Camila Cabello's point of view
Levantei do sofá no mesmo instante, ainda incapaz de acreditar que ela realmente tinha voltado, mas sua imagem continuava ali me assombrando. O silêncio se instalou e eu já estava cansada dessa merda.
Dei as costas e subi as escadas, assim que cheguei no meu quarto fechei as portas e as tranquei atrás de mim.
Eu sabia que ela ia entrar na casa de qualquer jeito, minhas amigas não iam deixar ela para fora. E na verdade, tudo foi mais rápido que eu esperava e só se passaram alguns minutos até alguém começar a bater incessantemente na minha porta.
Imaginei que seria Mani para conversar sobre o que tinha acontecido, mas quando as abri me deparei com aquele ser. Bufei e fechei a porta novamente.
— Camila…— ouvi a voz do lado de fora, mas ignorei.
As batidas voltaram em seguida, fui diretamente para o meu bar e me servi de uma dose de tequila, ela poderia bater até a porta cair, eu não me importava.
— Eu só quero conversar com você.— ouvi novamente a sua voz, o que estava me deixando com dor de cabeça. Me servi de mais uma dose que desceu esquentando a minha garganta, sentei no sofá e a ignorei mais uma vez.— Por favor…— insistiu de novo.
— Volte para os braços de sua marido Lauren, estou cansada dessa merda.— gritei para que ela ouvisse, ela ficou em silêncio por alguns instantes e finalmente achei que tinha desistido, pensei cedo demais.
— É sobre ele que quero conversar, por favor, me dê uma chance.
Por um momento eu hesitei, mas pensei direito e preferi ficar sentada continuando a ignorar ela.
O que ela pensa? Que pode ficar indo para lá e para cá sem se importar? Que pode voltar quando quiser e ir quando deseja? Ela está muito enganada se pensa que eu vou aceitar isso. Eu a deixei entrar aqui uma vez e foi um erro, um grande erro.
As batidas voltaram mais uma vez, dessa vez ainda mais insistentes do que antes, se é que isso era possível.
— Suma daqui Lauren. Eu não quero mais olhar para você!— gritei mais uma vez, será que ela não conseguia entender?
— Eu sei a verdade.— a voz dela ecoou pelo quarto e eu hesitei mais uma vez. Ela era uma filha da puta, devia ter algo em sua voz que faziam as pessoas se hipnotizarem ou algo do tipo. Talvez ela seja uma sereia, eu não duvidaria disso, com certeza sou sua próxima vítima.
Com as mãos nas maçanetas eu pensei por um instante e então as abri, revelando a mulher que continuava ali esperando uma chance para entrar.
— Que verdade?— perguntei sem deixar ela entrar, ainda esperando que talvez ela sumisse de vista.
— Ele matou sua irmã, não foi?
A frase foi como um empurrão e eu me senti desestabilizada, segurei firme na porta e dei um passo para trás, os olhos da mulher continuavam atentos. Abri mais a porta e dei as costas indo direto em direção a garrafa que deixei aberta e me servindo de mais uma dose.
Ouvi os passos dela e a porta se fechando em seguida.
Voltei a sentar no sofá, dessa vez com a garrafa e o copo ao meu lado, seria o jeito de aguentar essa conversa.
Ela se sentou na minha frente, arrastando uma poltrona que estava próxima, mas eu não queria olhar em seus olhos, simplesmente desviava o olhar para qualquer coisa menos interessante.
— É verdade?— mais uma vez ela perguntou e tomei mais um gole antes de concordar com a cabeça.
— Ele era o homem que foi embora, o mesmo que incendiou o prédio.
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MORE THAN THAT
Fanfiction(Concluída) Lauren Jauregui consegue fazer qualquer um se apaixonar por ela, e não é só porque ela é dona de magníficas esmeraldas verdes, ou porque usa as joias mais caras que o dinheiro pode pagar, ou porque tem um corpo desejado pelas pessoas que...