Capítulo 33

377 84 30
                                    

— Não esqueça, quero que seja apenas você mesma, não precisa fingir ser alguém que não é para me fazer gostar de você — disse mais uma vez naquele dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Não esqueça, quero que seja apenas você mesma, não precisa fingir ser alguém que não é para me fazer gostar de você — disse mais uma vez naquele dia.

No momento estamos visitando vários pontos turísticos para casais na cidade. Como é domingo e Mark não conseguiu firmar contrato com os investidores espanhóis, resolvemos dar uma saída na nossa última noite na cidade. Afinal, a empresa perdeu milhões que provavelmente resultarão em estresse para Mark, porém a viagem já foi paga e ao menos algum proveito temos que tirar.

Com toda a certeza, tudo aqui me encanta, e me faz entender cada vez mais o amor dos espanhóis por sua terra, assim como amo a minha pátria.

— Mark sei disso, não sou débil, você falou isso o dia todo — comentei enquanto me aconchego em seus braços deixando-me louca por causa do seu cheiro alucinante que tanto amo.

— Independente do que aconteça, quero que isso fique claro entre nós. — Colocou o seu queixo em minha cabeça.

Suspirei constando o quão estou louca por ele, mesmo estando sério consegue ser tão gentil e sincero que me encanta. Dessa vez espero não me decepcionar. Independente dos seus segredos, por certo anseio que isso não seja algo para me afastar.

— Rosa, está melhor da enfermidade? — Olhou para baixo me encarando seriamente, mas pude notar um vislumbre de sorriso em seus lábios.

— Quê? — O encarei em completa confusão.

— O seu trauma com o beijo, melhorou? — Mordeu o lábio inferior ao tentar esconder o sorriso miseravelmente.

— Palhaço! — Dei um tapa em seu peito e me aconcheguei bem junto a ele, uma parte pelo frio e outra pela minha necessidade em estar perto dele.

Que homem sem coração, ele sabe mais do que ninguém que não tenho nenhum tipo de enfermidade ou alergia relacionado ao sexo oposto. Oh céus! Agora estou me sentindo uma tremenda idiota.

Em meio a esse contratempo, sinto uma lembrança da sua fala de ontem pousar na minha memória. Como se fosse algum veneno mortífero ao qual está tentando nos assassinar, pelo menos a minha confiança em relação a ele.

— Por que você ainda se mantém no mundo da lua? Pensei, com a perda de memória você voltaria ao mundo real, e pararia de sonhar com uma realidade que não existe no mundo físico. — Tocou o meu rosto com a ponta dos seus dedos como se estivesse com medo de me machucar. — Sonhar não é um pecado, mas desistir de viver a realidade para viver na fantasia, isso sim, é um problema. — Após as suas palavras tive a plena convicção da sua aproximação, pois pude sentir os seus lábios no meu, como cascatas no outono, sem estar congelada, mas com um frio de petrificar a alma.

Ele sabe sobre a minha perda de memória, como? Isso era para ser um segredo do hospital, informações com esse grau não vazam com facilidade. Algo que também não entendo é o motivo do meu internamento e recuperação ser um segredo para a mídia. Como algo com essa tal magnitude não foi exposto aos quatro ventos? Afinal, como uma mulher que sofre um acidente grave, fica em coma por seis meses e acorda sem nenhuma sequela física, apenas uma amnésia que já é bastante coisa por sinal. Por certo, é algo de se espantar. Ainda paranoica suspiro fundo, atraindo a sua atenção para mim.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora