Capitulo 36×2

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Juliana POV

- Meu filho, a comida vai na boca, não no nariz. - digo a Augusto que lambuza todo o feijão em seu lindo rosto.

Augusto está cada vez mais esperto e sagaz, sabe muito bem como ganhar o que quer e está começando a ditar as suas preferências, exatamente como um bebê de nove meses faz.

Acaricio minha barriga, o neném está bem agitado hoje e estou com retenção de líquido nos meus pés, estam uma bola e hoje é sábado, muito bom pois não vou trabalhar e tenho o dia inteiro para curtir com os meus filhos.

Essa semana tivemos muitos encontros com o nosso advogado, ele nos disse que Maiara está recebendo muitas visitas da assistente social, assim como nois. Ela já veio umas duas vezes para ver como Augusto vive em nossa casa, como é seu quarto, fez algumas perguntas para a Flávia, nossa babá, para saber se somos pais ausentes ou presentes no dia a dia de Augusto.

A boa notícia é que temos a guarda definitiva de nosso menino, a única coisa que pode tirar isso de nois é se alguma coisa comprometedora sobre nois for parar nas mãos do juiz. E outra coisa muito boa foi a carta a qual Maiara deixou com Augusto, que diz exatamente com todas as palavras que ela não consegue dar a Augusto aquilo que ele merece e precisa. Eu não sei qual é a dela em querer tirar o menino de nós, já o amo como se tivesse saído de minha barriga e o considero meu filho tanto quanto Bella e o neném que está em meu ventre.

Augusto da um gritinho nervoso com os grãos de feijam que caem de sua mão e me olha zangado.

- O que foi meu bebê? - debocho dele que franze o cenho com uma careta. - O feijão está ruim? Foi dona Beth que fez, você pode reclamar com ela mais tarde. Agora a mamãe vai levar você e a Bella para passear no condomínio, o papai está ocupado no escritório resolvendo alguns problemas com fornecedores chineses, a mamãe não entende patavinas do que ele diz. - inocentemente o menino solta uma gargalhada gostosa, como se tivesse entendido o que eu disse. - Vamos tomar um banho?

Pego o menino de sua cadeirinha e levo para cima. Olho ao meu redor lembrando que Isabella estava a pouco tempo com agente, mais deve ter ido torrar a paciência de dona Beth e suas ortas no Jardim da casa.

Coloco o Augusto no carpete do seu quarto e vou até o banheiro, encho sua banheira com água quente misturada com morna e coloco um pequeno patinho dentro da banheira, o preferido do menino. Volto para o quarto e o apoio no tracador sentado, tiro suas roupinhas sujas de feijão e de vez enquanto encho seu pescocinho de beijos, o fazendo gargalhar.

Dou um banho rápido em Augusto, um banho rápido que rende prejuízo pois saio toda molhada e meu menino pleno com o seu pato nas mãos. Coloco um conjunto de moletom leve nele, penteio seus cabelos e saio com ele em meu colo para o meu quarto, mais uma movimentação me chama a atenção. A porta do escritório de Nicolas está meio aberta, estranho por que ele sempre a deixa fechada, ando até lá e termino de abrir para encontrar minha filha sentada no colo do pai, enquanto ele tem a reunião com os investidores chineses. O pior de tudo é que ela coloca prendedores no cabelo de seu pai.

Solto uma risada silenciosa com a situação e Augusto encara a cena atento.

Usem camisinha.

Nicolas fala algumas palavras atento a tudo sem prestar atenção em mim e então fecha o notebook, seu olhar cai sobre mim e ele ri dando de ombros.

- Isabella, eu não disse para você não incomodar o seu pai?

- Mais eu não estava incomodando, mamãe. - a pequena me olha sorrateira e pisca os olhinhos azuis. - Vamos sair?

- Vamos andar pelo condomínio. - ela pulo do colo do pai e sai correndo do escritório com os prendedores na mão, sabendo exatamente o que tem que fazer.

Past Brands (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora