Nos braços dela💞

235 22 0
                                    

Henrique

Após algumas horas atrelados um ao outro, Sophia descançava em meu peito.

- Acho que eu senti mesmo a sua falta. - eu disse sorrindo com os olhos fechados e acariciando seu cabelo.

- Eu precisava tanto disso. - minha Sophia... Toda minha!

- E como está sua amiga?

- Sobrevivendo, Henrique... Ver a Antonela daquele jeito, sem poder fazer nada, foi difícil. E tudo por causa de um imbecil!

- Me desculpa, meu amor, mas ela foi fraca. Tentar tirar a própria vida por causa de um cara? Olha a consequência disso! Aposto que nem no hospital o sujeito foi pra saber dela.

- Pro bem dele próprio não, porque se aparecesse por lá eu nem sei do que eu seria capaz. -disse brava e ficava encantadora assim. Beijei sua cabeça. - cada um lida de um jeito com a traição, Henrique. Exemplo: caso você realmente tivesse olhado pra baranga da Nicole eu simplesmente viraria as minhas costas e nunca mais deixaria você chegar nem perto de mim. Simples assim! Sairia pra tomar um porre com a Betty e a Ângela, o Arthur te cobriria de porrada e vida que segue. - gargalhei da projeção catastrófica que ela fez.

- E não iria chorar nenhum pouquinho?

- De raiva por ter sido tão idiota.

- Isso nunca vai acontecer, fique tranquila.

- E se fosse o contrário?

- Como assim?

- Eu traindo você. - engoli seco pois somente de tentar pensar nessa possibilidade meu sangue já fervia.

- Vamos mudar de assunto, Sophia? - disse nervoso e ela parecia gostar do jeito que me deixou. Pulou no meu colo e eu já previa uma ereção logo, logo.

- Agora quer mudar de assunto, sr intraível? Viu como é ruim? O que você faria se me pegasse tipo... Na cama com outro? - meu coração disparara.

- Eu morreria... - ela me olhou surpresa e então me deu um beijo leve que imediatamente me acalmou. - eu não suportaria...

- Então agora entende a Antonela? Cada um lida com isso de forma diferente. Não a julgue! Eu mesma fiz isso, quis dar uns tapas nela mas aí parei pra me colocar em seu lugar. Ela já deve estar se julgando o suficiente.

- Tem razão, minha princesa! Mas já que não vai dar uns tapas na sua amiga, você bem que está merecendo uns por ter desconfiado do seu Príncipe aqui não acha?

- Hum... Eu adoraria mas você acabou com o resto de mim. Preciso dormir pra poder voltar pro trabalho amanhã.

- Hum, nem acredito que estará de volta... Agora posso respirar em paz. Espero ter tocado tudo do seu jeito.

- Eu confio em você! - disse já cochilando. Sorri feito um idiota apaixonado que eu era.

Me levantei antes dela e fiz um café digno de cinema pra compensar o cansaço da noite anterior. Estava finalizando as panquecas quando a escutei descendo as escadas já pronta pro trabalho. Essa menina não brincava em serviço mesmo. Eu tinha certeza de que ela ainda estava cansada.

- Bom dia, mulher incrível! - disse a beijando quando ela sentou na bancada sonolenta.

- Bom dia, mestre cuca! Acordou animadinho, hum? Ta querendo que eu vire uma bolinha?

- Seria a bolinha mais fofa e encantadora do mundo inteiro.

- Ta inspirado! - disse se servindo de café

- Você me deixa assim, Sophia. - disse empolgado quase dançando na cozinha. Ela ria sacudindo a cabeça. - Uma noite ao lado de Sophia Robbins e o mundo parece que fica mais leve. Você é poderosa, menina!

- E você maravilhoso! Me desculpa por ontem, ta. Se eu não tivesse tão cansada e estressada talvez tinha visto a situação com outros olhos. Sei ler as pessoas muito bem mas tava cega ontem.

- Esquece isso! Só não faz de novo, ok? - disse servindo panqueca pra ela e me sentando ao seu lado.

- Hum... Isso ta divino! - disse com a boca cheia. - aqui, vou proibir a entrada daquelazinha na empresa também ok. Pode ser minha prima mas se eu pegar ela chegando perto de você de novo eu vou cometer um assassinato.

- Nós vamos estragar nosso café falando da sua prima, Sophia? - revirei os olhos. - Por mim você pode mandar ela pra Tailândia que não vai fazer diferença nenhuma. Eu quero saber é se o meu amorzinho lindo vai ta o dia inteiro perto de mim, zanzando com seu salto poderoso pelos corredores e enchendo minha sala com o seu perfume. O resto que se exploda!

- Sabia que eu amo você e se continuar falando assim eu vou te jogar em cima dessa bancada e te violentar?

- Só vem! - disse abrindo os meus braços e ela gargalhou.

Cada minuto que eu passava ao lado da Sophia tornava o meu dia mais leve. Nem quero imaginar se os planos daquela cascavel tivessem vingado. Eu não saberia mais viver sem esses cafés e sem a presença dela em minha vida, enchendo minha casa de alegria. Pensar em perder Sophia era doloroso demais pra mim.

A Sociedade Onde histórias criam vida. Descubra agora