20º Capítulo

18 4 3
                                    

Olá lindas e larocas! Aqui está o prometido! Aproveitem que o próximo promete!
BOA LEITURA

----------------------------------------------------

Olho para Liam completamente desiludida e levanto-me olhando para Aurora fazendo-lhe sinal para sair e ela assim faz.
— Não podes fazer isto à Claire! É injusto e inconcebível Liam, estás a ficar paranoico com isto tudo, o pai dele não tem nada a haver com o que ele é! Para e pensa racionalmente! - digo séria.
— Helena, eu sei. Apenas queria manter isto pelo menos até virmos de Paris, para me sentir mais seguro.
— A ideia de irmos para Paris agora foi tua, podemos perfeitamente desmarcar!- digo pegando na sua mão acariciando os nós dos seus dedos, e ele olha-me pondo uma mão na minha face com o polegar a afagar a minha bochecha.
— Eu sei, mas acho que precisamos de nos distrair dos problemas, ainda mais agora, eu fi-lo por ti! Para que possamos estar só nós, no nosso sítio preferido...- disse fazendo-me rir fraca.
— Como se já não tivéssemos estado lá, milhentas vezes, a ver tudo de novo.- digo mordendo o meu lábio inferior.
— Sabes perfeitamente que cada vez é mágica, e que é sempre diferente. Aquela cidade carrega as nossas energias e neste momento precisamos muito disso! Especialmente tu meu amor.- sorriu-me com carinho e vejo nos seus olhos o espelho da preocupação.
— Passa-se algo que deva saber? – perguntei confusa e ele solta um suspiro tenso.
— É só a cabeça de um pai a pensar...

Eu assenti e envolvo-o com os meus braços sentindo a sua respiração forte e pesada sair dele e envolvendo-me e tomando-me nos seus braços, fazendo-me sentir única, como sempre fui para ele e o seu toque ainda me arrepia, como no início.
Como duas almas que se conhecem desde sempre mas que cada vez que se conectam é como se fosse a primeira, sempre cheia de surpresa e harmonia.

Entretanto no quarto Claire limpava as suas lágrimas que caíam compulsivamente sem que lhe pudesse pôr um fim e Chloé abraçava-a sem perceber o que se estava a passar, mas apenas estava ali para ela, para não estar sozinha.
— Mana, por favor não chores! O papá não te pode impedir de ver o David!- disse triste quase ela chorando. – Isso não se faz, é como a madrasta má não deixa a Cinderella experimentar o sapato. Mas depois ela consegue!
Enquanto isso Aurora entra vendo a irmã naquele estado e compadece-se abraçando-a também e limpando-lhe as lágrimas.
— Eu falo com o David amanhã e explico-lhe! E não vai ser nada disto que te vai impedir de ir àquele baile! Tu vais, nem que tenhamos de engendrar um plano para que consigas ir. – Assentiu certa e convicta. – A avó é que vai tomar conta de nós durante o fim de semana e a avó Claire era incapaz de deixar escapar esta situação sem que tu pudesses vive-la. Vai ajudar-nos portanto miúda , não desanimes, até faço de pombo correio entre vocês os dois se assim for preciso.

O seu sorriso fez a irmã tranquilizar e soltar um riso fraco e amoroso de agradecimento por tudo o que a irmã se estava a sujeitar para a ajudar a viver, quem sabe, um amor que virá.

No dia seguinte depois de uma noite de sono que para Claire foi um autêntico tormento conseguir pregar olho. Mas acordou à hora de sempre e arranjou-se e foi com as irmãs para o carro, onde o seu pai as levou até à escola, mas antes que Claire saísse, Liam pegou na sua mão e esta não o encarou ainda magoada com o que ele estava a fazer com ela, mas ficou sentada esperando que ele dissesse algo:
— Claire, eu faço isto porque me preocupo convosco, vocês são tudo para mim e se voz acontece alguma coisa eu não sei o que faço! Por favor cumpre o que te peço.- pediu ele mais calmamente que no dia anterior.
— Não te preocupes! Não me atreveria a fazê-lo.- anunciou saindo e fechando a porta vendo Malia e Aurora à sua espera. Quando chegou perto delas a amiga abraça-a.
— Ele vai mesmo seguir com isto não vai?- perguntou preocupada.
Claire apenas assentiu e suspirou sentindo uma vontade enorme de chorar, mas não cedeu e apenas se encaminhou pela escola parecendo quase como uma prisão. Sabia que ele ia vê-la, que ia querer perguntar-lhe e falar com ela, iria certamente querer passar um intervalo com ela, ou ainda sugerir almoçarem juntos e isso não iria acontecer, não voltaria a acontecer.
E ela sabia perfeitamente o que as ordens do pai faziam, e o poder que tinham, apenas sabia que não podia não cumpri-las, mas estava a ser tão difícil, iria ser muito difícil.

Ao passo do amor 3Onde histórias criam vida. Descubra agora