Cuide dela

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-Como?? Anne simplesmente sumiu! Já passou mais de duas horas, está muito tarde e não sabemos onde ela está!

De repente a porta se abre e Roy entrar com a respiração ofegante.
-Rodei o bairro inteiro e nada! – ele suspira preocupado.
Os três estavam na pensão desesperados. Anne correu para fora da festa e simplesmente havia sumido.

Roy e Jerry procuraram por todos os lados, mas até o momento nada da ruiva, as horas iam passando e a preocupação se tornava cada vez mais angustiante. Diana já não controlava mais as lágrimas desesperadas que rolavam de seu rosto e Jerry se desdobrava para acalmar a moça. A sorte é que a senhora Elisa só voltará da viagem amanhã e as outras moças dormiam pesadamente no andar decima. Passou poucos minutos até a porta da frente abrir de forma lenta e Anne entrar.

-Anne! – Diana suspirou aliviada correndo até a amiga. – Estava tão preocupada, todos nós!

Anne olhou para Jerry e Roy e deu um sorriso cansado. Seu vestido branco estava sujo de terra e os olhos inchados mostrava que havia chorado muito.

-Desculpem, mas eu preciso ficar a sós. – ela falou com a voz fraca subindo para o quarto.

Quando Diana entrou no quarto bem depois, viu a amiga encolhida na cama, olhando pela janela o céu de forma triste, as poucas estrelas e a lua quase oculta, tudo tão vazio quanto seu coração.

-Ele nem se importou se alguém ia ver, se eu ia ver... – ela sussurrou com a voz fragilizada. - Na verdade ele nem se incomodou com os vários rostos meus olhando pra ele o tempo todo. - Anne geme e se encolhe ainda mais de tristeza.

-Eu sinto tanto amiga! – Diana sentou-se ao lado de Anne e lhe afagou os cabelos. –Foi uma atitude tão estranha! Não esperava isso justo de Gilbert Blythe.

-Ele não é o mesmo de Avonlea, ou talvez esteja conhecendo-o de verdade só agora.– ela comentou encolhida.

-Anne, eu posso fazer algo? Quero minimizar sua dor, não suporto vê-la assim. –Diana acariciava os cabelos da amiga e estava desesperada.

-Os meninos estão lá embaixo?

-Sim. Eles querem saber como você está.

-Então desça, diga que ficarei bem e fique com Jerry. Assim você me fará melhor! –Anne beija a mão da amiga e sorri de forma fraca.

Diana deixou a amiga descansar e desceu para dar notícia aos rapazes aflitos na sala.

-Ela está péssima, nunca vi Anne tão deprimida antes. Ela sempre sente de forma muito intensa, até nas dores, mas dessa vez ela parece um pássaro caído do poleiro, fraca e sem vida. Não há drama, não há choro histérico... parece que ela perdeu esperança na vida. Eu estou realmente preocupada.

Ao ouvir isso, Roy se levanta de forma abrupta, pega o casaco e caminha até a porta determinado.

-Cuidem dela, eu tenho que resolver um assunto.

Roy nunca sentira tamanha raiva na vida. Naquele momento seu corpo fervilhava de ódio e ele precisava resolver isso. Ele andou até a mansão que agora estava bem mais vazia, a maioria havia ido embora e alguns bêbados estavam saindo no momento que ele chegou. O rapaz queria socar a cara de Gilbert Blythe com todas as suas forças e faria isso. Ele não conhecia muito o rapaz, mas ainda estava em choque como pôde ser tão negligente com o coração de Anne!

Ao chegar na sala onde a desgraça aconteceu não viu mais nada, Gilbert já havia ido embora. Mas Roy viu uma taça de champanhe caída perto do quadro de Anne, onde Gilbert beijou a moça. Roy estranhou a cor do líquido, eles estavam dando apenas champanhe branco, mas o líquido estava um rosado. Ele agachou e viu, entre os cacos de vidro, um pedaço de remédio diluído.-Ai eu não acredito! – Roy suspirou.

A LOVE STORY || AWAEOnde histórias criam vida. Descubra agora