Capítulo 29

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Quem nunca chorou por um motivo que é aparentemente bobo ou sem consistência? Certamente muitas pessoas já comentaram esse terrível erro, na maioria das vezes por ter um sentido em demonstrar fraqueza, logo, são esses ser humanos que são verdadeir...

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Quem nunca chorou por um motivo que é aparentemente bobo ou sem consistência? Certamente muitas pessoas já comentaram esse terrível erro, na maioria das vezes por ter um sentido em demonstrar fraqueza, logo, são esses ser humanos que são verdadeiramente fortes, pois eles têm coragem para extravasar o que sentem, diferentes de muitos que insistem em mentir para si mesmo.

Esse é o desajuste que estou vivenciando no momento, porém optei em ser aquele que esconderá os seus sentimentos, para ter ao menos uma aparente fortaleza. Sei que pode parecer tolo e imaturo, mas é a minha realidade. Afinal, qual é o sentimento? Realmente não estou me entendendo, o que está acontecendo comigo?

Pouco tempo depois Mark volta, aparentando está um pouco aéreo enquanto encontro-me lavando os pratos, em meio a pensamentos conturbados.

— Vou dormir, tem um quarto à direita do meu, você pode se acomodar-se lá — dito isto ele saiu sem ao menos terminar o seu jantar.

Suspirei fundo e peguei o seu prato ainda cheio. Caminhei até a porta, na intensão de encontrar algum cachorro na rua para ao menos deixar alguma barriga feliz, porém um choro agudo me faz recuar o caminho.

Suspiro estranhando o fato de ter um bebê na casa, ainda mais por Mark ter dito ser solteiro e não morar com ninguém. Bom, não foram nessas palavras, mas deu a entender isso.

Tranco a porta e entrou no quarto de Mark sem a sua permissão, a tempo de vê-lo segurar um pequeno bebê. Em meio a um cômodo moderno e completamente masculino de cores neutras, um berço lilás se destaca, formoso como se fosse um recanto de uma princesa, encantando qualquer olhar que contemplasse aquela vista.

Com a admirada paisagem, encontro-me inerte, totalmente petrificada com a visão dos deuses, tendo em mente que não poderia ter uma visão melhor do que essa. Um pai carregando seu bebê, enquanto este tenta a todo custo acalmar a criança afoita.

Não muito depois ele vira-se para trás encarando-me surpreso, evidenciando a sua falta de percepção sobre a minha chegada.

— O que faz aqui? — Pareceu contrariado em sua fala, mas não deixou evidenciar em seu semblante.

— Não me acuse, se não queria a minha presença por que deixou a porta destrancada? — Minha fala sou em sentindo de defesa mais do que eu gostaria.

— Não me leve a mal, mas esse é um cômodo particular, e não é como se fosse comum, estranhos entrar em quartos não convidados. — Soou rudemente, mesmo não sendo evidente em seu rosto.

— Então sou uma estranha para você? — Me aproximei e peguei a criança inquieta do braço do homem.

— Não foi isso que quis dizer. Oh céus! Você me deixa confuso — disse incomodado, passando asperamente a mão por seus cabelos curtos, enquanto nino a criança que agora calmamente me encara com seus olhos mel na mesma tonalidade dos de Mark.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora