Capitulo 10×1

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Nicolas POV

O dia foi estremamente divertido com a minha pequena.

Fomos a praia, junto do meu amigo João e a namorada Vitória. Brincamos muito, ela tomou três picolés de morango, foi tudo tranquilo e divertido.

Mais a noite quando chegamos em casa, que o bicho pegou. Na verdade ela queria dormir em minha casa comigo, mais fazia questão que a mãe estivesse conosco, como eu falei que não tinha como, ela abriu o berreiro, chorou, não quis tomar banho com dona Beth e nem jantar, ficou sentada no sofá emburrada.

Nunca havia passado por situação parecida, não sabia como agir, então não tive outra opção.

Chamei a Juliana!

(...)

Fiquei na porta esperando a juliana chegar com Bella em meu colo, que estava ansiosa.

Avistei o carro, branco, de Juliana parar em frete a minha casa, ela saiu do mesmo, estremamente linda e sexy, com um vestido que não me era estranho.

Isabella forçou para sair do meu colo, a coloquei no chão e ela correu para a mãe.

- Mamãe, eu te amooooo.- Pulou no colo da mesma que riu.

- Você está falando que me ama, por que sabe que vai tomar uma bronca, né mocinha?.- Juliana a olhou com os olhos cemicerrados. Isabella deu um sorriso tímido e colocou as mãos no rosto.- Você tem que obedecer o papai.- Disse séria.- Sabe que vai ficar de castigo, não sabe?- Bella assentiu.- Agora vai lá, pedir desculpas.- A colocou no chão e a mesma veio até mim, toda tímida e com os olhos cheios de lágrimas.

Meu Deus, ve-la assim doía.

- Desculpa, papai.- Colocou as mãos atrás do corpo e me olhou. Uma lágrima caiu no seu rosto. Ajoelhei em sua frente e limpei sua lágrima.

- O papai desculpa.- A abracei e ela retribuiu. Olhei para Juliana que sorria meneando a cabeça.

Foi aí que eu lembrei.

Juliana estava usando o vestido do dia que eu a pedi em namoro, no lollapalooza, a sete anos atrás.

Danadinha!

(...)

Juliana deu banho em Isabella, colocou nela um pijama. Eu havia pedido para dona Beth comprar algumas roupas para ela.

Ela não quis jantar, então a colocamos direto na cama, do quarto de hóspedes.

- Ela é tão linda.- Falei alisando o cabelinho loiro de minha filha.

- Sim!.- Sorriu meiga. Estávamos na cama de casal do quarto de hóspedes, Isabella no meio e nois dois em cada ponta da cama. Ela ja havia adormecido.

- Vamos deixa-la dormir.- Juliana assentiu. Levantamos da cama, deixando apenas a luz do abajur acesa e saímos do quarto. Quando fechei a porta do mesmo, eu e Juliana ficamos um de frente para o outro, encostados na parede.

- Não me olha assim.- Ela disse mordendo o lábio inferior.

- Você está em clima de nostalgia nè?- Cruzei os braços.

- Como assim?.- Fez cara de sonsa.

- Lollapalooza, 2012! Isso não te lembra algo?.- Rimos. Juliana passou a mão no cabelo, ela fazia isso quando estava nervosa ou tímida.- Você me ama! Assume.

Ficamos nos olhando.

Juliana suspirou e passou de novo a mão no cabelo.

- Talvez eu sinta algo por você.- Sorriu sem amostrar os dentes.- Mais você tem que entender, que eu sofri como a porra! Não foi fácil para mim superar, ainda mais quando eu descobri que estava grávida! Nicolas, foi muito foda ter que criar a Bella sozinha. Você não tem noção da descriminação que a sociedade tem com mães solteiras, ainda mais jovens que nem eu.- Riu com amargura.- Eu não conseguia arrumar emprego, tive que terminar a faculdade com a barriga do tamanho de uma melancia. Minha mãe jogava as coisas na minha cara. Sempre, sempre, dizia que a culpa era minha, por que a mulher que tem o controle dessas coisas.- Seus olhos começaram a lacrimejar.- A mulher que decide se quer engravidar ou não, e ainda me chamava de burra, por ter deixado isso acontecer. No dia, que eu vim te dizer que estava grávida, a sua mãe me disse que você tinha ido para Nova Iorque, e que você me odiava. Eu insisti para ela te dizer, que eu estava te procurando.- Suspirou.- Mais ela chamou os seguranças, e eles me tiraram a força.- Abri a boca em espanto.- Sim, me jogaram na rua, literalmente. E aí, um ódio subiu dentro de mim, eu comecei a te odiar mais ainda, e prometi a mim mesma, que eu iria terminar a faculdade, arrumar um emprego e criar a minha filha sozinha.

Past Brands (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora