CNCO VAMP ( COMPLETA )

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CHRISTOPHER - CHEGADA

Estou parado no meio da praça da cidade, onde tudo aconteceu..onde eu perdi o controle. Minha mente é invadida pelas memórias. Corpos espalhados pelo chão de pedras ensanguentados por todo lados, outros fugindo correndo enquanto eu estava ocupado com seus amigos, familiares, amantes...me lembro do momento exato que senti o cheiro dela.

Ela havia corrido para uma rua sem saída e eu a segui. - decido seguir para casa antes que meus instintos me levem para mais um descontrole. 

Mas dessa vez não corro, sou humanamente normal para qualquer cidadão que passe por mim e me cumprimenta. 

A caminhada me ajuda a acalmar.. Zabdiel está em casa e pelo visto furioso por não ter contado sobre a merda da profecia. Tenho que manter a calma para lidar com ele. 

Aperto o passo e corro adentrando a floresta e pego o caminho mais curto que me lembro. Eu ja havia me alimentado antes. Não por eles, mas pela companhia em questão que o Zab resolver trazer..agora teremos que nos alimentar com muito mais frequência. 

Respiro fundo quando já posso ver o claro da casa. E diminuo os passos. Vou caminhando pelo caminho de pedras e me assusto quando a porta e aberta sem nem ao menos eu tocá - la. 

- Sinto mãos em meu pescoço e e chego a dar dois passos para trás para me sustentar. - Zabdiel me olha em fúria. 

- Solta ele! - Richard vem tentando tirá - lo de mim.

- Solta ele Zabdiel - Joel está com a voz severa e se põe do outro lado o segurando - e os dois o arrancam de mim com dificuldade mas conseguem. 

- Me agacho com a mão na garganta - Nada com você é possível resolver civilizadamente não é? - eu digo quando me levanto olhando em seus rosto. 

- Civilizadamente? - ele ri em puro deboche - Quando pensou na estupidez de esconder uma coisa dessas? Hein? Seu idiota, irresponsável e inconsequente! - ele gritava cada vez mais alto em cada palavra. 

Dou dois passos a frente e meu sangue ferve - Erick vem e se coloca a minha frente. - Nós temos companhia...se controla.. respira.. - Ele deve ta usando algum tipo de magia por que aos poucos eu me acalmo. 

Quando olho na outra direção vejo duas moças meio que abraçadas uma na outra e reconheço uma..Seus olhos estão apavorados. 

- Chega Zab! Está assustando as meninas - eu me volto para elas novamente. - Ele se vira e as observa. Se solta das mãos que o seguravam e sai em direção a floresta , Richard o segue assim que me abraça. 

- Me desculpem por isso. Meu irmão está estressado. - eu vou até elas, mas Valen me pega antes em um abraço e se volta para Joel que abraça. 

- Imagina..não foi nada! Ele matou meu pai na minha frente...nada que já não tinha visto. Anika! - ela estende a mão - seus olhos eram expressivos e seu tom de pelo num bronze. Mas meu olhar se perde no da outra jovem..

- Prazer é meu! - eu seguro sua mão em um aperto leve. - Joel decidi entrar com Valen e Anika. Erick faz o mesmo já chamando - a pelo apelido Any. - típico do cubanito.

Ficamos eu e ela. Frente a frente. Ela sustenta o olhar e dá um passo a minha frente.

Sinto meu rosto arder com o tapa que ela me dá. - Isso é por ter roubado a minha vida de mim Christopher. - seus olhos ardiam mas logo se suavizaram. - Que droga! Eu nem ao menos posso acabar com você.

- Poderia se quisesse! - eu respondo olhando diretamente em seus olhos - ela desvia os dela. 

- Não, sabe porque? - ela se volta a mim novamente e eu a encaro. - Seu rosto é expressivo e seus olhos castanhos cintilavam. Seus cílios batiam lentamente enquanto ela pronunciava cada palavra.

- Porque sou extremamente compassiva e não consigo não me colocar no lugar dos outros. - ela funga. E sai andando mas eu a impeço.

- Me desculpe ter te deixado sozinha. - eu a giro e ela está com as mãos em meu peito e de frente para mim. 

- Certo! Parece que temos problemas maiores não é.. - ela diz tentando se soltar. 

- Quero você e todos eles fora disso! - eu dizia olhando da sua boca para seus olhos. - ela percebe e desvia o olhar e tenta mais uma vez se soltar. 

- Porque esta fazendo isso? - ela então me olha, um olhar firme e suplicante. 

- Isso o que? - Solto uma risada.

- Você sabe muito bem o que. - eu a solto um pouco e ela cruza os braços e me olha.

- Não sei..se quiser me explicar acho ótimo. - solto um sorriso mordendo os lábios.

- Você é sempre assim? - ela pergunta com desdém.

- Assim como? - eu estava me divertindo as custas dela. - queria que ela esquecesse o que houve aqui minutos atrás.

- Seu ego masculino é irritante. - dessa vez ela sorrio 

- Não vai me perguntar? - eu disse de repente.

- Perguntar o que? - ela está confusa.

- Porque não a matei naquele dia. 

- Ann...não sei se quero saber..olha Christopher..eu só quero deixar isso pra lá ok..o que foi já foi, não tem como voltar.. Qualquer um de nós pode perder o controle, eu mesma me controlo a cada segundo do tempo por medo de fazer alguma merda. Não vou dizer que eu amei e soltei fogos porque não foi...queria matá -lo na verdade. Mas..já que estou assim eu vou fazer o melhor para não ferrar com a vida de ninguém e se sua família pode me ajudar.. 

- Entendi! - digo por fim. - Eu não sei o que você tem...mas me acalma. - eu tiro uma mecha de cabelo dela do rosto e sinto -a tremer. - Não precisa ter medo. Não vou mais te machucar.

- Não estou com medo. - ela responde rápido. - Vamos entrar né.. 

Ela começa a caminhar e eu apenas a sigo lado a lado em silêncio até a porta.