Capítulo 21

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Ouvi apenas a porta bater, porém, mantive os meus pés firmes no chão

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Ouvi apenas a porta bater, porém, mantive os meus pés firmes no chão. Ainda um pouco inerte com o ambiente comecei observar o local. Nada muito diferente de um escritório normal, com sofás, poltronas, uma mesa média de vidro que supus ser para reuniões, quadros, entre outros adereços totalmente comuns.

Sou tirada dos meus pensamentos quando o homem à minha frente finalmente diz a primeira palavra.

— Senhorita Rosa Vermelha, por favor pode acomodar-se — disse observando-me como se estivesse fazendo um raio-x da minha pessoa.

Ainda um pouco constrangida sentei-me em uma cadeira bem acolchoada por sinal. Enquanto isso tento a todo custo enxergar o que está escrito em seus olhos que me parece tão familiar.

— Desculpe, pensei que a entrevista fosse com o sobrinho do dono — falei um pouco surpresa por seu sobrenome ser outro, indicando ser outra pessoa.

— E sou, Mark Mitt Ortega. — Ele deu um pequeno sorriso e voltou sua atenção para alguns papéis em sua mesa.

Tenho certeza de que o tom vermelho em meu rosto foi visto da China. — Não acredito Rosa, você não sabe definir sobrenome. — Minha mente teve que entrar em ação, conturbando ainda mais a situação.

— Bom, qual o motivo das suas frases? Por acaso julga que sou um mimado filhinho de papai? — perguntou sendo direto e sucinto em suas palavras.

O que foi que escrevi mesmo? Nem lembro. Droga! Eu e minha memória de curto prazo.

— Estou esperando uma resposta. — Encarou-me recostando sobre sua cadeira com os braços cruzados.

— Ahm! Bom, não sei. — Dei um sorriso sem graça. — Sendo sincera, foi o que o senhor demonstrou, sei que não te conheço, mas que espécie de entrevista e petições foram aquelas? Isso é coisa de criança imatura, ainda mais pelas tarefas que o senhor descreveu. Olhe, não estou reclamando do salário, mas o senhor está precisando de uma esposa para te manter no cabresto. — Na verdade, não sei mais o que falei, pois, me perdi completamente na conversação.

E quem sou eu para falar sobre a sua necessidade em ter uma esposa ou alguém que o controle? Como se isso realmente resolvesse o problema. — Palavras, calma! Não precisam soltar para fora da minha boca, pensei após voltar a realidade.

Ele apenas ficou me encarando sem demonstrar nenhuma emoção. E eu ali parada com a cara de tacho me sentindo a mulher mais retardada do planeta. Após alguns segundos que pareceram horas sendo encarada por aqueles olhos mel profundos, ele finalmente disse uma palavra.

— Contratada. — Tenho certeza de que minha cara foi de um espanto tão grande, porém, tive a impressão de que um sorriso preguiçoso apareceu em seus lábios, algo que não durou muito. — Como já foi informada você terá que estar disponível 24hs, não aceito recusas. Sua função será de uma secretaria normal, porém com alguns acréscimos que serão recompensados com gratificações. Sem mais perguntas, passe no Rh e resolva toda burocracia, seu trabalho começa no dia 21 às 9h da matina. — Ele balançou a mão como se quisesse que eu saísse, contudo, me mantive inerte após essa conversa. — Senhorita Rosa Vermelha, já pode se retirar — comentou ainda avaliativo.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora