Capitulo 18×1

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Juliana POV

Eu estava em estado de choque.

Não só por que eu estava grávida, mas também por não saber quem era o pai. Sim, eu não sabia. Eu me descuidei com Nicolas, mas também havia me descuidado com Juliano na noite que tive uma briga com Nicolas e fui me consolar com ele. Eu não tinha a mínima ideia de quem era o pai, a diferença foi de dois dias, era quase impossível saber.

E isso me deixava apavorada, eu não conseguia encarar Nicolas ele parecia muito feliz e eu não queria estragar a felicidade dele, porém também não queria o enganar com uma falsa paternidade.

Por que essas coisas só acontecem comigo? Acho que fui uma péssima pessoa na minha vida passada, só assim pra entender as coisas que acontecem sempre de ruim.

Olhei para o lado e vi Nicolas adentrar o quarto, e logo em seguida fechar a porta, nossos olhares se encontraram, mas eu logo desviei. Eu não tinha coragem de encara-lo.

Ele também não faz questão de dizer nada, apenas tirou sua camisa, apagou a luz do quarto e se deitou ao meu lado na enorme cama King size.

- Eu liguei para o meu advogado, ele irá vir aqui em casa para resolvermos o processo da paternidade. E eu também já liguei para o Rafael e disse que você não irá trabalhar por esses quatro dias. - Depois de terminar de falar, se virou de costas para mim e se cobriu.

- Amor... - Me aproximei dele e o abracei por trás, ele permaneceu intacto. - Me desculpa. - Comecei a depositar beijos por suas costas. - Nicolas...Eu amo você, muito, muito, não quero te decepcionar mas é que... - Não consegui terminar de falar, as lágrimas começaram a descer sem a minha permissão. Nicolas rapidamente se virou e me abraçou, aconcheguei meu rosto na curva de seu pescoço ainda chorando. - E-eu não quero perde v-você. - Eu disse soluçando.

- Você não vai me perder, princesa. - Começou a fazer um cafuné em meu cabelo. - O que está havendo com você? - Permaneci calada, eu não podia falar nada, pelo menos não naquele momento.

- Meu bem...- O olhei, mesmo estando no escuro conseguia ver um pouco do seu rosto, a televisão deixava o quarto um pouco iluminado. - Você promete...Nicolas, me promete que em nenhuma circunstância você irá me deixar?

- Você está me assustando, princesa.

- Me promete, por favor. - Supliquei.

- Eu prometo, meu amor. - Me deu um selinho carinhoso. - Eu amo muito você.

Sorri um pouco mais aliviada, me aninhei a ele deitando com a cabeça em seu peito e logo adormeci com o seus carinhos.

(...)

- Bobinha? - Senti uma mãozinha me sacudir. - Bobinha? - Agora foram beijos pelo meu rosto. Abri os olhos e vi o rosto angelical de minha filha com uma carinha de sono. - Mamãe eu estou com fome. Me espreguicei e olhei em volta do quarto. Isabella estava sentada no lado em que Nicolas dormia.

- Cadê o seu pai? - Perguntei sentando na cama.

- Dona Beth disse que ele foi trabalhar e me mandou te chamar para tomarmos café da manhã. - Disse e logo sorriu sapeca.

Foi aí que me liguei.

- Mocinha. - A puxei para o meu colo, ela sentou com uma perna de cada lado. - Você não foi para a escola?

- Mamãe. - Disse séria. - Não seja dramática, você também não foi trabalhar.

Suspirei, eu não iria contar a minha filha o que havia acontecido e não iria também conta-la que estava grávida, não tão cedo, então apenas confirmei.

Past Brands (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora