Capítulo 9

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  Já são 22 horas e as pessoas estão começando a chegar no ponto de encontro.

-- Está tudo bem sol? – Rebeca me pergunta. – Você está pálida feito um fantasma. —Puxo ela para um canto e respiro fundo.

-- Ele me beijou hoje.

-- Quem? – Parece que sua ficha cai e ela fica boquiaberta. – Romeu? – Tampo sua boca com a mão e olho mais uma vez se tem alguém por perto.

-- Sim.

-- Onde? Porque?

-- Ele me levou para a sala dele quando viu que eu não conseguia andar de bêbada, cai em cima dele e quando eu vi ele já estava me beijando.

-- Sol isso pode dar muita merda para vocês dois.

-- Eu sei Beca, mas não foi culpa minha, eu não queria.

-- Não faça de novo, se alguém descobrir você está ferrada. – Concordo com a cabeça e nós vamos em direção do grupo.

-- Vamos? -- Luan diz e todos concordam.

  É uma caminhada bem curta da faculdade até a balada, que parece bem cheia. Na fila para comprar o ingresso um garoto não tira os olhos de mim, e eu sorrio para ele.

-- Oi linda. – Diz e eu sorrio. – sou o Amarrado, você é?

-- Sol.

-- É um prazer te conhecer Sol. – Amarrado morde os lábios e cochicha no meu ouvido. – Tenho uma pulseira para o VIP, você quer?

-- Eu adoraria, mas estou com umas amigas.

-- quantas? – Conto apenas as pessoas mais próximas de mim.

--6.

-- Tudo bem. – Ele me entrega 6 posseiras e nos instrui a sair da fila. – Vem comigo. – Ele pega na minha mão e me leva até a área de bebidas. – O que vai querer?

-- Depende do preço.

-- Por minha conta.

-- Não vou aceitar isso, você já me deu pulseiras VIP.

-- George – Amarrado diz para o barman – duas caipivodkas. – O homem concorda e eu faço um não com a cabeça.

-- Não precisava. – Não tenho respostas, apenas um beijo, e que beijo quente.

  Sinto que não vou dormir em casa hoje. Ele puxa meu cabelo e eu paro o beijo pois minha cabeça foi para outra pessoa.

-- Tudo bem?

-- Sim, pensei que tinha alguém me chamando, desculpa.

-- Tudo bem – Sinto seu beijo outra vez e seus mãos começam a subir na minha perna. – Quer ir pra minha republica?

-- Eu adoraria! – Não me sinto totalmente confortável com isso, mas já fazem dias que eu não transo e o beijo de mais cedo acendeu um fogo em mim que só pode ser apagado de uma forma, sexo.

  Procuro Rebeca por todos os cantos da boate e só a acho aos beijos com Luan em um sofá. Conto para onde estou indo e só escuto um "juízo"

  A república do garoto é literalmente na frente da boate, o que me deixa aliviada, eu não estava nada afim de andar muito. Amarrado me leva até seu quarto e quando a porta se abre fico boquiaberta, nunca vi uma montanha de roupas tão grande, ondE nós vamos transar?

-- Está um pouco bagunçado, não repara -- "Um pouco? " Penso

-- Que isso, está ótimo – Deus por favor que um rato não saia do meio dessa montanha. Ele joga todas as roupas no chão e eu me arrepio por dentro... dobra as roupas e coloca no armário. Esse cara dome no sofá?

  Amarrado me puxa e me beija, me fazendo esquecer toda a bagunça. Sinto meu vestido sendo levantado delicadamente e suas mãos começam a alcançar minha calcinha. Ele me deita na cama e tira sua roupa toda. Seu pênis é bem menor do que eu esperava... bem menor mesmo, mas tudo bem, como diria minha melhor amiga: "Não é o tamanho da varinha é a qualidade da mágica"

  Amarrado tira minha calcinha delicadamente e me dá um beijo na coxa, me posiciono na cama esperando um oral mas isso não acontece, ele apenas se levanta e pega uma camisinha.

-- Proteção em primeiro lugar! – Pisca para mim e eu dou uma risadinha, mas começo a ficar ansiosa, não estou afim de um show de comedia.

Depois de minutos tentando colocar a camisinha, ele finalmente consegue e sobe em cima de mim.

-- Como você gosta? – Sussurra no meu ouvido ao posicionar seu pênis na entrada da minha vagina.

-- Vai ter que descobrir. – Amarrado começa com movimentos lentos e suaves, não chegando nem perto de conter meu fogo.

-- Mais rápido.

-- Calma meu bem. – Os movimentos aceleram um pouco mais... ainda sem sentir nada. Olho para sua cara e vejo que está gostando muito.

-- Tem como acelerar mais um pouco meu bem – As últimas palavras saem meio cuspidas, odeio chamar estranhos assim... Entretanto o estranho está com o pênis em mim, então um "meu querido" não soa tão mal.

-- Se eu for mais rápido eu gozo. – Não... não é possível.

  Os movimentos continuam na mesma velocidade e eu não estou nem perto de sentir prazer.

-- Esta gostando linda? – A pergunta sai meio abafada pelo prazer.

-- Sim, muito. – Minto, está horrível, eu poderia estar lendo um livro suavemente aqui.

  Queria dizer a verdade, mas eu nem conheço esse cara, e se ele se ofender e quiser me bater? Se ele começar a chorar? Prefiro mentir, provavelmente nunca mais vou ver ele mesmo.

-- Sei que está gostando, está toda molhadinha – Só se minhas lagrimas tiverem descido...

  Amarrado dá um gemido final e cai em cima de mim. Se deita do meu lado e me dá um beijo na testa.

-- Perfeito.

-- Eu tenho que ir – Fico quase 5 minutos procurando minha calcinha no meio da pilha de roupa e quando estava quase desistir a acho.

-- Pensei que ia dormir aqui.

-- Eu sei, mas eu lembrei que amanhã é meu dia de cozinhar.

-- Anota meu número.

-- Claro! – Pego meu telefone e finjo anotar o número que ele diz. – Eu te ligo.

-- Vou esperar ansiosamente.

  Saio do quarto dando graças a Deus por essa tortura ter acabado rápido. Ligo para um táxi que chega rapidamente e vou o caminho todo pensando no sexo maravilhoso de dias atrás com a pessoa errada...

DANGEROnde histórias criam vida. Descubra agora