Ao passo do amor 3

15º Capítulo

Boa tarde lindas!!! Não o Corona não me apanhou mas deu-me tempo para vos poder escrever!
Posto isto vamos à Leitura!

BOA LEITURA

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Naquele dia mal chegou a casa, David possuía uma comitiva à sua espera no exato momento em que abria a porta.
– Parece que nem respirar posso...- suspirou David com aparente tristeza, por nem ter tido tempo para pensar em tudo o que acontecera naquela tarde.

O olhar de Claire tão expectante ansiando mais dele, mais que apenas uma conversa, mas tão calmos e límpidos, totalmente o contrário dos seus... Turvos e violentos! Sempre fora assim e por alguma razão estar com Claire fê-lo esquecer de tudo. Sim, tinha uma missão mas ela pareceu mais interessante, nunca teria olhado para ela se não lhe tivessem imposto esse destino, mas a verdade é que é uma estupidez não o fazer! Ela não se mostrava, nem fazia com que olhassem para ela. Estava sempre na sombra de todos e ninguém a via, mas David viu. E viu mais do que alguma vez imaginara e sentia-se bem diferente do que quando saiu de casa.

– Quero todo o relatório, o que ela te disse? O que descobriste? Até onde chegaste? Falou alguma coisa sobre a Helena?
– Não Porra!- berrou saturado David para o Pai, admirando-se da sua acção.- A Claire é uma pessoa sabes... Merece ter um momento na sua vida só dela e não que lhe estejam a perguntar pelos pais... Nunca ninguém vê isso.- disse ele olhando o pai mais calmamente mas congelou com o olhar dele e arrependeu-se muito de ter dito o que disse e respirou fundo nervoso.

Luke olha o filho com desconfiança e sem noção de vida. Sabia que ele era um boneco do seu plano mas isso não o importava, a honra e justiça teria de ser cumprida, mas depois das palavras do filho, rio seco e incrédulo. Como se tivesse sido uma barbaridade tudo o que ouvira. Não entendia o que ele dissera, e sinceramente nem queria, nas achava que aquilo estaria a tomar proporções que não queria.

– David...- disse-lhe o pai com um olhar penetrante e sombrio.- Só tinhas uma única tarefa... E só continuas a ter uma única tarefa, em todo este plano. Que é seduzir a querida filhinha do Payne... Portanto, se eu sei que tu estás a começar a nutrir algum tipo de sentimento ou amizade por aquela criança, sais do plano. Tu vais seduzi-la e desonrá-la, percebeste? E acredita se a avisares de algo será pior!

David olha o pai com incredulidade e suspira com aparente tristeza abanando levemente a sua cabeça em negação.

– Mas tu és meu pai ou meu líder?- perguntou-lhe com dor visível no seu frio olhar, e Luke nem lhe pareceu ceder, dando um riso sínico e aterrador.
– Pobre criança... A tua ousadia sair-te-á cara! Sou teu pai e deves-me respeito, mas acima de tudo, tu não me vais impedir de acabar o plano de uma vida! Agora vai para o teu quarto e quero uma folha com tudo o que aprendeste do encontro de hoje com a Claire assim como toda a informação preciosa para nós!- diz obviamente fuzilando de raiva enquanto David obedece subindo as escadas da cave para casa vendo a mãe na sala de jantar, planeando as aulas dessa semana.
Aproxima-se e cumprimenta-a dando um sorriso cansado mas honesto.
– Então como correu a tarde filho?- pergunta Victoria carinhosa vendo a sua carinha com um pequeno sorriso parvo.- Hum, estou a ver que o estudo correu muito bem.- riu a sua mãe feliz.- A Claire parece ser muito boa menina, pelo menos a irmã é um doce e fala muito bem dela!

David surpreende-se com a afirmação da mãe e sem notar sente a sua face ruborizar um pouco mas nada que se nota-se.
– Oh pois, não me lembrava que lhe davas aulas. E o que disse ela sobre a Claire?- perguntou com um interesse muito notório fazendo-a rir contente pelo o humor do seu filho ter mudado tanto desde à uns dias.
– Bom, talvez como ela é carinhosa e brinca com ela, como toma conta dela, como canta bem e pinta ainda melhor... Mas acima de tudo como é capaz de se pôr em risco em prol dos outros.- sorriu-lhe pegando na mão e dando-lhe espaço para sentar a seu lado.- Elas têm uma ligação muito forte. E isso era uma das coisas que queria que tivesses, mas eu e o teu pai não tivemos mais filhos e sinto que por vezes te fechas muito e sinto-me culpada por isso, por não te poder dar o mais importante, que é um amor de família. Filho sabes o quão eu gosto de ti, e como tua mãe já não te via empenhado e tão feliz à muito tempo. Sinto que encontraste esta pessoa em quem confiar, e mesmo que só sejam amigos e fiquem amigos, não deixes esta linda amizade que têm morrer. A confiança é a chave de tudo e se há coisa que prezo é pela felicidade do eu filho, portanto não tenhas medo de arriscar, porque esse sentimento é lindo sim?