Capítulo 20

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Um ano passou e nada na minha vida mudou

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Um ano passou e nada na minha vida mudou. Brincadeira, após o dia da minha conversa com Alda descobri que tenho amnésia retrógrada, que me impede de lembrar vários acontecimentos do meu passado.

Nesse meio tempo progredir pouco com os tratamentos, a maior parte por minha causa. Não faço questão em lembrar nada relacionado ao meu passado, aquela frase mostrou que preciso de um novo futuro e não viver de museu.

Ei!!! Não quero ser pessimista, mas tenho uma memória que permite fazer muita coisa em meu cotidiano. Durante esse tempo recordei que sou formada em biblioteconomia, descobri meu nome, tenho 30 anos — hoje não mais —, e algumas coisas supérfluas. Sei que não foram muitas, mas são as que realmente importam.

Com a ajuda de Alda consegui uma brecha na lei para fugir da minha história, ao menos por enquanto.

Nesse momento estou me preparando para a minha primeira entrevista após o acidente. As meninas que me indicaram, como forma de um novo futuro na minha caminhada. Esqueci de mencionar, nesse meio tempo Nora e Alda se tornaram muito importantes na minha vida. Essas duas malucas me fazem a cada dia ter um motivo para sorrir, já que moramos juntas em um minúsculo apartamento no centro da cidade. E graças a elas, estou aqui pronta para a entrevista do século.

Em meio ao nervosismo e impaciência. Encontro-me em frente ao prédio onde a maior empresa de tecnologia especializada em ampliar a saúde humana, localizada no norte do planeta. Em meio ao crescente avanço tecnológico, a TECNOMA inaugurou há seis meses a sua primeira matriz em Nórcia uma cidade do continente americano ao qual moro atualmente. E não acredito que estou prestes a participar de uma entrevista para ser bibliotecária em uma livraria tecnológica.

Relaxo em confiança e me aproximo do prédio coberto por espelhos opacos, deixando uma pequena iluminação da luz do sol refletir sobre eles. Enquanto digiro essa informação caminho até recepção, informando que teria uma entrevista marcada nesse horário para a área de bibliotecária, a moça direciona-me ao vigésimo segundo andar na sala 13, como Alda me informara. Assim que acabo de ser atendida pelas recepcionistas, ganho tempo para passar um batom nude enquanto espero o elevador, pois não pude delinear uma boa maquiagem em casa.

Após essa tranquilidade e maresia caminho lentamente em direção a locomotiva de empurra — elevador —, tendo alguns olhares ao meu redor. Sei disso, pois estou esplêndida. Tenho certeza de que a vaga será minha — na China.

As minhas madeixas cacheadas hoje estão domadas em um coque elegante, combinando perfeitamente com um terninho preto esculpindo o meu corpo violão — só que não, pois não fui beneficiada com peitos e bunda grandes, os meus atributos são comparados a uma espinha de peixe. Eu sei, é de doer o coração. Como uma mulher consegue viver sem uma bunda e um peito que chame atenção? —, ou seja, tenho gostosuras que parecem um pedaço de madeira na passarela com algumas gordurinhas localizadas.

Enquanto espero ansiosamente a chegada ao andar predestinado, as pessoas entram e saem apressadas do elevador e nesse meio tempo imagino quando será a minha vez.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora