NOTA DA AUTORA:
CAPINHA NOVA, GALERIS! Eu amava a outra, mas achava muito poluída (muita informação rs) essa tá mais clean kkk~No final eu falo o porque da capinha nova ♥
Boa leitura!⠈⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠈
Anne acordou com um sobressalto. O som de uma coruja a acordou de seu cochilo sob a mesa enquanto escrevia a carta. A menina se espreguiçou e dobrou a carta antes um acidente acontecesse.
A festa deveria estar muito boa porque já estava bem tarde e os Cuthbert ainda não voltaram. Ou talvez eles fossem ficar até o final para ajudarem a desfazer a decoração, eles são bondosos e educados demais para deixar Bash e Gilbert sozinhos nessa.A menina vestiu o roupão sob a camisola e decidiu dar uma volta pelo campo. Estava sem sono e odiava ficar sozinha em casa. Com a lamparina em mãos, a menina caminhou sentido a casa da Diana, mas não iria para lá, só ia continuar andando pela estrada.
Anne pensava sobre si. Como quanta coisa havia mudado em sua vida, parecia que uma eternidade a havia separado de seu passado, mas eram poucos anos. As vezes ela tentava lembrar de sua vida no orfanato, ou nas casas a qual trabalhou, mas era como se sua mente tivesse jogado tudo isso para uma parte oculta, como se seu próprio corpo a protegesse das memórias ruins. Hoje à noite foi uma das exceções.
Depois de escrever a carta, a menina cochilou e teve um pesadelo. Sonhou e se viu menina pequena, magricela e com amigos imaginário. Ela estava sendo maltratada, abandonada pelos pais ou por todos pela qual Anne havia passado, ouvia o eco das outras crianças chamando-a de imunda e incapaz. Sentia frio, fome, medo e solidão.
Anne suspirou enquanto continuava sua caminhada, se abraçava para tentar conter o frio que percorria sua espinha ao lembrar daqueles momentos.
Green Gables salvou sua vida, salvou a alma de Anne da loucura. Ela, ali e agora, estava passando por uma grande questão que decidirá seu futuro, mas lembrara que por muito pouco, poderia não ter futuro nenhum.
Lembraria disso quando tivesse que fazer sua escolha.
Ao perceber que não estava longe, apenas para se certificar de que estava tudo bem mesmo, Anne decidiu passar na fazenda Blythe. Ela viu a fogueira acesa ao longe e todos rindo envolta dela. Ela viu Gilbert dançando com Marilla e isso a fez sorrir. Anne lembrava da mulher comentando de John Blythe e Anne imaginou o quanto Marilla deve ter sofrido sem ter vivido seu grande amor.
Anne saberia no fim das contas como seria. Ela olhava Gilbert e lembrou-se dos dois dançando mais cedo, de seus olhos cheios de romance, de sua covinhas e seu sorriso. E com uma grande dor no peito Anne concluiu que nunca superaria o rapaz enquanto ficasse ali. Ela teria que dizer adeus, se não sofreria ainda mais saber que ele está tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
Com o coração apertado, Anne começou a andar de volta. Fora um erro ir ali, era um erro ela e Gilbert tentarem manter uma amizade sendo que o coração de Anne sempre irá amolecer ao ver o rapaz.
-Anne! – ela ouviu.
Anne continuou parada, olhando para frente. Puxou o hobby para esconder a camisola e se virou devagar. Era claro que o rapaz a vira entre as árvores e mais claro ainda que a seguiria.
-Gilbert... – ela murmurou.
-Oi, está tudo bem?
-Está... eu estranhei a demora e só vim confirmar se o Matthew e a Marilla estão bem.
-Ah, sim. O bash achou um bom vinho e eles estão se divertindo. - ele comentou sorrindo.
-Eu vi. Fico feliz. – a menina sorriu e se virou para ir embora.
-Anne, sobre hoje mais cedo...
-Está tudo bem. Eu sei que não era a sua intenção.
Gilbert franziu o cenho. Anne estava muito compreensiva e quieta. Ela não era assim. A menina parou e olhou de novo o rapaz de forma pensativa.
-Gilbert, posso fazer uma pergunta?
-É claro... – o rapaz se aproximou.
Sob a luz do candelabro, Anne viu a chama fazer sombra em seu belo rosto angular. Como podia ele ser um verdadeiro heroi de um romance renascentista sem ao menos se esforçar?
Afugentando esses pensamentos, Anne volta a olhar o rapaz e pergunta:
-Você podia ter uma vida agradável e segura em Green Gables, o que o motivou a viajar pelo mundo?
-Não queria me limitar. Queria conhecer mais antes de tomar uma atitude tão importante como criar raízes. Se eu não fosse, não teria conhecido o Bash. Se fosse para voltar, queria que fosse por vontade própria, não porque o destino me jogou aqui.
Anne concordou pensativa e depois olhou o rapaz. Ela sorriu e se aproximou dele num ato de coragem descabida e alisou a face de Gilbert com carinho, sentindo o toque de sua pele macia.
-Acho que consigo entender suas escolhas. Você é bem mais racional do que eu. Me conhece, sou mais impulsiva. – ela sorri e o rapaz sorri também. Anne admira Gilbert ali, tão perto e só seu naquele momento, como se quisesse gravar aquele rosto.
-Me perdoa pela lousada. – ela pede acariciando onde havia batido há anos atrás.
-Está tudo bem Anne. - ele diz e sente seu peito se apertar. Havia certa dor no rosto de Anne que Gilbert não entendia.
-Adeus, Gilbert.
Gilbert vê a menina se afastar, ele coloca a mão no rosto ainda quente pelas mãos da moça. Com um peso no peito sentiu algo errado ali, ele tivera a impressão de que Anne estava se despedindo do rapaz, não de uma forma temporária.
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NOTA DA AUTORA:BATEMOS 400K na petição de renovação!! A maior petição de renovação de uma série! Vocês são INCRÍVEIS!
(Se vc tem twitter corre lá pq estamos nos trands mundiais ♥)
Vamos de mais capítulo Haha'
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A LOVE STORY || AWAE
Romance{ᴠᴇʀsãᴏ ᴀʟᴛᴇʀɴᴀᴛɪᴠᴀ - 𝟺ª ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ} Anne estava vivendo seu sonho, estava finalmente em Queen's University com sua melhor amiga, havia aceitado seus cabelos ruivos e, acima de tudo, Gilbert havia declarado seu amor antes de ir para Toronto. O que...