Cap 6

1K 52 2
                                    

Puta merda! 

Não acredito que o Derek veio pra cá, esse corno não esperou a hora certa, e a gente nem estava ficando direito! Mais ou menos se gostando. Aí o babaca não espera a minha decisão. E sai ficando com a primeira vadia pela frente. Ele já tentou me seduzir de todas as maneiras, da mesma forma como ele faz com as vadias, me considero até um peixe, mas piranha eu não sou! Muito menos vou cair na lábia desse panaca! Eu gostava de falar com ele, de andar com ele. Quando ele era um nerd e ninguém queria ele! Mas gostava. Ele era legal, e não esse estúpido que é agora. Simplesmente ele me enoja, o tipo de cretino que ele se tornou é estúpido, por isso acabou tudo que nem havia começado...

–Tire suas patas imundas de cima de mim!

–Calma meu amor.

–Não me chame assim. O que faz aqui? Veio me trazer perturbação? Bom eu vou direto ao ponto, saí de Austin e deixei todas as oportunidades que eu tinha lá para o ano que vem, só para não ter que olhar pra essa sua cara de cavalo sem dono de novo! E claro por outros motivos que não vem ao caso agora! Agora que eu estou feliz aqui em San Diego você acha que tem o direito de se meter. Some Derek, volta pro seu mundinho, para suas vadias. Sai de perto de mim e não me toque nunca mais!

–O que está acontecendo aqui?!– pronto! Lexi! Era só o que me faltava!

–Quem é ela? Virou lésbica desde a última decepção meu bem? – Ridículo!

–Você vai precisar de muito mais para me derrubar meu bem! Anda Lexi, vamos sair daqui.

–O que aconteceu ali?–sussurrou.

–Te conto quando nós formos embora, por enquanto eu só quero me divertir e esquecer que ele apareceu aqui.

–Mas ele é um gato!

–Mas não presta, vem, vamos pra outro canto.

–Okay!

Peguei um copo de bebida sem nem ao menos saber o que era e muito menos se havia álcool, estava eufórica demais para pensar nisso. Bebi e voltei para pista de dança rebolando e pulando com a Lexi. A Lexi é super sensual, eu diria até gostosa. Uma loira de causar inveja, olhos cor de mel e cara de cachorro sem dono.

No final da noite, já eram quase meia noite, pensando bem, amanhã é sábado. Foda-se vou ficar aqui até essa merda acabar!

–Tessa?

–Oi Léo!

–Curtindo a festa?

–Claro.

–Quer dançar?

-Vamos!– puxei-o pelo braço.

Chegamos no centro da pista de dança e simplesmente dançamos como se apenas tivesse nós dois, eu rebolava, mas não de uma forma explícita, apenas mexia o meu corpo em torno no de Léo e pelo seu sorriso de orelha a orelha, estava gostando. Em meio a dança meu rosto se aproximou do dele, e foi se aproximando mais e mais.. E... Que clima!  Seus lábios tocaram o meu em uma magia, nossas línguas se entrelaçaram como em uma dança, uma dança boa. E esse beijo foi ficando intenso, com necessidade. Sentimentos fortes demais para mim. Instintivamente me afastei. Ele me olhou confuso e eu sorri, mesmo sem saber o que fazer agora, agarra ele! Não, não agora. Está todo mundo olhando para gente, enterro minha cabeça no peito dele e ele me abraça. Depois de um tempo eu vou ao encontro de Lexi.

–Por Deus, que beijo foi aquele, garota?

–Eu não sei, só sei que se eu soubesse que era tão bom beijar, eu nunca enrolaria tanto!

–Nossa, você enfatizou o significado da palavra saber, estou confusa agora. – Eu ri.

–Vem, vamos nos divertir mais um pouco.

Dada uma hora da manhã, olhei meu celular e vi a hora, pensei em ur para casa e assim fiz. Avisei à Lexi que disse que iria ficar mais um pouco e quem sabe não sair com um gatinho. Esbarrei no Léo e ele me deu um sorriso... MAIS QUE SORRISO! Que vontade de chamar ele de meu!

–Onde vai moça bonita?

–Eu... Hãm...Casa!– Disse por fim.

–Te acompanho! –Disse dando um sorriso completamente sexy!

Ele veio o caminho todo conversando comigo, me compreendendo e dizendo que estava tudo bem, contei a ele sobre o Derek e ele riu, não entendi bem o por quê, mas disse que daria um soco nele se o visse, disse que eu era uma garota muito perfeita para ser trocada, e que se estivesse no lugar dele esperava o tempo que fosse preciso.

Chegando em casa, ainda na varanda, fomos nos despedir.

–Vou para casa do meu pai amanhã...

–É muito longe?

–Nem tanto, eu vou ficar a semana que vem toda lá. Mas ainda vou para a escola...

–Entendi...

Um silêncio ensurdecedor. Um silêncio que parecia durar toda a grande eternidade. Ele me olhava diferente após o beijo, me deixava estranha, não digo excitada, não tem nada a ver com isso... Mas talvez admirada... De repente seus lábios estão juntos aos meus com necessidade, e todos os sentimentos que eu me rejeitei a sentir mais cedo vieram à tona... Estou perdida...

Dedicado a Evanico.

Como não se apaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora