CAPÍTULO TRINTA E NOVE - We Are One.

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Bem vindos (as) ao trigésimo nono capítulo!

Aproveitem cada palavra, comentem muito e divulguem muito!

ATENÇÃO NOTAS FINAIS.

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MILLIE

A luz da claridade invade meus olhos e aos poucos forço minhas pálpebras para piscarem e minha visão tornar-se nítida novamente. Meu corpo inteiro formigava e eu me sentia em chamas, como se cada parte de mim estivesse ardendo devido a alta temperatura.

Finalmente consigo enxergar em alta definição. Ainda com meu corpo deitado ao chão, encaro o teto tentando compreender o que havia acontecido comigo naquele instante. Meus músculos ainda involuntariamente se comprimiam, a dor era suportável já que naquele instante o que mais em incomodava era aquela maldita sensação estranha totalmente desconhecida por mim.

À medida que meus pensamentos eram inundados pelo porque daquilo estar acontecendo mais eu sentia algo querendo se libertar dentro de mim. Minha cabeça ainda lateja. A dor de quando você fica horas em frente a uma tela com luz alta ou de quando você passa dias estudando pra uma prova final... essa era dor, como se uma enxurrada de informações novas tivesse invadido minhas memórias.

Devagar apoio minhas mãos no chão tomando impulso para sentar-me. Eu estava sozinha, não existia nenhuma alma viva comigo naquele cômodo. Tento respirar uma grande quantia de ar para manter minha sanidade em seu devido lugar. Mais uma vez deposito minhas forças nas mãos empurrando o chão e finalmente pondo-me de pé.

Dentro da minha cabeça o caos era presente. Meus neurônios estavam completamente desalinhados, como em uma corda bamba onde tudo está à beira de um abismo pronto para cair a metros do chão. Sento-me rapidamente em uma das cadeiras e foco meu olhar para o chão, uma sensação estranha onde tudo começa a rodar me invade.

- Millie? – Ouço a voz familiar da minha mãe na porta.

- Mãe me ajuda! – Desabafo em tom desesperado e no mesmo instante caio em prantos pelo nervosismo do momento.

A mulher percebendo o estado em que eu me encontrava se apressa para adentrar o cômodo e posicionar-se a minha frente. Minha mãe se ajoelha em frente da cadeira em que eu estava sentada e segura meu rosto erguendo-o na sua direção.

- Filha... o que aconteceu? – Perguntou ela.

- Me leva pra casa! – Peço sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

- Millie... – Ela insiste.

- Me leva pra casa agora! – Repito, mas dessa vez algo diferente aconteceu.

Sinto o sangue das minhas veias borbulharem e uma raiva sem comum consumir cada parte de mim. Em um pulo minha mãe se afasta de mim. Havia um espelho na parede logo atrás de mim, e foi o suficiente para eu enxergar quem eu realmente era... um monstro.

O meu reflexo no espelho refletia meus olhos de cores douradas. Meu rosto inteiro estava com veias negras onde meu sangue circulava com voracidade. Minhas mãos estavam formigando e eu sentia como se a qualquer momento fosse explodir.

- Mãe... eu sinto muito – Volto a olhar pra mulher a minha frente que me olhava assustada.

- Rose? – Minha vó aparece na porta do cômodo juntamente com Winona.

- Miranda o que está acontecendo com a minha filha? – Minha mãe perguntou com os olhos marejados.

- O que está dizend... – Minha vó interrompe sua fala no instante que foco meu olhar na sua direção.

IMMORTALOnde histórias criam vida. Descubra agora