Prólogo

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Notas iniciais do capítulo

"O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos." - William Shakespeare.

Olá, meu nome é Matthew Liward. Estou escrevendo essa carta para que, caso eu não retorne, pelo menos se saiba para onde eu fui e aqui explico tudo que aconteceu até então. Bem, eu tenho 21 anos e estou no 4º semestre da faculdade de história. Sou meio branquelo, cabelos bem pretos e olhos castanhos. Se olhar embaixo, vai ver uma foto 3x4 minha, mostrando mais ou menos essas características que eu falei. Sou aluno na Univerisadade de Aldebras. Nascido nos Estados Unidos, morei aqui desde que nasci.

Bem, não sei se tenho mais informações a serem passadas por enquanto. Apenas quero retratar que estou terminando de arrumar minhas malas nesse momento, pois pretendo partir de viagem para uma cidadezinha antiga chamada Silent Hill. Meus motivos? Bem, apenas como um curioso historiador que ouviu sobre alguns mitos em uma aula de história. Existem algumas lendas que envolvem aquela cidade, e eu pretendo fazer uma visita lá.

Pelo que sei, segundo falam, em Silent Hill houve muitos casos de desaparecimentos que até hoje não foram solucionados. Os que dizem ter saído de lá, saíram completamente loucos. Eu quero ver se essa cidade é tudo isso que realmente dizem que é, e por isso decidi me arriscar à veracidade desses “fatos”. Por precaução, já aviso que caso eu não apareça de forma alguma, caso eu não volte de viagem, então compreendam que a cidade realmente deve ser tudo aquilo que dizem ser, e que de fato há todo esse misticismo por trás dela. O mesmo vale para o caso de eu voltar louco de pedra.

Por fim, peço que você que está lendo essa carta não a ignore, mas atente realmente para o experimento o qual estou me submetendo. É como cientista e historiador, então sinta-se honrado para fazer parte desse grande projeto que pretendo colocar em prática assim que chegar lá. E, bem... No caso de eu não voltar e você se preocupar o suficiente, venha atrás de mim ou até mesmo mande reforços, pois certamente precisarei da sua ajuda. Serei grato por tudo isso.

Matthew Liwrad.

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Dou uma última lida na carta e finalmente prego por trás da porta do meu dormitório. Sei que Don e Chang jamais entenderiam essa ideia e que provavelmente zombariam dela. Então penso melhor. Arranco mais uma vez a carta da porta, dobro-a e coloco no meu bolso. Pego uma mochila com roupas e alguns suprimentos necessários para a exploração da cidade abandonada e sigo pelo corredor dos dormitórios chegando a um espaço mais aberto. Vejo pessoas transitando por ali, algumas correndo para suas salas, outras preocupadas com seus projetos de pesquisa e eu... Bem, eu só estou saindo da cidade.

Aldebras é uma cidade universitária dos Estados Unidos. Não é lá grande coisa, mas abriga pessoas principalmente na mesma faixa de idade que eu. A universidade é para pessoas que não conseguiram notas ou desenvolvimento esportivo suficiente para ser aceito em outras universidades de mais renome, assim como eu: um cara completamente oposto de nerd e altamente sedentário! Aldebras foi o lugar perfeito para mim então, segundo as minhas notas e os professores orientadores.

Caminho até a área central do pátio de convivência que está apinhado de pessoas fazendo coisas das mais diferentes. Vejo algumas com frascos de química, outras ensaiando para peças e as mais variadas coisas. Próximo a uma barraca de vendas, está um mural disposto. Pego a carta e prego lá, seguindo rapidamente para o estacionamento com o fim de ninguém que eu conheça perceber que estou saindo e comece com perguntas sem sentido.

Ando por uma calçada estreita, tiro o celular do bolso e procuro no GPS por Silent Hill. Me assusto ao descobrir que não é muito distante de onde estou, cerca de cinco a seis horas de viagem. Pelos meus cálculos, acredito estar chegando por volta de umas 23h na cidade caso não pegue trânsito. Continuo andando e sinto uma brisa suave junto com os fracos raios do sol já do final da tarde baterem no meu rosto enquanto caminho para o estacionamento da área de dormitórios. Meu coração acelera um pouco ao lembrar o que talvez possa me esperar em Silent Hill. Mas o engraçado é que sempre

Abro a porta do carro já sentando no banco do motorista. Jogo a mochila no banco do passageiro, já lembrando do costumeiro ritual. Tranco as portas, fecho os vidros e ligo o rádio e ar condicionado. A banda que ouço: Owl City, minha preferida. Coloco a chave na ignição, giro e ouço o barulho tranquilo do carro. Faço os procedimentos para sair e começo a ganhar a estrada, atento a qualquer barulho do GPS do celular.

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Silent Hill: O ArtefatoOnde histórias criam vida. Descubra agora