Capítulo 24

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Tem algumas vezes que a ocasião se torna o nosso melhor aliado, em outra o destino o nosso melhor amigo, mas nos restantes das vezes as consequências transformam-se em nossa maior companheira

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Tem algumas vezes que a ocasião se torna o nosso melhor aliado, em outra o destino o nosso melhor amigo, mas nos restantes das vezes as consequências transformam-se em nossa maior companheira. Ainda assim, não consigo decidi qual desses desajustes se encaixam perfeitamente na minha situação.

Sinceramente, não compreendi o motivo dessa frase tão informal direcionada a mim? Ele já está com intimidade? Não, de forma alguma isso vai ficar assim.

— Desculpe senhor, mas realmente estou apressada. Preciso chegar em casa cedo. — Com um sorriso singelo tentei me afastar do seu carro.

— Está chovendo, só quero levá-la na estação do metrô — sugeriu por fim.

Ponderei, pensei bastante, e decidi pelo sim. Mas fiquei com a leve impressão de que essa não foi a melhor decisão.

— Ei! Não estávamos indo para o transporte público? — pergunto quando percebi a sua mudança de direção.

— Deu uma fominha, então resolvi parar em um restaurante primeiro. — Sorriu mais uma vez, mas dessa vez foi um sorriso ao qual indicava: caiu na armadilha, gracinha.

Não estou gostando desse humor, preferia quando estava mal-humorado. Homem bipolar, droga, fui drasticamente enganada.

— Senhor, tenho certeza de que sua família se encontra o esperando. — Tentei ser convincente.

— Não se preocupe, não tenho ninguém me aguardando — soou sem muito interesse com sua atenção focada na estrada.

Isso me pareceu triste, mas não continuei com mais interrogatórios. Prefiro aproveitar esse seu lado do que o outro se assemelhando a um animal raivoso.

Em meio a situação foquei minha atenção em um pequeno pingente pendurado no retrovisor interno do carro. O chaveiro se assemelha a um boneco do cebolinha, porém com um nome escrito em sua camisa verde. Tentei ao máximo direcionar minha visão para o objeto de modo a ter sucesso na leitura da palavra. Por um milagre, com muito esforço consegui: Oli... Contudo, Mark deu um peteleco no boneco e me convidou para sair.

Um pouco envergonhada por ser pega no flagra observando a vida alheia, saio do carro. No entanto, um pouco de melancolia abate meu peito, por não ter conseguido efetuar o meu desejo

Perfeitamente acomodados em um restaurante simples, algo que me surpreendeu bastante tendo em vista o dinheiro que esse homem deve ter.

O lugar traz um clima caseiro, é como se fossemos ao passado e relembrando o aconchego familiar, algo que nem sei se tive. Ainda um pouco embriagada pelo clima pitoresco, Mark chama o garçom.

— Quero a sua melhor moqueca de porco com farinha de milho — disse aparentando está animado.

Uma expressão que me assustou bastante, tendo em vista, o seu comportamento costumeiro até hoje. Não sei os espectadores, mas tenho certeza de que passarei o restante da madrugada no banheiro por causa desse prato esquisito.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora