•Alguém chame um médico!•

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Anne e Gilbert haviam ficado mais dois dias em Charlotte Town até que se garantisse que todas as crianças seriam buscadas. Ka'kwet e sua família decidiram ficar e ajudar, eles queriam ser os últimos a irem embora, caso alguém ficasse desabrigado, eles iriam acolhê-la em sua tribo. Mas felizmente todas as famílias foram avisadas e Josephine Barry conseguiu até encaminhar algumas que eram de regiões próximas. 

Todos praticamente expulsaram o casal de noivos. Anne queria cuidar para que as crianças se sentissem bem e Gilbert verificava a cada hora o estado de cada uma delas, revendo os curativos e fazendo a verificação vital, mas a essa altura, todas já estavam mais forte, alimentadas e recebendo muita atenção e carinho.

-Está resolvido. Não tem o que vocês fazerem aqui! – Tia Jo disse naquela terceira manhã aos dois com Diana, Cole e Ka'kwet atrás de guarda.

-Mas... - Anne tentou argumentar, mas Ka'wket interviu.

-Já nos ajudou muito. Agora precisam cuidar de vocês! - a menina sorriu segurando as mãos de Anne com carinho.

Todos prometeram estar em Avonlea até o final da semana. O que daria tempo de Anne e Gilbert arrumarem o que fosse preciso. Então lá estava indo o casal.

De volta a Avonlea.

-Anne? Anne! – A menina ouviu antes de sequer abrir o portão de Green Gables. Quando olhou, viu Marilla correr em direção a moça que largara as malas e corria para abraçar a senhora.

-Oh, Anne! É você! Não esperava vê-la até o final da primavera! - a mulher olhava Anne assombrada, como se ela fosse um duende verde, mal acreditando que era sua menina ali.

-Consegui uma brecha para vê-los! – a menina ria das expressões de Marilla.

-Matthew! Venha aqui! – a mulher chamou perto do celeiro enquanto ajudava Anne com as malas.

-Anne? – o homem estranhou a menina ali, mas riu quando ela  o abraçou. - É você! 

-Ah, Matthew! Que bom vê-lo!

Anne repara num rapazinho no celeiro, ela já havia visto o menino algumas poucas vezes e sabia que era o irmão mais novo de Jerry.

-Fred está nos dando uma mãozinha enquanto Jerry está na faculdade.

-Oi, Fred. – aceno para o menino tímido.

-Vamos entrar! Farei um chá!



***

Bash estava mudo, o seu rosto estava numa expressão entre a vontade de rir e a descrença.

-Você não vai dizer nada? – Gilbert sorriu debochado.

-Estou esperando a parte que você diz que é piada.

-Não, não é piada.

-Não acredito, Blythe. - Bash ainda estava cético e isso só fez Gilbert sorrir ainda mais.

-Pois acredite! Eu realmente pedi Anne em casamento e estamos aqui para oficializar nosso amor. – Gilbert se vangloriou.

-Você está noivo, Blythe. Da Anne?

-Sim, Bash, eu estou noivo. Da Anne. – Gilbert já não continha o sorriso para o amigo.

-Meu Deus, é verdade mesmo. – Bash acreditou quando Gilbert começou a rir animado.

O homem levantou da cadeira, derrubando-a e fazendo um grande barulho e deu um abraço de urso no rapaz, bagunçando o seu cabelo. A alegria dos dois era tanto, a risada era tão alta que fez a pequena Delphine correr descoordenada até a cozinha.

A LOVE STORY || AWAEOnde histórias criam vida. Descubra agora