Uma decisão!

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Anne não pôde comemorar com a amiga já que os pais mandaram-na para o quarto, como uma forma de castiga-los pela situação que os colocaram, mas, independente disso, nada abalaria a alegria dos três jovens.

Anne acompanhou o rapaz pela metade do caminho e Jerry quase andava aos pulos de alegria.

-Obrigado, Anne, por tudo. Pela apoio, pelo dinheiro...

-Nem ouse a me agradecer por isso. Quero ser a madrinha de vocês. Assim me pagará! – Jerry a abraçou e os dois foram caminhando juntos.

-Posso fazer uma pergunta indiscreta?

-Desde quando me pergunta se pode? – ela ri.

-Como está você e Gilbert? Sei que é delicado, mas estou tão feliz por estar fazendo parte disso que... entende? Quero que seja feliz também.

-É muito gentil de sua parte. Não se preocupe comigo, Jerry! – Anne abraça o rapaz. – Não preciso de ninguém além de mim para ser feliz e nesse momento estou estonteante pelos meus dois amigos.

Jerry sentiu que Anne não queria falar do assunto então preferiu não forçar a barra. 

-Tudo bem, não vou mais perguntar. Mas quero que saiba que estou aqui por você, Shirley! - Jerry sorriu de forma tímida e então Anne o abraçou com força.

-Vou sentir falta das suas músicas francesas. - a menina sussurra apertando o rapaz e então percebeu que estava chorando.

-Anne! O que foi? - Jerry se preocupou.

-É que... eu sempre quis um irmão. - ela sorriu enxugando as lágrimas. Jerry sorriu, e beijou os cabelos de Anne. 

-Também vou sentir falta dos seus dramas adolescentes. Adorava acompanhá-los. - isso faz Anne rir e os dois se entreolham e foi bom sentir que os dois poderiam sempre contar um com o outro.

Depois que o rapaz foi para casa e Anne chegou em Green Gables para o jantar, ela viu uma carta em cima da mesa.

-Chegou quase agora. É para você. – avisou Marilla da cozinha.

Anne pegou a carta e seu coração acelerou ao ver o remetente: Era da escola de Toronto.

Ela subiu correndo, ignorando as perguntas de Marilla e se jogou na cama apreciando a carta com o seu possível destino. Anne respirou fundo e tirou a carta do envelope vendo a caligrafia impecável da diretora.

A menina lera e relera a carta trezentas vezes, no mínimo. Um tempo havia se passado e Marilla subiu para chamar Anne para jantar e viu a moça em estado de choque na cama com a carta em mãos.

-Ann, está tudo bem?

-Eu fui aceita, Marilla. – a menina sussurrou sem acreditar. Marilla a olhou sem entender. – Consegui uma vaga de professora num internato em Toronto.

-Anne! – Marilla a abraça surpresa e feliz. – Que maravilha! Porque está tão assustada?!

-Porque eu tenho que pegar o primeiro trem amanhã, se não chegar a tempo eu posso perder a vaga. Eu enviei minha resposta muito tarde.

-Querida, é o que quer? Se for, nós a apoiamos! – Marilla levantou e gritou no corredor. – Matthew!

Em segundos o homem apareceu ofegante e preocupado no quarto. Marilla mostrou a carta ao homem que tentava acompanhar a rajada de informações. Mas enquanto o casal de irmãos avaliavam a oferta de trabalho, Anne ainda estava com a mente a mil e então simplesmente disse:

A LOVE STORY || AWAEOnde histórias criam vida. Descubra agora