Hopeful In Red; Instintos - Cap 18 - I

844 162 118
                                    

Primeiramente deem suporte á história, votem e comentem. Boa leitura!

AVISO:
Amores essa é a primeira parte do capítulo dezoito e a segunda parte dele está logo em seguida como capítulo dezenove. Como ficou muito grande eu pedi a opinião de vocês e a maioria pediu para que eu dividisse, sendo assim peço que prestem muita atenção, pois o início desse complementa o fim do III, entendido?
Boa leitura a todos e espero que gostem!
•••

" Sonho e lá o sinto, me sinto. Você é quase tudo que sonhei. É o inverso de meu mundo, é o desconforto mais delicado de meu vocal, é a melodia mais atraente que já senti e ouvi. É a forma mais detalhada e incomparável aos olhos de quem não sente, apenas o observa em meu olhar; nele você passa lentamente como meu presente do futuro, meu olhar de visão tenra em algum lugar do espaço. No meu espaço às vezes te defino como meu possível pesadelo mais esperado, meu inicio de dor mais prazerosa de sentir, de saber que simplesmente existe. Transfigurando-me em um ser masoquista e inconsequente quando se trata de manter todo o ambiente inóspito e apaixonante que eu criara para nós intacto. Sem enxergar meus pés quebram todas as regras durante o trajeto, mesmo sem perceber sua áurea roseada persiste em seguir-me, ela faz algo em mim continuar vivo, mesmo que raramente respire.
Ao sonhar acordada com minha nova companhia intrusa e transparente sinto-me sozinha em meu desafio um tanto quanto cruel de fato; Sabe, sobre apaixonar-se por dois. É um destino tendencioso a crueldade da inversão do universo te chamando.
Em galáxia, o desejei ardentemente desde o primeiro olhar curioso arrancar ruas raízes e fazer-te meu colírio, desejei por enlaçar meus dedos em seus cabelos e pontilhar de beijos teu ponto fraco.
Desejei poder sentir seus abraços e seus carinhos em seu peito que eu via como meu ninho. Desejei loucamente por suas confissões mais pesarosas, pelas palavras mais tortuosamente afetuosas vindo de sua boca, desejei brincar em um ar só nosso e aproveitar teus sorrisos de inocência tirando-a pouco a pouco de você talvez. Desejei abrir minhas janelas e ao olhar a calmaria da noite lembrar de teus olhares que tanto me fitaram ingenuamente através de uma lente um dia, desejei sangrar um vermelho amor naquele dia. Desejei enfrentar minhas suplicas para se fosse possível viver míseros minutos ao teu lado. Desejei ser a criatura mais improvável se preciso para possuir um sorriso tão sonhado, aquele que só tuas orbes são capazes de formar. Desejei ir á extremos por nós, sem nem mesmo ter a reflexão do que havia ao fim desse túnel acastanhado coberto de oceania, mistério e um sabor tão surpreendente quanto meu mundo. Meu mundo com você. "

Eu precisava de papel e caneta pra expor tudo que meu corpo dizia a mim naquele momento observando o céu limpo e estrelado ao seu lado. Pela primeira vez pensei em ficar com um de meus sentimentos que formavam os poemas que preenchiam meus blocos de notas pra mim mesma, guarda-lo em uma caixinha nova que eu abriria só para momentos como aquele. Momentos onde nenhuma dor não física se alastrava em mim pensando na possibilidade de sentir medo do belíssimo agora, também intitulado como presente.

Havia sim um medo, mas era de que nada daquilo funcionasse da forma que minhas borboletas imaginavam e cochichavam umas com as outras, criando suas próprias teorias, era o medo bobo de se perder em meio a aquilo que tanto se esperou. Meus olhos procuravam pela dona lua que estava maior que o normal naquela noite e se perdia em poemas e inseguranças que podiam ou não ficar aparentes, eu não sabia. Jungkook estava sentado junto a mim no sofá carmim com apenas uma perna dobrada, apoiada na parte interna de sua coxa no assento acolchoado, e a outra largada com o pé nu ao chão frio. Ele mexia no celular concentrado fincando as unhas curtas nas bochechas de seu rosto, como se houvesse algo que devesse ser tirado de sua pele. Vez ou outra eu direcionava o olhar para seu estado petrificado, ainda incrédula com nossa proximidade e minha calmaria interna.

StitchesOnde histórias criam vida. Descubra agora