{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ}
Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto.
O que...
"Escrevi o teu nome em todas as paredes do meu coração, em letras bem grandes. Assim, se alguém conseguir entrar, vai saber que ele já tem dono." - Desconhecido
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Gilbert
-Blythe, você pode parar de ficar ajeitando a gravata? Vai acabar rasgando isso. – Bash comentou rindo.
-Desculpa se eu não posso ficar nervoso no meu casamento! – resmungo.
Olho em volta e todos estão rindo e conversando entre si, já falei com a maioria das pessoas. E estava quase na hora da cerimônia, se eu não tivesse um infarto até lá, óbvio.
-Pode relaxar um pouco, pelo menos? – Bash comentou.
-Poxa, agora que você pediu eu vou ficar com certeza mais relaxado. – digo.
-Saquei, vou parar!. – Bash riu se rendendo.
-Aqui. – Roy se aproximou discretamente com uma taça de champanhe. – Toma um gole, vai ajudar.
O rapaz ficou na minha frente, tampando a visão dos convidados para que não me vissem. Dei um grande gole na bebida, o champanhe desceu queimando, mas realmente me acalmou.
-Valeu! – sussurro, entregando a taça de novo para Roy.
-Gosto de você. – comentou Bash analisando Roy. – As vezes eu esqueço que você quase roubou o amor da vida do meu amigo.
-Também gosto de você. –Roy riu, achando graça.
O sol estava quase se pondo, a decoração que Anne escolhera não poderia ser mais a cara dela. Flores e rendas brancas enfeitavam cada canto, as lamparinas já prontas para quando o sol sumir no horizonte. Por um segundo me prendi aos detalhes de Green Gables, imaginava ela andando e pensando onde cada coisa ficaria e isso me fez sorrir.
-Ele tá com muita cara de bobo apaixonado. – Roy riu com Bash.
-Está não, é? Acredite, fica pior quando ele fica cantarolando por aí.
Os dois ficaram rindo e eu só os encarei aborrecido. Quanto mais nervoso eu estava, mas eles me gastavam. Talvez apresentá-los um ao outro tenha sido uma péssima ideia.
No meio do meu martírio, vejo então, finalmente Marilla sair de dentro de casa e vir até nós. As pessoas sentaram-se para aguardar a noiva, jurava que Anne se atrasaria, mas estava no horário. No momento do pôr do sol, onde os raios estarão sob nossas cabeças.
Marilla se aproximou e me deu um rápido abraço e era visível que estava emocionada, com os olhos vermelhos. Provavelmente ela e Anne tiveram algum momento importante lá dentro também.
