Eu estava no celeiro consertando a porta de um dos armários da cozinha. Na verdade, eu poderia comprar um armário novo, mas acho que um pouco de esforço físico fosse me fazer distrair um pouco. Eu não costumava ser rabugento e até a ideia de ser um pai chato atormentava minha mente. Mas eu lembrava de minha pequena menina, com os olhos grandes e brilhante azuis, tão meiga e doce. Esperta e amável como sua mãe, Rilla me dava tanto orgulho... temia que Tommy a machucasse. Tento me convencer disso, mas a verdade é eu que temia perde-la.
Enquanto eu lutava contra meus demônios, mal havia percebido meu filho entrar no celeiro. John sempre foi um rapaz de poucas palavras, fazia mais do que falava. Não era lá muito inteligente para letras como sua mãe, mas era bom em contas e em construir coisas. Algo que havia puxado de seu falecido avô a qual herdara o nome. Nesse momento, eu só desejava muito que meu pai estivesse vivo, era estranho ser pai, mas sentir que o conselho de seu próprio pai lhe ajudaria.
-Não é porque ele é meu amigo, mas Tommy gosta mesmo da Rilla. – comentou John enquanto media uma tábua de madeira.
-Eu presumi isso depois das insistentes maneiras de me irritar. – comento, eu queria estar realmente irritado, mas só consigo sorrir.
Eu e John pegamos a tábua e começo a cerrá-la.
-Pai, preciso de um conselho seu. – comentou John. Olho brevemente e o rapaz estava um pouco tenso e inseguro, via traços de minhas próprias expressões no filho, as sobrancelhas franzidas, o maxilar travado... era uma versão mais jovem minha, só que com o cabelo mais dourado.
-Diga.
-Quando soube que a mamãe era... a mulher. – comentou o rapaz de forma enfática. Tento não soltar a serra e mantenho a naturalidade sobre o assunto.
-Anne sempre foi a mulher da minha vida. Mesmo quando eu não sabia. É fácil quando percebe os pequenos detalhes, sempre pensamos que será algo grandioso até perceber o que faz as pequenas diferenças.
-Como assim?
-Bom, a primeira vez que conversei com sua mãe ela me deu uma lousada na cara. Eu não parei de sorrir, acho que ninguém normal faria isso. – comento e John ri e concorda com a cabeça.
-Ninguém normal faria isso mesmo.
-Sim, mas eu ainda não sabia o porque eu tinha uma necessidade exagera de ter a atenção dela. Na época uma outra menina da escola gostava de mim, e sua mãe não podia e queria ter contato comigo para não estragar sua amizade com essa moça. Nisso eu achava jeitos de falar com ela, seja implicando com ela, seja lhe desafiando, seja tentando ser melhor que ela para ter motivos sempre de competir.
Me pego sorrindo ao passar um filme em minha cabeça, quando volto a realidade vejo John me olhar com um sorrisinho cínico.
-Então a pediu em casamento?
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A LOVE STORY || AWAE
Любовные романы{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ} Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto. O que...