Capítulo XVII

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A visita à minha família foi fantástica, porém, para minha infelicidade tivemos que voltar para Chicago, mas com a promessa que nos veremos ao menos uma vez no mês e que conversaremos todos os dias. A volta para casa estava sendo tranquila até chegarmos próximo a Merrillville, onde caia uma leve chuva e era possível ouvir o vento forte, olhando pelo retrovisor notei que mais a frente havia um filhotinho de cachorro no meio da estrada e um cachorro maior com outro em uma caixa.

— Maxon para o carro — pedi, mesmo sem entender nada ele parou o carro no acostamento.
— O que foi? — perguntou, não respondi nada, apenas sai do carro e fui em direção aos cachorrinhos, logo de cara o cachorro maior latiu para mim.
-Oi meu amor! Eu não vou machucar você! — tentei me aproximar novamente, desta vez ele deixou passar a mão nele.
— Amora esse cachorro vai te morder, saía daí! — “mandou” Maxon, mas entrou por um ouvido e sair pelo outro. Fui até onde o filhote estava e o tirei do meio da pista.
— Maxon podemos levar? Eles não podem ficar sozinhos aqui, olha pro céu, vai cair um pé d'água! — pedi fazendo carinho no filhote que estava em meu colo.
— Não! Agora volte para o carro. — No mesmo instante meus olhos se encheram de lágrimas e comecei a chorar.
— Eu não estou pedindo para você… — tentei não soluçar, mas foi impossível — ficar… com… Eles.
— Está bem agora entre no carro, você está toda molhada desse jeito ficará gripada.
— Vem! — Chamei o cachorro maior e peguei o outro filhotinho, mesmo desconfiando o cachorro veio junto.
— Achei esse pano no porta malas, espero que eles não mastiguem nada. — coloquei os filhotinhos no banco e ajudei o outro a entrar. Assim que entramos na cidade Maxon parou no primeiro posto de combustível e foi trocar sua roupa molhada no banheiro.
-Oi meus amorzinhos! Vou encontrar um lar para vocês e garanto que nunca mais serão abandonados. — conversei com os cachorros até Maxon voltar com um potinho e água.
— Vai lá trocar de roupa eu fico com eles aqui.
Assim que voltei para o carro Maxon me falou que Chelsie ligou dizendo que estava tendo uma tempestade em Chicago e era melhor eu ir para casa de Maxon, sem ter outra escolha fomos para casa dele e como Chelsie disse realmente estava caindo uma tempestade sobre a cidade.
Maxon mora no lado mais nobre da cidade, e tenho certeza de que uma casa aqui é o preço dois jatinhos ou mais. Ele parou em frente à última casa da rua e apertou algum botão para abrir o portão. Os cachorros estavam quieto, ficaram assim o caminho todo, nem parecia que estavam dentro do carro.
— Chegamos! Eu tiro as malas e você os cachorros. — Falou e desceu do carro, fiz o mesmo e abri a porta para os cachorros saírem do carro.
— Vem! — Chamei os cachorros, o maior desceu sozinho, já os menores precisaram de ajuda. — Tenho certeza de que você é a mãe — falei fazendo carinho nela.
— Vou pedir para o Gabriel buscar ração para eles e você entre por favor. — dei tchau para os cachorros que ficaram na garagem e segui ele. — Vou te levar até o quarto onde vai ficar e depois te mostro a casa — ele me levou até o segundo andar e abriu terceira porta a direita, revelando um quarto bem bonito em tons de bege e branco. — primeira coisa que fiz, foi pular na cama e tirar o sapato que me apertava.
- Ah que maravilha! — levantei da cama e peguei minha mala para poder calçar meus chinelos, quando estava fechando a mala, minha barriga roncou, naquele instante rezei para ter sido baixo, olhei para onde Maxon estava e ele estava segurando a risada
— Você quer conhecer a cozinha? — perguntou rindo.
— Eu quero — respondi rindo. Chegando na cozinha encontramos um bilhete da empregada de Maxon avisando que não poderia trabalhar hoje, pois estava doente.
— Vamos ter que pedir comida! — falou.
— Eu posso cozinhar… deixe-me ver o que tem por aqui — falei e sai abrindo os armários da cozinha. — O que você prefere: peixe assado com batata ou ratatouille?
— Peixe!
— Okay, pegue algumas batatas e corte em rodelas por favor — enquanto ele cortava as batatas, eu estava temperando o peixe e pré aquecendo o forno.
— Que tal fazermos cookies e brownie de sobremesa, podemos comer assistindo um filme?
— Está bem, terminar aqui vou começar a fazer! — assim que coloquei o peixe no forno, eu e Maxon começamos a preparar as sobremesas, cada um ficou responsável por algo das receitas.
— O que está fazendo? — perguntou quando comecei a lavar a louça.
— Estou lavando as coisas que usamos, por quê?
— Tem lavadora de pratos aqui, não precisa fazer isso.
— Eu gosto assim, que tal você pegar uma vassoura e um pano para limpar o chão? — sugeri. Depois de 40 minutos arrumamos a ilha para comermos lá.
— Deixa que eu te ajudo — falou chegando bem próximo de mim para pegar uma jarra de fazer suco, sentir ele ali pertinho de mim, fez com que meu coração falhasse algumas batidas. — Aqui — me deu a jarra e voltou a colocar os pratos sobre a ilha.
— Está tudo pronto, agora é só comer — coloquei um pedaço de peixe com batatas no meu prato. — Quer que eu coloque para você?
— Se não for incomodar! — pequei seu prato e servi. — Me dê seu copo para colocar suco. — Dei o copo para ele e me sentei ao seu lado para comer. Não é querendo me gabar, mas minha comida está maravilhosa. — Nossa Amora sua comida estava muito gostosa, obrigado por ter cozinhado!
— De nada e que tal tu lavar a louça, para irmos assistir filme?
— Okay, já vai arrumando as coisas que vamos levar para assistir. — Depois dele lavar a louça, fomos para sala de tv e ali começou a briga para escolher um filme decidimos assistir três, sendo dois os que escolhi (7vidas/ esposa de mentirinha) e o outro ele (eu sou a lenda).
Deitamos no sofá, um do lado do outro para dividir a comida e começamos a assistir os filmes, no final primeiro eu estava chorando horrores até sentir uns pequenos movimentos na barriga.
— Maxon eles se mexeram! — falei passando a mão onde sentia os movimentos.
— Sério? — perguntou surpreso.
— Sim, bem aqui — falei chegando mais perto dele e colocando sua mão onde poucos segundos atrás estava a minha. — Sentiu? — perguntei assim que senti os chutinhos.
— Sim! — ficamos mais um pouco esperando outros chutes, mas eles resolveram ficarem quietos, continuamos a assistir os filmes e em nenhum momento Maxon tirou a mão da minha barriga.

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Senti algo molhado em minha bochecha, abri os olhos e dei de cara com um filhote me lambendo, os cachorros estavam deitados no sofá entre mim e Maxon. Levantei e fui ao banheiro e depois sai para observar o céu, a chuva tinha dado uma trégua e o por do sol estava maravilhoso.
— O que está fazendo aí? — me virei para o responder, mas bati de frente com o mesmo, que me fazendo perder o equilíbrio, rapidamente o mesmo me segurou pelo braço e me puxou para si, minha respiração ficou ofegante e a boca dele ficou tão convidativa, ele passou o braço em volta do meu corpo, era possível sentir sua respiração sobre minha pele...

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