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Any Gabrielly

— Sexo no estacionamento do colégio? - Noah pergunta.

— Obviamente mentira.

Eu e Noah estamos no quarto dele sentados no chão enquanto esperamos os meus biscoitos e o café dele, nós dois precisamos disso para nos concentrarmos mais na investigação e achar logo um suspeito, para passar o tempo estamos brincando de "verdade ou mentira" que consiste basicamente em um dizer um boato sobre o outro e perguntar se é verdade ou não.

— O fetiche em fantasias de dinossauro...? - Pergunto comprimindo os lábios.

— O quê?

— Vamos lá Noah, eu não vou te julgar - Digo segurando a risada e ele me olha assustado, provavelmente pensando se da próxima vez que se relacionar com uma garota ela vai estar vestida com um pijama verde com garras. Tenho que me lembrar de agradecer a Sabina por me contar isso, só de ver a cara dele valeu a pena.

— É claro que é mentira - Ele responde emburrado e se inclina para trás deixando todo o seu corpo bem visível — Quem te disse isso?

— Ninguém importante, sua vez.

Ele tem um sorriso de lado no rosto e os olhos vidrados em mim, desde o dia que ele cantou para mim esses olhares vem sendo mais frequentes, eu costumo perder o ar quando isso acontece mas logo me recupero. Noah Urrea tem bastante efeito sobre mim, e dessa vez não é diferente, sinto minhas mãos suarem e desvio o olhar.

— Caras brasileiros? - Ele pergunta sugestivo com a sobrancelha arqueada.

— Bonitos, mas não são meu tipo - Falo com o olhar focado em algum lugar aleatório longe do seu rosto.

— É mesmo? E qual o seu tipo?

Noah me perguntando qual é o meu tipo, isso está ficando cada vez mais interessante. Finalmente olho para ele e vejo seus olhos verdes ainda fixados em mim, alternando entre minha boca e meus olhos, umedeço os lábios com a língua – eles de repente ficaram secos – e Noah manteve seus olhos ali enquanto mordia o lábio inferior.

— Certamente não são jogadores de futebol. - Digo sem conseguir conter o sorriso.

— E por que não? - Ele diz com os olhares fixos em meu rosto, como sempre. A cada segundo eu fico mais curiosa para saber por que ele está tão curioso em meus interesses amorosos.

— Eles não me satisfazem o suficiente - Falo com um sorriso provocativo e o queixo erguido.

— Com certeza você não achou o jogador de futebol certo - Ele rebate piscando para mim e um sorriso também brota em seus lábios.

Noah Urrea está flertando comigo, jogando o charme barato dele para cima de mim, o modo que ele sorri o entrega totalmente. Eu queria poder dizer que eu estou odiando isso, que nosso joguinho é besta e imaturo, que eu não me sinto nem um pouco atraída ou afetada, porém, eu tenho que ser sincera comigo mesma.

Eu, Any Gabrielly, estou achando nosso flerte muito divertido e eu estou tão afetada que talvez esteja perdendo o ar aos poucos, além de sentir as mãos suadas e um sorriso nascer em meu rosto involuntariamente enquanto falo com ele. É humilhante admitir isso, mas é a verdade e eu já cansei de tentar negar os fatos para simplesmente me proteger da vida real.

— E qual seria? - Respondo decidida, pronta para levar aquele joguinho até quando nenhum de nós dois resistisse, mas a senhora Wendy entrou no quarto justamente no momento em que Noah iria me dar uma resposta, alegando que os biscoitos e o café estavam prontos.

Eu e Noah descemos a escada lentamente, ele estava atrás de mim o que me incomodava bastante, eu conseguia sentir sua respiração tão perto da minha nuca que acabei me arrepiando, suas mãos estavam próximas da minha cintura e meu corpo parecia implorar para que elas pousassem ali, iria ser o encaixe perfeito.

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