Capítulo 6

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Sei que postei o capítulo ontem, mas como agrado resolvi postar mais um hoje, se preparem pois este capítulo está grande

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Sei que postei o capítulo ontem, mas como agrado resolvi postar mais um hoje, se preparem pois este capítulo está grande. "Espero que gostem, não  esqueçam  de votar e comentar." 😉

— Você promete que seremos melhores amigas? — Camélia falou sorrindo enquanto brincávamos com as flores do jardim.

— Não tem como sermos melhores amigas, somos irmãs — disse entretida com um dos meus livros.

— Tem sim, a mamãe uma vez me falou que irmãs são para ser boas amigas — argumentou.

— Você disse certo, boas, não melhores, o posto mais achegado é dado para uma pessoa estranha — Deixei o livro de lado e voltei minha atenção para Camélia enquanto seu semblante se tornou melancólico em resposta.

— Então, somos melhores amigas. — Sorri com comentário, a deixando estonteante com minha fala.

Nos abraçamos, brincando uma com a outra.

Acordei em um rompante devido ao sonho, não foi um pesadelo nem nada do tipo, era apenas uma recordação que estava morta, de quando eu e Camélia éramos crianças. Naquela época a vida era tão fácil — pensei sentada na cama e cruzando os pés —, por que as coisas tiveram que mudar tanto? Sinceramente não sei quando isso começou, mas o tempo tem vez que traz recordações que nem mesmo nós os autores protagonistas, sabemos quando elas terão um fim.

Ainda sinto o peso da emoção do momento me atingir, na época éramos tão amigas, como foi que as coisas mudaram tão de repente? Como nos distanciamos tanto? Hoje nem parece que somos irmãs. Não entendo o que o destino quis com a nossa separação.

Suspiro angustiada, pensar em Camélia ainda me machuca, parece uma ferida que nunca vai cicatrizar. É como se existisse apenas o outono e o inverno, sem a primavera e o verão para nos aquecer.

Era tão diferente quando éramos crianças, tudo parecia mais fácil, nós éramos diferentes. Como foi que mudamos tanto, como nos distanciamos? Ainda não entendo. Parece que o passado nunca morre, pois ele logo está ali para nos lembrar quem fomos e como podemos mudar. Mas parece que eu e Camélia mudamos, e infelizmente foi para pior. O amor que sentíamos pela outra parece que esfriou, a nossa união desmanchou e a nossa amizade acabou. Somos como duas estranhas do mesmo sangue. Uma família que não se abraça e nem se compreende.

Enquanto reflito, volto a dormir novamente, sem sonhos para o meu prazer.

Ao raiar do dia sinto a luz arranca-me do meu glamoroso sono, tirando qualquer princípio de alegria. Ainda para o meu desprazer, lembrei que não peguei as minhas coisas na mão de Mark, ou seja, devo estar atrasada e não tenho a mínima ideia de que horas são.

Aprontei-me depressa, me comparando ao flash em alguns momentos. Corri o mais rápido possível para a entrada da recepção. Aproveito e pergunto a recepcionista onde fica o Ramone Chinck, ao que parece é um prédio de classe alta, localizado no centro da cidade.

Ao Soar Das Doze BadaladasOnde histórias criam vida. Descubra agora