NOTA DA AUTORA: Eu sei que eu extrapolei no tempo, mas tenham dó de mim. Estava em semanas de provas e fechamento de semestre kkkk Mas valeu a pena, minha média geral ficou 9,5 então foi por uma boa causa.
Então lá vamos nós... Boa Leitura!∙ ∘ −−−−−−−−⊰⋅⊱−−−−−−−− ∘ ∙
Anne estava apoiada a janela do quarto de hóspedes da mansão Gardner. Sentindo-se levemente melhor, ela olhava a rua ao longe duas crianças apreciarem os doces de uma padaria. Instintivamente colocou a mão sob o ventre, tentando digerir a grande notícia a que havia sido informada.
Seria mãe. Esperava um filho de Gilbert.
Anne não estava preocupada em não dar conta da situação. Passara sua infância inteira cuidando de dezenas de crianças, desde um recém-nascido até os que tinham sua idade. Mas a ideia de ser algo seu, lhe deixava um pouco nervosa e ansiosa. Marilla cuidou dela como filha, e viu a mulher desenvolver com ela uma relação cada vez mais profunda e sólida, mas nunca foi amada desde nova, temia não saber como fazer isso; Entretanto queria que de todo o coração essa criança sentisse que é amada, como nunca pôde sentir em seus primeiros anos de vida.
Ela escutou alguém bater levemente a porta e se virou para ver o visitante, por um segundo achou ser Diana ou Roy, mas ficou surpresa ao ver seu marido pela fresta. Ele a olhava num mister de preocupação e ansiedade. Era claro quer Roy iria avisar Gilbert do incidente, mas talvez Anne só esperasse vê-lo mais tarde. Como o homem chegara tão rápido?
Gilbert vendo a mulher em pé e bem, sentiu-se aliviado. Ele entrou no quarto e os dois se encararam por alguns segundos. Anne viu nas mãos do marido uma flor, que provavelmente ele roubara de um dos jarros da sala de Roy, e Gilbert viu a mão de Anne ainda repousada sobre a barriga.
Ele abriu um sorriso abobado e finalmente foi de encontro a mulher, segurando-a pela cintura e a rodando. Anne riu e por um segundo todo o medo que sentira se foi; essa criança seria muito amada.
-Eu vou ser pai! – Gilbert sorria, mal acreditando, acariciando a face da moça.
-Será um dos melhores. – garantiu Anne sorrindo. Mas Gilbert já a abraçava novamente e os dois riram.
Anne não sabia exatamente que tipo de reação Gilbert teria ao descobri a notícia. Falam que crianças são uma benção, mas todas a que cuidou pareciam mais grandes fardos a seus pais. Mas Gilbert sorria de orelha a orelha, parecia mais nervoso e atrapalhado que o habitual. Como se fosse uma criança que tivesse ganhado um grande pedaço de bolo de chocolate. Nem Anne poderia prever a alegria expressiva do rapaz diante da notícia.
Quando Anne desceu para a sala de estar, admirou surpresa o lugar lotado de flores. Diana correu para abraçar a amiga e as duas choravam copiosamente, Anne chorava porque todos estavam tão emocionados com a notícia e nunca imaginou que seria tão amada, e isso sempre a emocionaria profundamente.
-Eu torcia que tivéssemos um filho primeiro, queria que ele fosse maior para pode implicar com o seu. – Jerry comenta abraçando a amiga que era como sua irmã. – Parabéns, minha amiga! – o rapaz a apertava com força, fazendo Anne rir.
-Porque acha que será menino? Tenho certeza que será menina! – protestou Diana. – Já imagino eu e minha sobrinha andando com lindos vestidos iguais por aí... – a morena sonhou suspirando.
-Vocês estão muito afobados, deixem o casal respirar. – comentou Roy rindo.
Ele abraçou Anne com força e depois a Gilbert.
-Tia Diana. Soa bem, não é? – Diana perguntou a Winnie que ria.
Com certeza Diana estava amando a ideia de ser tia.
O grupo sentou-se para tomar um farto café da manhã para comemorarem, havia de tudo. Anne não estava se alimentando direito devido a ansiedade de ver a amiga, por isso estava anêmica e desmaiara. Teria que comer por dois agora e havia um grupo que garantiria que isso acontecesse.
A todo momento, Gilbert olhava a mulher de forma preocupada, via se estava comendo bem, se estava confortável, se queria mais alguma almofada, se queria que ele a carregasse até o carro para lhe poupar as pernas.
-Estou grávida, não doente. – protestou Anne se irritando com a preocupação excessiva do marido.
-Não me culpe por querer que minha mulher e meu filho estejam bem. – Gilbert comentou sorrindo. Irritar Anne era um de seus hobbys favoritos, independente do tempo de casados.
O casal se despediu dos amigos antes do almoço e partiram para casa.
Enquanto Gilbert dirigia por Toronto, Anne observava as ruas a sua volta e só queria poder estar ao lado de Marilla e Matthew, sentir o abraço dos dois. Sentar no fim da tarde na varanda e tomar um chá apreciando a bela vista de Green Gables.
Anne queria tomar um banho, então assim que chegaram em casa, a moça foi ao banheiro. Gilbert se antecipara e preparou a cama para que a mulher pudesse descansar e desceu para preparar algo para ela comer.
Não, seria mais seguro ir a um restaurante e pedir algo. Ele era um desastre na cozinha e Anne precisava comer bem.
Ele rapidamente atravessou a rua e pediu numa restaurante dois pratos para viagem. Enquanto esperava, ele observou a praça perto de casa. As crianças brincavam na pracinha, correndo ou usando os brinquedos. Não havia espaço para elas, presas por cercas que a limitavam da rua e da movimentação da cidade. Via as mães ou babás olhando as crianças, restringindo suas possibilidades de aventuras.
Ainda observando as crianças imaginou seu filho ou filha ali, Gilbert queria dar um mundo de possibilidades para seu filho e se perguntava se o daria naquele lugar.
-Aqui, senhor. – a atendente entregou o pedido de Gilbert.
O rapaz ia atravessar a rua, mas vendo o carro que lhe fora emprestado de bom grado pelo seu melhor paciente teve uma ideia de súbito. As pressas rumou ao correio, precisava mandar um telegrama a Sebastian.
Ele terá um pouco de trabalho essas semanas, e mais dinheiro.
O rapaz pensou sorrindo.
Continua...
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A LOVE STORY || AWAE
Romance{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ} Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto. O que...