CAPÍTULO OITO - Eyes Closed.

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Bem vindos (as) ao oitavo capítulo!

Aproveitem cada palavra, comentem muito e divulguem muito!

ATENÇÃO NOTAS FINAIS.

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MILLIE

- Millie? – Ouço a voz feminina e em seguida as batidas na minha porta.

- Entra – Respondi.

Minha mãe entra meu quarto e senta ao pé da minha cama depositando sua mão em meus pés.

- Filha... como você está? Eu sei que essa é a pergunta que você menos quer ouvir hoje, mas nós duas já sabemos do que eu realmente quero dizer – Ela começou e eu respiro fundo tentando conter as emoções.

- Eu não sei mãe, eu queria te dar uma resposta, mas não tenho, hoje foi um borrão... foi como se eu tivesse revivendo a morte do papai, entende? – Perguntei com um nó travado na minha garganta.

- Eu sinto a mesma coisa – Disse ela.

- O que vamos fazer mãe? Eu não vou suportar perder mais ninguém!

Ela levanta dando a volta na cama e deitando ao meu lado enquanto me abraça.

- Eu queria poder te colocar em meus braços e te dizer que você jamais vai ter que sentir essa dor de novo... mas infelizmente os pais não tem esse poder meu amor... infelizmente mesmo – Lamentou ela depositando um beijo em minha testa.

- Promete pra mim que nunca vai me deixar? – Pedi olhando em seus olhos.

- Eu prometo estar aqui o tanto que a vida me permitir, e não sair do seu lado até então, pode aceitar isso? – Disse ela sorrindo.

- Posso – Abracei minha mãe e em meio a lágrimas logo o sono me ataca enquanto ela acaricia meus cabelos.

O resto da semana foi um completo fracasso. A minha rotina escolar estava decaindo. Minha mãe disse que seria melhor se eu voltasse logo e enfrentar tudo que estava acontecendo, mas eu francamente não sei dizer se foi o melhor a ser feito.

Cada dia eu ia e voltada de carona com Sadie e durante o percurso ela ainda arriscava uma conversa, ou arrancar um sorriso meu. Aos poucos a ferida foi cicatrizando, mas a marca do ferimento ainda estava ali. Já de certa forma eu havia aprendido a lidar com o luto, com a dor, por mais que ele estivesse ali dentro de mim... a minha mente forçava meu subconsciente a diminuir tudo aquilo e esconder em um lugar onde meu coração não pudesse encontrar.

Os corredores da escola eram repletos de adolescentes eufóricos com os hormônios a flor da pele. É sexta feira, felizmente amanhã é final de semana e não teremos aula, assim eu conseguiria tentar colocar de vez minha mente e pensamentos no lugar.

- Millie? – Ouço a voz do professor me chamando.

- Desculpa Sr. Harper – Respondi acordando para a realidade.

- Está tudo bem? – Ele questionou em frente a classe.

- Sim, eu.. ahm.. na verdade posso ir ao banheiro? – Perguntei e ele assente com a cabeça.

Devido a morte recente do meu avô, todo o corpo docente estava "pegando leve" comigo nos últimos dias. Ele era uma pessoa muito conhecida e querida na cidade, portanto, era compreensível e notável meu estado deplorável.

Levanto da carteira e direciono-me até o banheiro da escola procurando rapidamente girar o registro da pia. A água começa a cair e eu jogo um pouco no meu rosto tentando manter-me de pé. Eu me sentia tonta e fraca.

IMMORTALOnde histórias criam vida. Descubra agora