eu descobri com essa mensagem.

Izuku's POV

Minha respiração falhou. Isso não podia ser verdade, era impossível. Ele não iria tão longe. Ele não podia estar falando sério! Eu continuei lendo as mensagens da conversa de Shoto com o pai dele, simplesmente ignorando todo o resto. Minha raiva só aumentava enquanto eu continuava a ler. Era quase que anormal a quantidade de ódio que eu criei nesses poucos segundos. Como ele ousava fazer isso? Era claro que ele queria separar eu e Shoto, mas eu simplesmente não podia deixar quieto o fato de ele logo ter colocado Shoto num internato. Com quem ele acha que está se metendo? Eu cerrei os dentes e segurei as lágrimas. Por que não me era permitido ser feliz? Por que esse mundo queria nos separar? Não, não era o mundo, era ele. O pai de Shoto queria acabar com a nossa relação por si próprio, mandando o filho dele para um internato. Um privado ainda, para que não tivéssemos contato. Mas ele tinha feito um erro terrível. Ele tinha me subestimado. E ele iria se arrepender muito disso. Eu ainda consegui reconhecer a hora que o pai dele iria buscá-lo para mandar ele embora. Todas as coisas dele já estavam arrumadas. O de cabelo vermelho e branco parecia chocado. Pelo jeito ele não sabia disso. Não sabia que o pai dele estava praticamente obcecado em acabar comigo. Obcecado em fazer a vida do filho o mais difícil possível. Eu passei a língua nos lábios. Isso era bom. Hoje começava o dos obcecados. Quem morrer primeiro, perde.

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Eu andava pelos corredores, sorrindo. Eu sabia que já precisaria agir hoje para que meu plano funcionasse. O intervalo de 5 minutos tinha acabado de terminar, e todos estavam indo para suas salas de aula, fora eu. Eu fui andando para a secretaria. Eu nunca chegava atrasado na aula, então não faria mal chegar uma vez. Cheguei na secretaria e bati na porta. A voz da senhora que trabalhava lá me falou que eu podia entrar. Com meu rosto mais educado eu pedi a chave da sala no andar de cima, bem na direita. A sala do curso de economia doméstica. Nessa escola tinham cinco cursos. Eu estava no de francês, mas isso a mulher atrás do balcão não sabia. Eu falei a ela que tinha esquecido uma coisa muito importante e que precisava muito entrar lá. Eu acabei conseguindo convencer ela, que me deu uma chave pequena. Eu agradeci a ela e subi as escadas da grande escola. Meus pensamentos estavam no meu namorado.Ele não tinha me falado nada sobre um internato ou alguma coisa do tipo depois da conversa como seu pai. Provavelmente ele não queria que eu ficasse triste. Afinal de contas, ele não sabia. Ele não sabia que eu não iria deixar ele ir para o internato. Chegando no andar de cima, eu abri a última porta da direita. Imediatamente percebi as várias vassouras que pelo jeito ninguém tinha arrumado depois de terminar de limpar a sala. Nesse curso tinham na maioria só pessoas pessoas que ficaram de recuperação ou tinham notas ruins. Principalmente meninas. Aqui eles aprendem a cozinhar e cuidar da casa. Justo as profissões para que não se precisa de um boletim bom. Aqui também era onde aconteciam os cursos de culinária nas semanas de projetos. Essa é uma escola bem legal. Cantarolando, eu andei para o balcão e olhei em volta. Eu não sabia direito o que eu estava cantarolando, já que essa música não parecia conhecida para mim. Quando achei o que estava procurando, sorri e peguei a lâmina na minha mão. Era uma faca sem corte, como todas as outras, mas seria o suficiente. Seria o suficiente para realizar o meu sonho. Eu rapidamente a coloquei na minha bolsa e saí da sala. Eu tranquei a porta atrás de mim, desci as escadas, como sempre, para devolver a chave. Tudo como planejado.

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Um pouco antes da aula acabar, eu perguntei para o professor se eu podia ir ao banheiro. E é claro que ele não deixou, falando que faltava pouco tempo para tocar o sinal. Mas eu continuei insistindo. Eu precisava muito ir agora, se não eu não teria tempo o suficiente. Eu praticamente implorei para o professor, até que ele me deixou ir, revirando os olhos. Ainda bem que ele confiava em mim, que eu não iria matar o final da aula. Eu não era assim, ou pelo menos era isso o que ele pensava. Eu agradeci a ele, quando ele deixou que eu já levasse minha bolsa junto comigo, para que quando o sinal tocasse eu não precisasse voltar para a sala. Estava tudo indo como eu tinha planejado. Estava tudo perfeito. Talvez um pouco perfeito de mais.

Eu logo fui correndo da escola em direção ao estacionamento dos pais. Eu vi de longe o gigante barbudo, que olhou para mim com um olhar desconfiado. Como tinham outras pessoas aqui além de nós, tive que pensar em outra coisa. 

"Bom dia senhor Todoroki! O senhor por acaso tem um minuto (para ouvir a palavra do nosso DEUS JABIROCA)?" Minha voz parecia provocante de propósito (provocante no sentido de rivalidade pelo amor de deus-). Eu sabia que ele só iria querer falar comigo se ele quisesse me encher com a sua opinião. Uma opinião que não me interessava nem um pouco. Mas desde que ele fosse comigo, estava tudo bem.

Nós andamos juntos para um pouco mais longe do estacionamento e ficamos um na frente do outro. Ele sabia que ninguém conseguia nos ver da escola e não ligava para isso. Ele pensava que ele podia me enfrentar, não importa o que eu fizesse. E foi por isso que ele começou a falar.

"Ele já te falou alguma coisa sobre aquilo?", ele me perguntou, cheio de si. O sorriso que estava enfeitando seu rosto era simplesmente nojento. Como que alguém assim podia ser o pai de um anjo?

"Sim, um internato, né?" Era uma mentira, mas isso não importava no momento. Agora e aqui só havia nós dois, eu podia mentir e fazer o que eu quisesse. 

"Isso mesmo. E o que você acha disso, nanico?" Sua risada encheu o ambiente e eu quase que tapei os ouvidos por reflexo. Como ele ousava rir de um jeito tão nojento na minha frente?

"Morra", eu sussurrei. Ele parou de rir e me olhou de um jeito provocante.

"Como que era-" Um som sufocado o interrompeu. Ele demorou um pouco até perceber que era o dele mesmo. Sua própria ofegação tinha interrompido ele. Seus olhos aumentaram quando ele perceber o que tinha acabado de acontecer. Quando ele se inclinou em direção a mim para intensificar a sua provocação, eu enfiei a faca, que peguei enquanto ele estava rindo, no pescoço dele. O sangue não parava de escorrer e ele lentamente caiu. Eu o observei enquanto isso, com uma expressão entediada. Mandar ele para um internato? Tirar ele de mim? 

"Morra, eu disse"

Enquanto isso, eu não percebi como ele colocou alguma coisa na minha bolsa, que tinha caído no chão.

Acabei graças a kami-sama q capítulo longo KKKKKKKKK

Red & White || TodoDeku (Tradução Alemão → PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora