{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ}
Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto.
O que...
O sinal toca para alegria das meninas do Colégio Interno de Toronto.
-Não esqueçam do relatório! – Anne se apressa a lembrá-las antes de ser pisoteada pelo mar de uniformes vermelhos porta a fora.
A moça sentou-se em sua mesa e iria aproveitar o momento de paz e rever alguns parágrafos de seu segundo livro em construção, a moça agora escrevia sobre Avonlea, nas últimas semanas andara tão sensível e com tanta saudades de casa que se pôs a escrever, em poucas páginas havia escrito um capítulo inteiro de suas aventuras na pacata vila.
Após alguns minutos relendo sentiu uma forte dor de cabeça e decidiu fazer uma pausa para rever o telegrama de Diana:
"Aguardando ansiosamente sua visita neste fim de semana! Estarei cedo lhe esperando na estação! Mal posso esperar para ver minha madrinha!"
A ruiva sorri animada e saudosa, havia meses que a moça não via sua amiga, as semanas tem sido corridas em Toronto e Anne estava louca para respirar um pouco, sair da correria da cidade.
-Está escondida? – perguntou Eleonor, a professora de matemática e amiga de Anne. - Não foi almoçar hoje lá embaixo.
-Não estava muito animada hoje.
-Não vai comer nada? – a mulher comentou sentando-se numa das carteiras de frente a Anne.
-Ando sem fome, amanhã estarei indo ver minha amiga, estou muito ansiosa!
-Você está é abatida. Tem que comer! - repreendeu a mulher.
-Impressão sua! – Anne comenta dando pouca importância e encerrando o assunto.
-E como vai seu marido? Ele não tem te dado descanso, pelo jeito. – Eleonor então muda o rumo da conversa e brinca, fazendo Anne sorrir.
-O que posso fazer se eu não me canso dele? - Anne faz uma careta fazendo Eleonor rir.
-Agradeça a ele mais uma vez o cuidado pelo meu pequeno Peter, o bracinho já está bem melhor.
-Digo sim, mas pelo amor de Deus, que essa criança não se pendure mais por aí! – Anne ri com a amiga.
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Ao anoitecer, Anne estava terminando de checar sua bolsa para sua pequena viagem de dois dias a Charlottetown. Gilbert chega em casa, situada no parque central de Toronto, uma ótima localização com vista para as árvores mais bonitas da região, uma exigência para que sua mulher acordasse sempre com a vista mais bonita da cidade.
Ele tirou o jaleco devagar e largou a maleta numa poltrona e ficou apreciando a mulher cantarolando no quarto, encostado a porta. Anne havia cortado um pouco os cabelos, um pouco acima dos seios e estava mais volumoso, a camisola acentuava as curvas de seu corpo que se tornaram mais evidentes desde a lua de mel. Ela era uma mulher feita e ele passaria a noite inteira ali, só a observando.
-Perdeu alguma coisa? –a moça perguntou sorrindo ao ver o marido parado a porta.
-Na verdade eu achei... – ele sorri, com os olhos intensos e puxa a moça pela cintura. – minha mulher, é claro.
Anne cola seus lábios aos do rapaz lhe roubando um beijo ávido, cheio de saudades e paixão e depois acaricia os cabelos castanhos e ondulados de seu marido apreciando seus olhos cor de mel esverdeados.
-Precisa mesmo ir? – ele faz beicinho fazendo a ruiva rir.
-Serão dois dias, domingo a noite estarei em casa!
-Essa casa é muito grande sem você. – ele comenta e a aperta mais em seus braços.
-Essa casa já é grande comigo dentro, não me faça mudar de ideia, por favor! Prometi a Diana que iria.
-Eu sei, desculpa. – ele beija as mãos da moça e senta-se a cama, puxando-a para que ela se sente em seu colo também. – Aproveite bastante, mande lembranças minha ao casal. Irei aproveitar e adianto umas pesquisas minha.
-Faça isso, quando voltar quero o meu marido só para mim. – Anne diz sorrindo, deslizando o indicador pelo peito do rapaz sob a camisa social branca..
-Eu já sou todo seu. – o rapaz sussurra no ouvido da moça traçando um caminho de beijos em seu pescoço enquanto suas mãos deslizavam pela fenda do vestido, acariciando a perna nua de Anne.
-Gil... o jantar vai esfriar – Anne murmurou ofegante, apreciando o toque do rapaz e seus beijos.
-Dane-se a comida. – ele diz e ergue a mulher em seus braços e a deposita com delicadeza sob a cama.
Anne sorri e puxa o homem pelo pescoço, intensificando ainda mais o beijo.
-Estou com fome de outra coisa. - o rapaz murmura com a voz rouca, olhando cheio de desejo a mulher.
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