VINTE E SEIS

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★☆☆☆☆ 

Pov's Percy   

Namoramos mais um pouco e a Annie trocou de roupa. Hoje ela iria fazer a sua primeira ultra som. E estamos bastante ansiosos.   
Eu sei que não vamos conseguir ver direitinho o bebê, mas vamos ter uma certeza mais concreta de que ele realmente existe.   
Naquela manhã eu tinha agendado uma consulta para começar com o pré natal. Estou amando ser pai.  
A Annie desceu as escadas e eu já estava na sala lhe esperando. Fomos de carro até a clínica.   
Enquanto esperávamos a vez da Annie eu percebi que ela estava muito nervosa e não parava de olhar para o relógio. 

_Amor calma- sussurro. 
_Estou calma- resmunga baixo.   

Sorrio porém não digo nada.   
Chegou a nossa vez e entramos no consultório. A Annie trocou de roupa.   
_Ansiosa? - a doutora Persefone pergunta.   
_Um pouco- admite.  
_Pais de primeira viagem? - advinha. 
_Sim- digo.   
_Então se preparem para ver a coisa mais emocionante das suas vidas- diz sorrindo.   

A Annie se deita naquela mesa e a doutora passa um gel na sua barriga e passa um aparelho - que estava conectado em uma tela- na sua barriga.  

_o Meu bebê- diz emocionada olhando para a tela cheia de uns borrão preto.  

Era uma emoção tão grande. Aperto a sua mão.   

_o Nosso filho- digo sorrindo- ou filha.   
_E aqui- a doutora diz mexendo em um botão.   

Então o som mais lindo que eu já tinha ouvido começa.  
A Annie chora mais um pouco.   
O coração do nosso filho. Eu estava ouvindo o coração do meu bebê.   

_É lindo- a Annie sussurra- bate tão depressa.   

Depois de colocar a sua roupa ela ainda estava chorando.   

_Esta tudo certo com o bebê- a doutora diz- e com a futura mamãe.   
_Doutora- sussurro- somos primos de primeiro grau. Será que pode ter complicações?   
_Será bom acompanhar essa gravidez com mais atenção- diz- mas ao contrário do que todos pensam filhos com primos não dão sempre errado. Antigamente os primos casavam, e até mesmo irmãos e tinham filhos saudáveis. Isso quer dizer que vocês não precisam ficar apavorados, mas também não podemos nos esquecer que como toda grávida precisa de cuidados.   

Depois de passar várias vitaminas e uns exames fomos embora ainda com o coração mais aquecido depois de ter uma prova de que o nosso bebê está aqui e será muito amado.  
Apenas no mês que vem poderíamos ver o sexo do bebê.   
A doutora Persefone disse que poderíamos dar sorte, ou só no próximo mês.   
Eu nem estava acreditando que daqui a alguns meses estaríamos com o nosso filho nos braços.  
Essa era uma sensação maravilhosa. E eu nunca cheguei a pensar que isso tudo poderia se tornar realidade.  
Era como fazer parte de um sonho ao qual eu não quero acordar jamais.  

_Estou tão feliz- a Annie diz- nem acredito que daqui a alguns meses já vamos estar com o nosso bebê no colo.   
_Também estou feliz- digo e lhe beijo devagar.   

Abro a porta do carro, porém quando a Annie está quase entrando algo chama a sua atenção e ela se vira e vejo alguém nos encarando de longe.  
Ela sorri e a mulher se aproxima.  
Também estou sem palavras. O meu coração está muito acelerado e não consigo acreditar no que os meus olhos estão vendo.   
Aquilo deveria ser um sonho. Pois nada disso é real.  
Fecho os olhos depressa e os abro só para ter certeza de que estou mesmo acordado.  

_É ela- a Annie sorri.   
_É sim- pego na sua mão.   
_Meus queridos- a mulher diz parando na nossa frente- que saudades - ela nos abraça e começo a chorar.   

365 dias com ela Onde histórias criam vida. Descubra agora