{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ}
Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto.
O que...
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"O amor é a coisa mais bela do mundo. Infelizmente, também é uma das coisas mais difíceis de manter, assim como uma das mais fáceis de se desperdiçar."
-Collen Hoover
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Senti o sol formigar meu rosto a medida que ia nascendo e inundando o quarto, o calor despertava meus sentidos e ainda de olhos fechados eu recobrava para a minha atual realidade: Eu estava longe de Green Gables, não estava mais no meu quarto no segundo andar em Avonlea. Minha aventura começava oficialmente hoje!
-Ah, bom dia, Diana! – exclamo sentindo uma enorme onda de felicidade me preencher. Levanto-me da cama completamente enérgica e corro a janela para abrir as cortinas. O sol raiava e o céu estava um azul límpido, seria um dia ensolarado e fresco.
Eu estava acostumava com a vista esplendorosa de Green Gables, as montanhas ao longe, o horizonte, as árvores verdes e as campinas. Mas a vista de Charlottetown era linda também, as casinhas do bairro, as charretes passando, as senhorinhas buscando leite fresco da carroça. Ao longe vi a silhueta de Universidade de Queens e meu coração acelerou para aquele novo mundo que a mim surgia.
-Bom dia, Anne. – Diana murmurou, mas jogou as cobertas sob o rosto para se esconder da claridade.
-O tempo está perfeito para um dia perfeito! – suspiro aliviada. – Ah, Diana, eu estou me sentindo tão extasiada! Consegue entender o porquê?! – pergunto sentando-me ao pé de sua cama.
-Extasiada? – Diana riu e desistiu de tentar dormir sentando-se a cama. – Deixa-me imaginar o motivo. - Diana ficou de frente para mim e tomou minhas mãos nas suas. Antes de voltar a falar:
-Imagino que seja por ser nosso primeiro dia de aula na Queens, pela sua melhor amiga e alma irmã estar bem aqui com você, por descobrir algo sobre seus pais, por finalmente se aceitar linda do jeito que é e pela tardia, mas importante, confissão de amor do Gilbert Blythe?
Ela sorri e eu sei que meu rosto está esquentado de tanta alegria contida. Dizer em voz alta só me fez ter certeza de que eu estava vivendo um sonho, eu nunca poderia imaginar ser tão agraciada em toda a minha vida! Nunca, nem em toda a minha fértil imaginação poderia idealizar um momento tão único e especial como este.
-Eu estou tão feliz. – sussurro, como se fosse um segredo oculto. Sinto as lágrimas rolando, mas não estou triste, apenas descontrolada em uma mistura de sentimentos caóticos e intensos.
-Ah, Anne, ninguém nesse mundo merece mais a felicidade do que você! – ela me abraça com força.
Há quase quatro anos atrás eu jamais acreditaria que poderia ser tão feliz e plena como estou sendo agora, me belisco inúmeras vezes para ter certeza de que é real.
