Após uma longa semana, encerrada com chave de ouro pela minha vitória em cima do Henrique no Conselho Administrativo, cá estava eu me preparando pra exposição e balada do meu irmão. Arthur estava em sua primeira amostra do seu trabalho em uma galeria muito respeitada. Obviamente todos da R&S estavam convidados, inclusive meu sócio. Deveria ter uns dez vestidos jogados em cima da minha cama e eu nunca estive tão indecisa quanto ao que vestir. Aquele escroto estaria lá e, após ter praticamente sambado na carinha linda dele na sexta, eu precisava dar o tiro de misericórdia e isso aconteceria hoje. Optei por um vestido preto justo e rendado com um decote que ia até o final das costas. Era um dos meus mais caros que eu tinha. Realmente, cada centavo gasto com minhas aulas de dança valeram à pena. Meu corpo estava ótimo. Um salto fino e enorme, cabelos levemente ondulados nas pontas e uma make bem carregada nos olhos com boca nude. Meus maxi brincos prateados fechavam a composição do look "fica olhando, Sócio".
Encontrei Henrique pela primeira vez na noite ao chegar na galeria onde aconteceria a exposição. Estava lindo e elegante como sempre. Apenas nos cumprimentamos e eu vi que meu vestido causou certo efeito nele. Ponto, Sophia! Meu corpo reagiu aos olhares dele o tempo inteiro. Eu sabia quando ele me olhava mesmo sem olhar de volta. Era uma espécie de conexão doentia. Era uma sensação como se algo estivesse me queimando ou me puxando. Uma merda! Betty e Ângela não se desgrudavam de mim enquanto a nojentinha da Nick não desgrudava do Henrique. Droga! Tentei não demonstrar meu incômodo me afastando um pouco para observar melhor as fotos em um local onde havia menos gente por perto. Foi quando se aproximou um homem aparentando seus 30 anos, loiro e extremamente sexy. Eu era um imã para homens- problema.
- Olha, sinceramente, eu nunca imaginaria encontrar uma beldade como você em uma exposição onde normalmente só encontramos pessoas fechadas e chatas. - ousado.
- Não quando a "beldade" em questão é irmã do artista. - ele fez cara de surpresa. É, queridinho, eu também sei ser atrevidinha.
- Se o idiota do seu irmão tivesse me dito que tinha uma irmã linda desse jeito eu nunca o teria expulsado do meu apartamento há dois anos.
- Hum, então você é...
- Bryan Callvin, amigo e ex colega de quarto do Arthur.
- Sophia Robbins, a irmã. - rimos.
- Como eu nunca te vi antes, Sophia?
- Voltei há pouco tempo para a Califórnia. Estive em Madrid por dez anos.
- Muito interesante. Também artista como o Arthur?
- Hahahaha! Imagina! Executiva. Sou Ceo na empresa da nossa família.
- Uau! Tão nova?
- Pois é, destino, dom.
Enquanto conversávamos, observei os olhares no mínimo interessados do meu sócio em cima da gente. Procurei sorrir mais e ser mais gentil com o amigo do meu irmão. Henrique estava tão concentrado na minha conversa que até esqueceu da Nick que falava sem parar ao seu lado. 2x0, Sophi!
- Vai esticar depois com a galera na casa noturna? - perguntou.
- Sim, segundo meu irmão, sou sua convidada de honra. - rimos
- Ótimo! Será ótimo nos encontramos lá então, Sophia. Gostei de você! - ai, Dios!
- Então até mais tarde, Bryan.
Me afastei pegando mais um drink enquanto Ângela e Betty se aproximavam querendo informações do gato que acabei de conhecer. Somente ri do entusiasmo delas porque, na minha cabeça, aquilo jamais passaria de uma distração de uma noite. Saímos para a casa noturna finalmente.
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A Sociedade
RomanceSophia Robbins passou os dez últimos anos em Madrid se preparando pra assumir o lugar do seu pai nos negócios da família. Na memória de Henrique, sócio e amigo do seu pai, Sophia era aquela menina inocente que chorava sempre que ele a chamava de bra...